A identificação desvelada na análise do discurso de professores de Inglês em formação inicial
DOI:
https://doi.org/10.5902/1516849228523Palavras-chave:
Análise do discurso, Professor de Inglês, Formação inicialResumo
Este artigo procura discutir o perfil identitário do aluno de Letras em formação inicial, tomando como embasamento teórico a concepção de Identificação em Fairclough (2003), que engloba uma identidade social e uma individual. Segundo o autor, a primeira está relacionada às circunstâncias sociais nas quais o indivíduo nasce. A segunda é adquirida mais tarde, quando o indivíduo assume papéis sociais. Para a realização deste artigo, foram elaborados e aplicados dois questionários e entrevistas com seus alunos cursando o primeiro semestre do curso de Letras/Inglês da UFSM. Na análise dos questionários e entrevistas, utilizei a proposta de análise de Fairclough, focalizando duas características textuais: a modalidade e a avaliação. Os resultados da análise indicam que grande parte desses alunos, futuros profissionais não se percebem, não se reconhecem “Professores de Inglês”. Seu interesse pelo curso de Letras está relacionado à possibilidade de acesso à aprendizagem de línguas e às oportunidades que o conhecimento destas pode trazer, como, por exemplo, viajar.Downloads
Referências
ABRAÃO, M.H.V. (2004). Crenças, pressupostos e conhecimentos de alunos-professores de língua estrangeira e sua formação inicial. In: M.H.V ABRAÃO (Org.). Prática de ensino de língua estrangeira: experiências e reflexões. Campinas: Pontes Editores, p. 131-52.
BERGER, P. & LUCKMANN, T. (1985). A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes.
CABRAL, S. ( 2002) Estrutura textual e transitividade: a carta do leitor como construção da experiência. Dissertação de mestrado. UFSM.
CASTRO, S. T. R. (2004). Representações de alunos de inglês de um curso de letras. The ESPecialist, 25 (especial): 39-57.
CELANI, M. A. A. & MAGALHÃES, M. C. (2002). Representações de professores de inglês como língua estrangeira sobre suas identidades profissionais: uma proposta de reconstrução. In: L. P. MOITA LOPES & L.C. BASTOS. Identidades: recortes multi e interdisciplinares. (Orgs.). Campinas, SP: Mercado de Letras, p.319-37.
CELANI, M. A. A. (2001). Ensino de línguas estrangeiras – ocupação ou profissão. In: V. LEFFA (Org.). O professor de línguas estrangeiras – construíndo a profissão. Pelotas: Educat, p. 21-40.
ELIAS, N. & SCOTSON, J. L. (2000). Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
FAIRCLOUGH, N. (2003). Analysing discouse: Textual analysis for social research. London/New York: Routledge.
GIMENEZ, T. (2004). Tornando-se professores de inglês: experiências de formação inicial em um curso de Letras. In: M.H.V ABRAÃO (Org.) Prática de ensino de língua estrangeira: experiências e reflexões. Campinas: Pontes Editores, p. 171-87.
GRIGOLETO, M. (2005). Ideologia e processos identitários: o simbólico em questão. In: M. M. FREIRE, M. H. V. ABRAÃO & A . M. F. BARCELOS. Lingüística aplicada e contemporaneidade. São Paulo: Pontes Editores.
HALL, S. (2005). Quem precisa da identidade? In: T.T. SILVA (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, p.103-33.
HALLIDAY, M. (1004). An introduction to functional grammar. 2 ed. London: Edward Arnold.
ORTENZI, D; MATEUS, E. F. & REIS, S. (2002). Alunas formandas do curso de letras angloportuguesas: Escolhas, marcos e expectativas. In: T. GIMENEZ (Org.). Trajetórias na forma- ção de professoras de línguas. Londrina: Editora UEL, p. 143-156.
TELLES, J. (2002). “É pesquisa, é? Ah, não quero, não, bem!” Sobre pesquisa acadêmica e sua relação com a prática do professor de línguas. Linguagem & Ensino, 5(2): 91-116.
TELLES, J. (1999). A trajetória narrativa: Histórias sobre a formação do professor de línguas e sua prática pedagógica. Trabalhos em Lingüística Aplicada, 34 (Jul./dez.): 79-92.
PAIVA, V. M. O. (2005). Memórias de aprendizagem de professores de língua inglesa. Disponível em: http://www.veramenezes.com/narprofessores.htm. Acesso em: 31 maio de 2005.
RAJAGOPALAN, K. (2002). A confecção do memorial como exercício de reconstituição do self. In: L. P. MOITA LOPES & L.C. BASTOS. (Orgs.) Identidades: recortes multi e interdisciplinares. Campinas, SP: Mercado de Letras. P.339-49.