Modelagem Matemática da Taxa de Armazenamento de Energia em Área de Floresta da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X53155Palavras-chave:
Floresta Amazônica, Armazenamento de Energia, Fluxos de CalorResumo
Estimou-se a taxa de armazenamento total de energia (S) sobre uma área de floresta de terra firme da Amazônia, por meio de medições diretas de saldos dos fluxos de calor (S Obs) assim como por metodologias logradas por Michiles (2009), nas quais empregaram-se cálculo numérico (S Num) e funções harmônicas simples (S Mod), esta última, em consequência da heterogeneidade e biodiversidade da Floresta Amazônica, dos erros e das dificuldades inerentes às medições, aplicou-se uma quantidade reduzida de dados. Fizeram-se uso de um conjunto de informações florestais e de variáveis meteorológicas coletadas durante a estação seca de 2003, no decorrer do programa LBA (Experimento de Larga Escala da Biosfera Atmosfera na Amazônia), mediante sistemas instalados numa torre micrometeorológica de alumínio, montada na Reserva Biológica do Cuieiras. Nesse período, selecionaram-se dias com pouca perturbação atmosférica e sem precipitação pluviométrica. Em termos máximos médios diários, S Obs apresentou as maiores magnitudes, chegando até 200 W m-2, enquanto que S Mod e S Num permaneceram com valores mais baixos, cerca de 62 e 108 W m-2, respectivamente. Por volta de 17 e 18 h, iniciou-se o processo de liberação de energia, com todas as taxas tornando-se negativas, alcançando magnitudes mínimas diárias entre -45 e -67 W m-2.
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