A crítica de Schopenhauer à concepção de um uso prático da razão pura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378634112

Palavras-chave:

Razão prática, Dever, Genealogia da moral

Resumo

O artigo tem como proposta analisar um primeiro momento da crítica de Schopenhauer à teoria moral de Kant. Este primeiro momento é a crítica à concepção de um uso puro prático da faculdade racional; ele tem três passos, a saber, crítica à (i) idéia de uma mesma razão que seria responsável pelo fundamento teórico e prático, à (ii) falta de fundação ou dedução deste suposto uso prático da razão pura e/ou acusação de insuficiência da única tentativa realizada por Kant neste sentido e (iii) acusação de um pressuposto transcendente imbricado nesta concepção, a saber, que um uso prático da razão pura, isto é, uma determinação racional a priori da vontade, teria como fundamento oculto a psicologia racional. Antes destes três passos, no entanto, analisaremos qual a necessidade, para Schopenhauer, dessa crítica à moral kantiana, buscando assim indicar que a polêmica visava também, e talvez sobretudo, os póskantianos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Glauber Cesar Klein, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR.

Mestrando em Filosofia pela UFPR.

Referências

SCHOPENHAUER, Arthur. Über die Grundlage der Moral. Sämtliche Werte, von Julius Frauenstädt besorgten Gesamtausg, neu bearb. u. hrsg. von Arthur Hübscher. Mannheim: Brockhaus, 1988.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação, 1° tomo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre o fundamento da moral. Tradução: Maria Lúcia Mello Oliveira Cacciola. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. (Coleção clássicos).

KANT, Immanuel. Grundlegung zur Metaphysik der Sitten. Werkausgabe: in 12 Bänden – Bald 7. Hrsg. von Wilhelm Weischedel. Frankfurt am Main: Suhrkamp – Taschenbuch Wissenschft, 1991.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução: Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbekian: 2001.

FICHTE, Johann Gottlieb. Sobre o conceito da Doutrina-da-ciência ou Da assim chamada filosofia (1794). Tradução: Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Os pensadores, 3ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

BARBOZA, Jair. Os limites da expressão, linguagem e realidade em Schopenhauer. In: Veritas, Volume 50, n° 1, pp. 127-135. Porto Alegre: 2005.

BONACCINI, Juan Adolfo. Kant e o problema da coisa em si no idealismo alemão. Rio de Janeiro: Relume dumará, 2003.

BARRENECHEA, José María Artola. El discurso de Schopenhauer sobre la «cosa en si». In: Anales del Seminario de Metafisica, n° 23-1989/83-118, 1987-88-89. Ed. Universidad Complutense, Madrid. Também disponível em:

<http://www.ucm.es/BUCM/revistas/fsl/15756866/articulos/ASEM8989110083A.PDF>. Acesso em 4 de agosto de 2007.

CACCIOLA, Maria Lúcia Mello e Oliveira. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: EDUSP – Editora da Universidade de São Paulo, 1994.

CARTWRIGHT, David E. Schopenhauer’s Narrower Sense of Morality. In: The Cambridge companion to Schopenhauer, pp. 252-92. Edit by Christopher Janaway. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

ZINGANO, Marco Antonio. Razão e história em Kant. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.

Downloads

Publicado

2011-06-01

Como Citar

Klein, G. C. (2011). A crítica de Schopenhauer à concepção de um uso prático da razão pura. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 2(1), 48–62. https://doi.org/10.5902/2179378634112