Movimentos formativos entre narrativa e imagens: a experiência de uma professora no exercício de ver e não ver.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734837907

Palavras-chave:

Formação, Cegueira, Experiência e imagens

Resumo

Este artigo trata-se de um relato de experiência ensaística  a partir do encontro com pessoas cegas ao atuar como professora no Instituto Benjamin Constant. Portanto coloco-me como praticante-pensante para narrar os movimentos formativos experienciados por mim nesses espaços-tempos que frequento. Movida pelos efeitos produzidos nesses movimentos entre ensinar-aprender, oriundos das relações com pessoas cegas no IBC, me permito pensar nos conhecimentos produzidos no cotidiano, no uso de imagens e tecnologia na escola. Considero a experiência, segundo Larrosa (2002), como aquilo que nos passa, nos atravessa, nos desloca e nos transforma e para registrá-las neste trabalho, utilizo não só a narrativa escrita, mas também imagens que me possibilitam pensar conceitos que surgem de minhas  inquietações nas relações tecidas entre os sujeitos da pesquisa e quanto os conhecimentos do cotidiano atuam como parte constitutiva em meu processo formativo.  Inicio com uma introdução que chamo de “Movimentos iniciais”,  depois parto para o desenvolvimento que divido em “Movimentos (de)formação ou (trans)formação?”, “Movimentos de ver e não ver: uma questão de olhar.”, “Movimentos da/na prática ”, e por último apresento como considerações finais, longe de finalizar “ Movimentos de (trans)formação.

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Biografia do Autor

Daiana Pilar Andrade de Freitas Silva, Instituto Benjamin Constant Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Mestra em educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação Processos Formativos e Desigualdades Sociais da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro/ FFP-UERJ (2018). Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Educação São Luis /FESL (2017). Especialista em Literatura Infantojuvenil pela Universidade Federal Fluminense/UFF (2011). Licenciada em Pedagogia pela UFF (2008). Atuou como professora na Prefeitura Municipal de São Gonçalo (2011), foi Orientadora Educacional da Prefeitura Municipal de Maricá (2013). Professora (2013) e Coordenadora Pedagógica (2014) da Prefeitura Municipal de Itaboraí. Atualmente é Professora de Ensino Básico Técnico e Tecnológico na Educação Infantil do Instituto Benjamin Constant. Participa do Grupo de Pesquisa e Estudos da Surdocegueira (GPESC), vinculado ao Centro de Estudos e Pesquisas do Instituto Benjamin Constant (CEPEQ) e também faz parte do Coletivo Diferenças e Alteridade na Educação (UERJ/FFP), onde pensa com outros sujeitos da educação, entre políticas, práticas e poéticas, como educadores, negociam cotidianamente os diferentes modos de ser e estar no mundo para se relacionar e trabalhar coletivamente numa perspectiva ética do encontro.

Referências

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Silva, D. P. A. de F. (2019). Movimentos formativos entre narrativa e imagens: a experiência de uma professora no exercício de ver e não ver. Revista Digital Do LAV, 12(2), 103–117. https://doi.org/10.5902/1983734837907