Schopenhauer, Wagner e a Ópera: algumas dificuldades com a metafísica musical a partir de uma abordagem psicolinguística

Autores

  • Tristan Torriani Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378634143

Palavras-chave:

Schopenhauer, Wagner, Estética Musical

Resumo

Neste artigo primeiramente procuro explicar quais são as razões que tornam pretensões metafísicas em geral muito problemáticas, a maior delas sendo a de que o metafísico não tem como fazer afirmações sobre a coisa-em-si sem estar ele mesmo interpretando fenômenos a partir da mediação de conceitos que sempre envolvem mente e linguagem. A nítida cisão entre pensamento e linguagem em Schopenhauer faz com que qualquer suposta cognição metafísica teria que ficar presa ao nível pré-verbal ou sensoriomotor, e por isso de modo algum poderia ser aceita como tendo validade universal ou absoluta. A seguir discuto a apropriação wagneriana da concepção schopenhaueriana da ópera, em que se evidencia um descompasso considerável entre o compositor e o filósofo.

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Biografia do Autor

Tristan Torriani, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP

Doutor em Filosofia pela UNICAMP e pela Otto Von Guericke Universität Magdeburg Professor (IA-UNICAMP)

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Publicado

2010-07-01

Como Citar

Torriani, T. (2010). Schopenhauer, Wagner e a Ópera: algumas dificuldades com a metafísica musical a partir de uma abordagem psicolinguística. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 1(1), 138–150. https://doi.org/10.5902/2179378634143

Edição

Seção

Estudos Schopenhauerianos