Cliques de guerra: considerações sobre fotografia em Meio Sol Amarelo, de Chimamanda Ngozi Adichie
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X71763Palabras clave:
Meio Sol Amarelo, Fotografia e literatura, memória, Chimamanda Ngozi AdichieResumen
O presente artigo tem como objetivo discutir a relevância da fotografia no romance Meio Sol Amarelo (2008), da escritora Chimamanda Ngozi Adichie, considerando trechos sobre fotos de guerra e sobre retratos pessoais. Assim, foi trabalhada a hipótese de que as fotografias são instrumentos fundamentais para que os personagens reconheçam a própria identidade durante a Guerra de Biafra, já que conflitos bélicos implicam a perda de costumes. Para isso, a interpretação do texto literário foi amparada pelos textos teóricos de Serva (2017), Montier (2015) e Kossoy (1998). Desse modo, tornou-se possível perceber que a fotografia de guerra possui valor documental, mas não era bem vista pelos indivíduos que efetivamente vivenciaram os conflitos. Além disso, para os personagens do romance, a fotografia desempenha não só função memorialística, mas também afetiva e investigativa.
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