Adoecimento Docente: construção do estado do conhecimento

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5902/1984644491958

Mots-clés :

Estado do Conhecimento, Adoecimento Docente, Precarização do Trabalho, Neoliberalismo

Résumé

Este artigo tem como objetivo apresentar o método do Estado do Conhecimento, cujo o referencial teórico são Morosini e Fernandes (2014) e Morosini, Kohls-Santos e Bittencourt (2021), elaborado para o empreendimento de uma investigação realizada em um Curso de Doutorado de um Pós-Graduação em Educação sobre o Adoecimento Docente. Inicialmente, detalhamos o que é a metodologia do Estado do Conhecimento e as etapas da sua construção, na sequência, mostramos como nós a utilizamos e as teses e dissertações selecionadas. A partir das reflexões suscitadas pela análise dos trabalhos, expomos a tessitura que subsidia a tese por nós defendida que interrelaciona os seguintes assuntos: Neoliberalismo/Capitalismo, Precarização/Intensificação do Trabalho dos Professores e Adoecimento/Mal-estar Docente. E dessa forma concluímos que é possível confirmar a nossa ideia de que as concepções contidas nas políticas públicas educacionais, propostas por órgãos regidos pelo neoliberalismo, os quais por meio de suas orientações precarizam e intensificam o trabalho docente, potencializam o adoecimento docente.

Bibliographies de l'auteur-e

Neslei Noguez Nogueira, Instituto Federal Sul-rio-grandense

Professora e pesquisadora do IFSul-CaVG, graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL, 2009), mestre em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG, 2011) e mestre em Educação Matemática pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL, 2018).

Denise Nascimento Silveira, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Matemática pela Universidade Católica de Pelotas (1981) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Doutorado em Educação pelo PPGE da UNISINOS (2008). Realizou Estágio Pós-doutorado na Universidade do Porto em Portugal, no período de abril de 2018 até março de 2019. Atualmente é Professora Associada, no regime de Dedicação Exclusiva na Universidade Federal de Pelotas, no Instituto de Física e Matemática. Aposentada do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense Campus Pelotas-RS, integrando o grupo de pesquisa sobre Formação Docente. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, ensino de ciências e matemática, estágios, educação. Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática Mestrado Profissional da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas , do Programa de Pó-Graduação em Educação do Instituto Federal Sul-rio-grandense-Campus Pelotas-RS e Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática. Atuou como pesquisadora e lider na UFPel do grupo de pesquisa da PUC-RS - Formação de Professores, Licenciaturas e Práticas Pedagógicas. Realizou estágio de doutoramento em Portugal na Universidade do Porto com orientação do Prof.Dr. José Alberto de Azevedo e Vasconcelos Correia. Coordenadora do OBEDUC - Programa Observatório da Educação/CAPES/INEP, com Projeto "Interface Universidade e Educação básica: possibilidades inovadoras e qualidade do ensino", ligado ao PPGECM/FaE/UFPel. Foi Coordenadora do Curso de Licenciatura em Matemática da UFPel de setembro/2011 até junho/2014. Chefe do Departamento de Educação Matemática desde junho de 2019. Suplente junto ao CONSUN - Conselho Universitário - dos representantes dos Coordenadores dos Cursos de Graduação - Área de Ciências Exatas. Representante do Núcleo das Licenciaturas junto ao Comitê Gestor/UFPel. Atuou como representante na UFPel junto ao PARFOR, no ano de 2013.

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MOROSINI, Marília; KOHLS-SANTOS, Pricila; BITTENCOURT, Zoraia. Estado do Conhecimento: teoria e prática. 1 ed. Curitiba: CRV, 2021.

Publié-e

2025-11-06

Comment citer

Nogueira, N. N., & Silveira, D. N. (2025). Adoecimento Docente: construção do estado do conhecimento. Educação, 50(1), e139/1–26. https://doi.org/10.5902/1984644491958