Sonhos tirânicos e uma poção mágica para as opressões na cabeça de Cármides no diálogo (homônimo) de Platão
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378655383Parole chiave:
Cármides, República, Sonhos, Tirania, MagiaAbstract
Sabendo que Cármides sofria com dores na cabeça pela manhã, Sócrates se oferece para curar a enfermidade do jovem e, em busca do fármaco para o tratamento, conta que, enquanto esteve em Potideia, recebera o ensinamento de certas práticas mágicas de um discípulo de Zalmoxis. Possíveis causas para as opressões na cabeça de Cármides já foram aventadas, como, por exemplo, a ressaca da embriaguez e a própria intemperança, objeto de análise do diálogo. O nosso propósito neste artigo é, além de sugerir a hipótese de que a moléstia se deve à qualidade de seus sonhos, destacar, dentre algumas práticas caracterizadas como mágicas, aquela que visa a cura por intermédio da liberação da alma do corpo, o que é assinalado pela excursão alçada pelo sono. Para corroborar a nossa hipótese, abordaremos passagens da República em que Platão, ao tratar da transformação do homem democrático em tirânico, menciona a psicologia dos sonhos.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ALSINA, J. As revoluções da alma. Sonho e prodiágnosis no tratado hipocrático ‘Da Dieta’. São Paulo: USP, Tese de doutorado, 2015. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-18112015-115324/es.php > Acesso em: 13 set. 2020.
COLLI, G. A sabedoria grega (I): Dioniso, Paolo, Eleusis, Orfeu, Museu, Hiperbóreos, Enigma. São Paulo: Paulus, 2012.
GILBERT, P. R. Platonic sophrosyne: Many-headed beast or a simpler creature?. (Tese de Doutorado) Oslo: University of Oslo, 2010. Disponível em: <https://www.duo.uio.no/handle/10852/25150 > Acesso em: 13 set. 2020.
GRIMAL, P. Dicionário de mitologia grega e romana. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.
GRIMALDI, N. Sócrates, o feiticeiro. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
HERÓDOTO. Histórias. Tradução de Maria de Fátima Silva (1-144) e Cristina Abranches Guerreiro (145-205). Lisboa: Edições 70, 2000.
KOCH, S.R. Asclépio, o deus-herói da cura: seu culto e seus templos. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, Suplemento 12: 51-55, 2011. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revmaesupl/article/view/113567/111522> Acesso em: 13 set. 2020.
PAVIANI, J. O homem tirânico na República. Hypnos. n. 9 - 2º sem. (2002). São Paulo, p. 39-56. Disponível em: <https://hypnos.org.br/index.php/hypnos/article/view/131/133> Acesso em: 13 set. 2020.
PINHEIRO, M. R. Filosofia, Saúde, Alma e Corpo no Cármides de Platão. In: Princípios, Natal, vol. 12, nos 17-18, jan./dez. 2005, p. 173-182. Disponível em: <https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/533/463>. Acesso em: 13 set. 2020.
PLATÃO. Banquete. Tradução de Jose Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores).
PLATÃO. Cármides, Critão. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 1980 (Coleção Amazônica).
PLATÃO. Filebo. Tradução de Fernando Muniz. São Paulo: Loyola, 2012.
PLATÃO. Fédon. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: UFPA, 1980 (Coleção Amazônica).
PLATÃO. Mênon. ed. bilíngue. Tradução de Maura Iglésias. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001.
PLATÃO. República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 9. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
ROBINSON, T. M. A psicologia de Platão. Tradução de Marcelo Marques. São Paulo: Loyola, 2007.
ROPP, C. P. Os Sonhos da Grécia Antiga. Trad.: Leonardo T. de Oliveira. A Hermeneutic and Rhetoric of Dreams’, Janus Head, Vol. 3, No. 1, (2000).
SCHMITT, A. A cidade sonhada: filosofia, utopia, sonho e adivinhação. Kléos. v. 16-17. Rio de Janeiro: UFRJ, IFCS, Pragma, p. 215-230. Disponível em: <https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/533/463>. Acesso em: 13 set. 2020.
VERNANT, J-P. Mito e Pensamento entre os Gregos. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
La presentazione degli originali a questa rivista implica il trasferimento, da parte degli autori, dei diritti di pubblicazione stampate e digitali alla stessa, fatta eccezione dei diritti d'autore, che per gli articoli pubblicati rimangano all’autore, con diritti periodici sulla prima pubblicazione. Gli autori possono utilizzare gli stessi risultati solo in altre pubblicazioni che indicano chiaramente questa rivista come pubblicazione originale. Poiché siamo una rivista ad accesso aperto, consentiamo l'uso gratuito di articoli in applicazioni educative, scientifiche e non commerciali, a condizione che venga menzionata esplicitamente la fonte.