‘De volta pra casa’: analogias como estratégia para o desenvolvimento do pensamento crítico
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734875930Palavras-chave:
Casa, Analogias, Consciência, Arte, Qualidade de vidaResumo
Este artigo parte da hipótese de que o uso de analogias pode favorecer a compreensão de conceitos, os quais necessitam ser validados em determinados campos, além de possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico e as formulações de conclusões e de argumentos simbólicos. Por isso, a problematização que se aventa busca tencionar as analogias possíveis para o termo “casa”. Interessa suplantar o senso comum que atribui a essa palavra o significado apenas de espaço funcional para moradia e lugar de dentro. O objetivo foi valorizar o termo, exemplificando-o como lugar de dentro e de fora, ou seja, ora como habitação, ora como possibilidade de expressão artística, ora como corpo, e ora também como casa comum, dizendo respeito ao planeta. A metodologia de natureza básica nvolveu a abordagem qualitativa com ênfase interdisciplinar ao dialogar com teóricos de diferentes áreas: Carl G. Jung favorece a reflexão numa perspectiva psicológica; já outros, como Edgar Morin, compreendem a vida como um grande tecido entrelaçado, de forma que - juntamente com Marc Augé ampliam a relação entre a humanidade, seu meio e entorno. Por seu turno, Salles e Ostrower embasam as teorias sobre os processos criativos, a linguagem da arte e o uso imagético para representar os sintomas expressos no homem e em seu meio ambiente.
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