Análise fitoquímica das cascas e do miolo da raiz de urera baccifera (l.) gaudich (urticaceae)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/223658342611

Palavras-chave:

Urera baccifera; Polifenóis totais; Alcalóides; Flavonóides; Taninos; Antioxidante.

Resumo

Urera baccifera (L.) Gaudich, conhecida popularmente como Urtiga­brava, ocorre desde a América Central até a Argentina. Testes farmacológicos já mostraram a atividade analgésica e antiinflamatória de extratos aquosos desta planta em ratos, no entanto não há registros na literatura de seus constituintes químicos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise fitoquímica da raiz de Urera baccifera. Os resultados dos metabólitos doseados no extrato bruto das raízes foram: polifenóis totais: 29,76 + 1,5 mg/g de extrato, flavonóides: 16,42 + 0,1 mg/g de extrato; taninos condensados: 19,11 + 0,77 mg/g de extrato e alcalóides totais: 1,58 + 0,02 mg/g de extrato. No teste de capacidade antioxidante frente ao radical DPPH a planta deste estudo obteve um valor de IC50 188,57 mg/g de extrato. Os testes qualitativos aplicados nos extratos da casca e no miolo da raiz apresentaram resultados positivos para heterosídeos flavonoídicos e purinas apenas na casca, heterosídeos saponínicos apenas no miolo e taninos e mucilagens na casca e no miolo da raiz. Estes resultados estão sendo descritos pela primeira vez para esta planta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Leitão Gindri, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Possui graduação (2010) em Farmácia pelo Centro Universitário Franciscano (atual Universidade Franciscana - UFN) e Mestrado (2012) e Doutorado (2016) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além de MBA em Cosmetologia estética e Ciências da pele pelo Instituto de Cosmetologia (2018). Atualmente é professora no Curso de Farmácia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Santiago, ministrando as disciplinas de Farmacotécnica, Farmacognosia e Cosmetologia. Trabalha com pesquisa e extensão, tendo como principais áreas de estudo fitoquímica e toxicologia de plantas medicinais e etnofarmacologia e desenvolvimento de produtos cosméticos e fitoterápicos.

Michele da Silva, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS

Graduada em Farmácia pelo Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS, Brasil

Marília Buss de Marchi, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Franciscana (2010). Especialista em gestão e atenção hospitalar no sistema público de saúde na Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Farmácia clínica, assistência e atenção farmacêuticas.

Lucas Scherer Brum, Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, RS

Graduado em Farmácia pelo Centro Universitário Franciscano, Santa Maria - RS, Brasil

Margareth Linde Athayde, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Possui graduação em Farmácia e Bioquimica e Farmácia Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria (1981), mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000). Atualmente é professor associado III na Universidade Federal de Santa Maria e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (Mestrado e Doutorado). Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Fitoquímica e produtos naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: isolamento, elucidação estrutural e atividades biológicas de metabólitos secundários.

Solange Cristina da Silva Martins Hoelzel, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS

Possui graduação em Farmácia Industrial pela Universidade Federal da Paraíba (1986), mestrado em Fármacos e Medicamentos (Ribeirão Preto-SP) pela Universidade de São Paulo (1992) e doutorado em Química pela Universidade Federal de Santa Maria (2001). Tem experiência em ensaios biológicos in vivo e vitro, de plantas medicinais e substâncias sintéticas e na área de nanotoxicologia.

Referências

­ Maciel MAM, Pinto AC, Veiga Jr VF, Grynberg NF, Echevarria, A. Plantas Medicinais: A Necessidade de Estudos Multidisciplinares. Quím Nova. 2002; 25(3):429­38.

­ Joly, AB. Botânica: Introdução a Taxonomia Vegetal. 12a ed. São Paulo: Companhia Editora Vegetal; 1998.

­ Badilla B, Mora G, Lapa AJ, Emim JAS. Anti­inflammatory activity of Urera baccifera (Urticaceae) in SpragueDawley rats. Rev Biol Trop. 1999; 47(3):365­71.

­ Martins FA, Gomes MM da R, Nogueira FLP, Martins GR, Romanos MTV, Kaplan MAC, et al. In vitro inhibitory effect of Urera baccifera (L.) Gaudich. Extracts against herpes simplex. Afr J Pharm Pharmacol. 2009;

(11):581­4

­ Choi, CW, Kim, SC, Hwang, SS, Choi, BK, Ahn, HJ, Lee, MY, et al. Antioxidant activity and free radical scavenging capacity between Korean medicinal plants and flavonoid by assay­guided comparision. Plant Science. 2002; 163:1161­8.

­ Chandra, S, Mejia, EG. Polyphenolic compounds, antioxidant capacity and quinone reductase activity of an aqueous extract of Ardisia compressa in comparision to Mate (Ilex paraguaiensis) and Green (Camellia sinensis) Teas. J Agric Food Chem. 2004; 52:3583­9.

­ Woisky, RG, Salatino, A. Analysis of própolis: some parameters and procedures for chemical quality control. J Apic Res. 1998; .37(2):99­105.

­ Morrison, IM, Asiedu, EA, Stuchbury,T, Powell, AA. Determination of lignin and tannin contents of Cowpea seed coats. Ann Bot. 1995; 76 (3):287­290

­ Oliveira, MAC, Albuquerque, MM, Xavier, HS, Strattmann, RR, Grangeiro Junior, S, Queiroz, AT. Desenvolvimento e validação de metodologia para quantificação de alcalóides totais como berberina em

fitoterápico contendo Berberis vulgaris L. Rev Bras Farmacogn. 2006; 16 (3):357­64

­ Moreira EA. Contribuição para o estudo fitoquímico de Lobelia hassleri A. ZAHLB e Lobelia stellfeldii R. Braga. Companulaceae. Trib Farm. 1979; 47(1):13­39.

­ Martins, GR, Nogueira, FLP, Menezes, FS, Kaplan, MAC. Atividade antioxidante do extrato etanólico e suas partições obtidas dos galhos de Urera baccifera Gaudich. Através do ensaio com DPPH. 29ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2006.

­ Mannion, F e Menezes, FS. Antioxidant activity of Urera baccifera Gaud extracts. The Trinity College Dublin Journal of Pharmacy & Pharmaceutical Sciences. 2010; 2(1):8­9

­ Boligon, AA, Feltrin, AC, Janovik, V, Frohlich, JK, Athayde, ML. Estudo fitoquímico das cascas do tronco de Scutia buxifolia Reissek. Saúde, 2009; 35(2):4­6.

­ Chaurasia, N. & Wichtl, M. Flavonolglykoside aus Urtica dioica. Planta Med. 1987:432­4.

­ Akbay, P., Basaran, A.A., Undeger, U., Basaran, N. In vitro immunomodulatory activity of flavonoid glycosides from Urtica dioica L. Phytotherapy Research. 2003; 17:34­7.

­ Özen T., Korkmaz H. Modulatory effect of Urtica dioica L. (Urticaceae) leaf extract on biotransformation enzyme systems, antioxidant enzymes, lactate dehydrogenase and lipid peroxidation in mice. Phytomedicine.

; 10:405­15.

­ Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR., organizadores. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6 ed, 1 reimp. Porto Alegre / Florianópolis: Editora da UFRGS / Editora UFSC; 2010.

Downloads

Publicado

2011-06-27

Como Citar

Gindri, A. L., Silva, M. da, Marchi, M. B. de, Brum, L. S., Athayde, M. L., & Hoelzel, S. C. da S. M. (2011). Análise fitoquímica das cascas e do miolo da raiz de urera baccifera (l.) gaudich (urticaceae). Saúde (Santa Maria), 36(2), 63–69. https://doi.org/10.5902/223658342611

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)