A crítica de Schopenhauer à concepção de um uso prático da razão pura
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378634112Palavras-chave:
Razão prática, Dever, Genealogia da moralResumo
O artigo tem como proposta analisar um primeiro momento da crítica de Schopenhauer à teoria moral de Kant. Este primeiro momento é a crítica à concepção de um uso puro prático da faculdade racional; ele tem três passos, a saber, crítica à (i) idéia de uma mesma razão que seria responsável pelo fundamento teórico e prático, à (ii) falta de fundação ou dedução deste suposto uso prático da razão pura e/ou acusação de insuficiência da única tentativa realizada por Kant neste sentido e (iii) acusação de um pressuposto transcendente imbricado nesta concepção, a saber, que um uso prático da razão pura, isto é, uma determinação racional a priori da vontade, teria como fundamento oculto a psicologia racional. Antes destes três passos, no entanto, analisaremos qual a necessidade, para Schopenhauer, dessa crítica à moral kantiana, buscando assim indicar que a polêmica visava também, e talvez sobretudo, os póskantianos.Downloads
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