Metodologia preliminar de identificação de relações entre a brisa marítima e linhas de instabilidade amazônicas
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X47028Palavras-chave:
Convecção amazônica, Mesoescala, Transformada de ondeletasResumo
O objetivo deste trabalho foi apresentar uma metodologia preliminar que seja capaz de identificar algumas características da relação entre a circulação de brisa marítima e a linha de instabilidade amazônica, visando entender um pouco mais das condições necessárias para o aprofundamento da nebulosidade associada. A transformada de ondeletas foi aplicada nos dados de vento e divergência da reanálise ERA5, e posteriormente foi elaborada uma classificação utilizada para destacar exclusivamente os dias considerados período ativo ideal para formação e intensificação da circulação de brisa marítima e iniciação da linha de instabilidade amazônica. Os resultados apontaram que a relação entre a circulação de brisa marítima e a linha de instabilidade amazônica pode estar relacionada à influência do vento em 800 hPa e da divergência em 200 hPa. A análise do campo médio dos dias de período ativo ideal para formação e intensificação da circulação de brisa marítima e iniciação da linha de instabilidade amazônica conseguiu representar importantes características relacionadas ao vento (jato de baixos níveis entre 850 e 750 hPa) e divergência em 200 hPa, indicando que essas características, antes de estarem diretamente relacionadas à linha de instabilidade amazônica, podem influenciar na atuação e na intensificação primeiramente da circulação de brisa marítima.
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