Teatro e sociedade: Uma abordagem de Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X73879Palavras-chave:
Teatro brasileiro contemporâneo, Teatro de resistência, Millôr Fernandes, Flávio RangelResumo
Ancorado em contribuições de Schiller (1991); Magaldi (1997, 2008); Pavis (2005); Pallottini (2006) e Heliodora (2008), no que se refere à constituição do discurso teatral, de Cotrim (2002); Olivieri (2009) e Santana (2009) no que se refere à ditadura militar e a censura, e nos pressupostos teóricos de Pesavento (1998); Esteves (1998) e White (1994) para a abordagem das relações que se estabelecem entre Literatura e História, este artigo analisará a importância da Literatura na formação de identidade nacional,
bem como as possibilidades do uso da História com a finalidade de despertar a consciência dos leitores. Nos anos sessenta e setenta do século passado os
brasileiros vivenciaram a atuação da censura no teatro ao longo dos
sucessivos governos militares. A peça Liberdade, liberdade (1965), de Millôr Fernandes e Flávio Rangel está entre as obras pioneiras do teatro de resistência política, pois denunciava o esquema repressor que dominava o país. Para a realização deste trabalho, o procedimento básico foi a pesquisa bibliográfica. A obra circula do dramático ao cômico, alicerçado pelo discurso político. Por meio da obra Liberdade, liberdade é possível refletir sobre os temas que se destacaram nos anos sessenta e setenta, como o poder militar, o inconformismo da nação e a busca incessante da liberdade de expressão.
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