Respiração basal do solo sob três diferentes coberturas vegetais no Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X34582Palavras-chave:
Solos florestais, Comunidade microbiana, Fluxo de CO2, Matéria orgânica, Floresta ombrófila mista,Resumo
O presente trabalho avaliou o efeito de três diferentes coberturas florestais, atributos pedológicos e estações do ano na respiração basal entre 0 e 5 cm do solo. Dois povoamentos de espécies arbóreas comerciais da região centro-sul do Paraná foram selecionados, um talhão de Pinus taeda e outro de Eucalyptus dunnii, concomitantemente com um controle, com formação florestal original da região (Floresta Ombrófila Mista). A respiração basal do solo (RBS) foi determinada pelo método de adição alcalina nas duas estações avaliadas (inverno e verão) e a fertilidade do solo foi determinada por análises de rotina (pH, K+, Ca2+, Mg2+, Al3+, P, Matéria Orgânica, areia grossa e areia fina, silte, argila e V%). Os resultados demonstraram que as estações do ano e a umidade do solo são as melhores preditoras da RBS, seguidas da matéria orgânica, o que está em consonância com a maior parte da literatura. Foi registrada ausência de diferença entre as coberturas florestais, demonstrando que mesmo plantios de monoculturas podem apresentar fluxos de carbono, ao menos em relação à RBS, estatisticamente iguais aos de uma floresta natural em estágio sucessional intermediário. A fauna edáfica específica adaptada a cada ecossistema pode explicar a ausência dessa diferença em relação à RBS.
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