Schopenhauer, Wagner e a Ópera: algumas dificuldades com a metafísica musical a partir de uma abordagem psicolinguística
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378634143Palavras-chave:
Schopenhauer, Wagner, Estética MusicalResumo
Neste artigo primeiramente procuro explicar quais são as razões que tornam pretensões metafísicas em geral muito problemáticas, a maior delas sendo a de que o metafísico não tem como fazer afirmações sobre a coisa-em-si sem estar ele mesmo interpretando fenômenos a partir da mediação de conceitos que sempre envolvem mente e linguagem. A nítida cisão entre pensamento e linguagem em Schopenhauer faz com que qualquer suposta cognição metafísica teria que ficar presa ao nível pré-verbal ou sensoriomotor, e por isso de modo algum poderia ser aceita como tendo validade universal ou absoluta. A seguir discuto a apropriação wagneriana da concepção schopenhaueriana da ópera, em que se evidencia um descompasso considerável entre o compositor e o filósofo.Downloads
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