Ceci est une version obsolète publiée le 2021-12-28. Consultez la version la plus récente.

O pessimismo e suas razões: Schopenhauer como estudo de caso e direcionamentos metodológicos

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5902/2179378666000

Mots-clés :

Pessimismo, Schopenhauer, Escola de Schopenhauer, Matias Aires

Résumé

Nosso objetivo é tomar o pensamento de Schopenhauer como estudo de caso e ponto de partida para discutir em que medida o “pessimismo” pode ser fundamentado e reinterpretado segundo “razões objetivas”, conceitualmente filosóficas. Para intérpretes como Christopher Janaway e Frederick Beiser, a legitimidade filosófica do pessimismo schopenhaueriano, atribuído à tese de que a vida é um negócio que não cobre os custos do investimento, é garantida pelas implicações inferidas da metafísica da Vontade. Por outro lado, Kuno Fischer, acompanhado dentre outros por Bryan Magee, reinterpreta tal pessimismo a partir de “razões subjetivas”, pautadas em certas disposições de espírito ou preferências, como a relação conflituosa de Schopenhauer com sua mãe, por exemplo. A dificuldade em determinar mais precisamente a fundamentação do pessimismo de Schopenhauer redobra se considerarmos estudos que seguem uma tendência oposta e classificam esse autor como um “otimista”; Heinz Gerd Ingenkamp pode ser apontado como representante dessa vertente interpretativa. Se tal dificuldade se deve, como supomos a princípio, ao inevitável anacronismo que permeia a maior parte das discussões sobre o suposto pessimismo de Schopenhauer acerca do valor da existência, propomos minimizá-lo mediante um procedimento exegético que indicamos aqui ainda em linhas gerais.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Matheus Silva Freitas, Universidade Federal de Sergipe

Doutorando em Filosofia e professor substituto no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Possui mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Sergipe. Atualmente, dedica-se a pesquisas na área do idealismo alemão, com ênfase no pensamento de Schopenhauer. É membro do GT Schopenhauer da ANPOF.

Références

AIRES, M. Reflexão sobre a vaidade dos homens. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

BEISER, F. C. Weltschmerz. Pessimism in German Philosophy, 1860-1900. New Tork: Oxford University Press, 2016.

COSSUTA, F. Elementos para a leitura dos textos filosóficos. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

DEBONA, V. Pessimismo e eudemonologia: Schopenhauer entre pessimismo metafísico e pessimismo pragmático. Kriterion ‒ Publicação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, Belo Horizonte, v. 57, n. 135, p. 781-802, set-dez. 2016.

DÖRPINGHAUS, A. Schopenhauers rhetorische Argumentation für den Pessimismus. Schopenhauer-Jahrbuch, Band. 80, p. 63-85, 1999.

FAZIO, D. A escola de Schopenhauer. In: CARVALHO, R.; COSTA, G.; MOTA, T. (orgs.). Nietsche-Schopenhauer. Metafísica e significação moral do mundo. Vol. II. Fortaleza: EdUECE, 2014. p. 11-36.

FELLDMANN, F. Warum sich in Schopenhauers schlechtester aller möglichen Welten gut leben lässt. Schopenhauer-Jahrbuch, Band. 93, p. 515-524, 2012.

GIMMEL, J. Metaphysische Erfahrung und Verzweiflung. Schopenhauer-Jahrbuch, Band. 92, p. 135-159, 2011.

GUÉROLT, M. Método em história da filosofia. Philosophica: Revista de Filosofia da História e Modernidade/Universidade Federal de Sergipe, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia da História e Modernidade, São Cristóvão, n. 6, p. 129-144, 2005.

INGENKAMP, H. G. Nicht-Sein oder Nicht-So-Sein? Eudaimonologie und Eschatologie bei Schopenhauer. Schopenhauer-Jahrbuch, Band. 93, p. 31-41, 2012.

INVERNIZZI, G. Grundlinien und Tendenzen der Schopenhauerschen Schule. In: CIRACI, F.; FAZIO, D.; KOßLER, M. (Hrsg.). Schopenhauer und die Schopenhauer-Schule. Beiträge zur Philosophie Schopenhauers. Band. 7. Würzburg: Königshausen & Neumann, 2008. p. 149-167.

INVERNIZZI, G. Il pessimismo tedesco dell’ottocento. Schopenhauer, Hartmann, Bahnsen E Mainlander e i loro Avversari. Firenze: La Nuova Italia, 1994.

JANAWAY, C. Pessimismo de Schopenhauer. In: JANAWAY, C. (Org.). The Cambridge Companion to Schopenhauer. England: Cambridge University Press, 1999. p. 318- 343.

KOßLER, M. Uma metafísica originariamente ética: metafísica e significado moral na tese de Schopenhauer. In:

CARVALHO, R.; COSTA, G.; MOTA, T. (Orgs.). Nietsche-Schopenhauer. Metafísica e significação moral do mundo. Vol. I. Fortaleza: EdUECE, 2014. p. 11-28.

LIMA, A. A. Introdução. In: AIRES, M. Reflexão sobre a vaidade dos homens. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

MAGEE, B. The Philosophy of Schopenhauer. New York: Oxford University Press, 1997.

MARGUTTI, P. História da filosofia do Brasil. O período colonial (1500-1822). São Paulo: Loyola, 2013.

MORAES, D. O pessimismo moral schopenhaueriano: origem, significado e alcance. Ethic@: revista internacional de filosofia moral, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 347-374, nov. 2017.

PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da argumentação: a nova retórica. 2. ed. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

ROSSET, C. Schopenhauer, philosophe de l’absurde. Paris: PUF, 1967.

SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung. Ersten Bandes. In: FRAUENSTAEDT, J. (Ed.). Sämtliche Werke. Leipzig: 1877, Brockhaus.

SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung. Zweiten Bandes. In: FRAUENSTAEDT, J. (Ed.). Sämtliche Werke. Leipzig: 1877, Brockhaus.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação, primeiro tomo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação, segundo tomo: suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

SCHOPENHAUER, A. Sobre a vontade na natureza. Tradução, prefácio e notas de Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM, 2014.

SILVA, M. Schopenhauer e a prova analógica de que a vontade é a coisa em si: uma leitura da § 19 de O mundo como vontade e como representação do ponto de vista da retórica aristotélica. Prometheus - Journal of Philosophy, São Cristóvão, 13(35), p. 201-226, 2020.

STÄGLICH, H. Zur Geschichte des Begriffs Pessimismus. Schopenhauer-Jahrbuch, Bd. 34, p. 27-37, 1951/1952.

WENDEL, G. Schopenhauer als Optmist. Erstes Jahrbuch der Schopenhauer-Gesellschaft, p. 27-37, 1912.

Téléchargements

Publiée

2021-12-28

Versions

Comment citer

Freitas, M. S. (2021). O pessimismo e suas razões: Schopenhauer como estudo de caso e direcionamentos metodológicos. Voluntas: International Journal of Philosophy, 12, e05. https://doi.org/10.5902/2179378666000