Justiça climática: uma nova forma de olhar para as questões ambientais
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X38599Palavras-chave:
Justiça climática, Mudanças climática, Adaptação às mudanças climáticasResumo
A mudança climática é um tema que causa preocupação, não havendo como negar seus efeitos
danosos ao planeta. Diferentes respostas políticas vêm sendo propostas em relação a adaptação às
mudanças climáticas, e essas trouxeram à tona questões relacionadas à justiça climática. Trata-se de
um assunto ainda pouco divulgado no Brasil, o que motivou a realização desse artigo, com o objetivo
de esclarecer à sociedade conceitos e aspectos relacionados à justiça climática. Foi feita uma revisão da
literatura, que traz explicações sobre justiça climática e sua relação com o conceito de adaptação às
mudanças climáticas, trazendo um novo olhar sob o tema. O artigo concluiu que o conceito de justiça
climática nasceu a partir da importância que passou a ser dada à justiça ambiental, se originando do
ativismo relacionado a mudança climática, onde se iniciou a busca na promoção de ajuda para
comunidades mais afetadas. Foi então que começou a luta pelo compartilhamento dos encargos da
mudança climática, emergindo os conceitos de mitigação e adaptação climática. Assim, as populações
mais afetadas devem receber auxílio por meio de oportunidades de adaptação aos impactos da
mudança climática, financiados pelos países mais responsáveis pelas emissões dos gases de efeito
estufa, fazendo-se justiça climática.
Downloads
Referências
ALVES MWFM, MARIANO EB. Liberdade como garantia de justiça climática: o papel do indivíduo em economia de baixo carbono. In: XXIV Simpósio de Engenharia de Produção. [Internet]; 2017 nov. 8-10, Bauru (SP), Brasil. p.1-11. [cited 2019 Mar 09]. Available from: https://bit.ly/2KH9Png
BARRET S. Local level climate justice? Adaptation finance and vulnerability reduction. Global Environ Chang. 2013; 23:1819-1829.
BARZOTTO LF. Justiça Social - Gênese, estrutura e aplicação de um conceito. Rev. Jurídica Virtual. 2003;5(48):1-21.
BOND P. Politics of climate justice. Paralysis above, movement below. Scottsville: University of KwaZulu-Natal Press, 2012.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conferência das Partes – COP. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2H7e88w.
BÜCHS M, BARDSLEY N, DUWE S. Who bears the brunt? distributional effects of climate change mitigation policies. Crit. Soc. Policy; 2011;31:285-307.
BULKELEY HA, CARMIN JA, BROTO VC, EDWARDS GAS, FULLER S. Climate justice and global cities: mapping the emerging discourses. Global Environ Chang. 2013;23(5):914-925.
BURKETT M. Just solutions to climate change: a climate justice proposal for a domestic clean development mechanism. Buff. L. Rev. 2008;56:169-243.
BUTZKE L, THIBES M. Manifesto por justiça climática: interface entre velhos e novos problemas socioambientais no sul de Santa Catarina. In: V Encontro de Economia Catarinense - Crescimento e Sustentabilidade. Área Temática 1 – Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente - UDESC/ESAG. [Internet]; 2011 abr. 28-29, Florianópolis (SC), Brasil.p.1-24. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2UZ3wiN
CALZADILLA PV. Climate justice: case studies in global and regional governance challenges (Environmental Law Institute Washington DC 2016). PER. 2017;20(1):1-8.
CAMERON E, SHINE T, BEVINS W. Climate justice: equity and justice informing a new climate agreement. Working Paper – Mary Robinson Foundation, 2013. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2X8tT34
CANEY S. To kinds of climate justice: avoiding harm and sharing burdens. J. Political Philos. 2014;22(2):125-149.
CHATTERTON P, FEATHERSTONE D, ROUTLEDGE P. Articulating climate justice in Copenhagen: antagonism, the commons, and solidarity. Antipode. 2013;45(3):602-620.
ELLIOT D, COOK LF. Climate justice and the use of human rights law in reducing greenhouse gas emissions. Geneva: Quaker United Nations Office, 2016. [cited 2019 Mar 09]. Available from: https://bit.ly/2bWfBQB
FERGUSON MR. Native youth contributions to indigenous sovereignty and climate justice in the #noDAPL Movement. Honors Theses. 2018;256. [cited 2019 Mar 12]. Available from: https://bit.ly/2UG1VyU
FISHER S. The emerging geographies of climate justice. Centre for Climate Change Economics and Policy - Working Paper n.94 / Grantham Research Institute on Climate Change and the Environment - Working Paper n.83, 2012. [cited 2019 Mar 12]. Available from: https://bit.ly/2UZ6rIh
FORSYTH T. Climate justice is not just ice. Geoforum. 2014;54:230-232.
GOODMAN J. From global justice to climate justice? Justice ecologism in an era of global warming, New Political Science. 2009.31(4):499-514.
HAYWARD T. Human rights versus emissions rights: Climate justice and the equitable distribution of ecological space. Ethics Int. 2007;21:431-450.
HERRMANN MLP. Atlas de desastres naturais do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: IOESC, 2006.
IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. AR4 Climate Change 2007: Synthesis Report. Geneva, Switzerland: IPCC, 2007. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2Myo4rS
IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change. Managing the risks of extreme events and disasters to advance climate change adaptation: a special report of working groups I and II of the intergovernmental panel on climate change. Cambridge: IPCC, 2012. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2ZdFaBe
LEVY BS, PATZ JA. Climate change, human rights, and social justice. Annals of Global Health. 2015;81(3):310-322.
LIMA EF. Injustiça climática e povos autóctones. In: PERALTA CE, ALVARENGA LJ, AUGUSTIN S. Direito e justiça ambiental: diálogos interdisciplinares sobre a crise ecológica. Caxias do Sul: Educs, 2014. p.121-138.
ONU – Organização das Nações Unidas – Brasil. Relatório da ONU alerta para aumento dramático das perdas econômicas provocadas por desastres. ONU, 2018. [cited 2019 Mar 11]. Available from: https://bit.ly/2QJAZbf
PIELKE RA. Rethinking the role of adaptation in climate policy. Global Environ Chang. 1998;8(2):159-170.
SCHLOSBERG D, COLLINS LB. From environmental to climate justice: climate change and the discourse of environmental justice. WIREs Clim Change. 2014;5(3):359-374.
SMIT B, BURTON I, KLEIN R JT, STREET R. The science of adaptation: a framework for assessment. Mitig Adapt Strateg Glob Change, 1999;4(3-4):199-213.
TEIXEIRA IMV. Prefácio. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Departamento de Educação Ambiental. Educação ambiental & mudanças climáticas, diálogo necessário num mundo em transição. Parâmetros e diretrizes para a Política Nacional de Educação Ambiental no contexto das mudanças climáticas causadas pela ação humana. [Internet]. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2013. p.3. [cited 2019 Mar 09]. Available from: https://bit.ly/2ZdErQr
TOKAR B. Movements for climate justice in the US and worldwide. In: Dietz M, Garrelts H. Routledge handbook of the climate change movement. New York: Routledge, 2013. p.131-146.
Downloads
Publicado
Versões
- 2022-04-18 (2)
- 2019-10-29 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Ciência e Natura
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.
