Arquivos artísticos: práticas discursivas e suas visualidades

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5902/1984644468762

Mots-clés :

Arquivo

Résumé

Este artigo investiga possíveis relações entre as noções de arquivo e os conteúdos de algumas obras de arte para averiguar as possibilidades teóricas de uma aproximação conceitual entre o pensamento de Foucault, as obras de arte – que, nessa abordagem, alinham-se ao que denominaremos de arquivos artísticos – e algumas práticas discursivas. A pesquisa é eminentemente teórica, com revisão de literatura e seus operadores conceituais foram Michel Foucault, Giorgio Agamben, Nicolas Bourriaud. A reflexão discute aproximações e distinções sobre alguns artefatos africanos, arquivos de arte não europeia que foram arrancados de seus sítios-origem e transpostos para contextos distintos. A tentativa de englobar e trazer para as sintaxes visuais europeias os autos culturais estrangeiros evidenciaram as abordagens formalistas e exóticas convencionadas a partir da apropriação e do intercâmbio dos viveres e saberes africanos. Distintos artefatos africanos quando descontextualizados de sua função simbólica contribuem para um litígio conceitual presente nas discursividades e nos dispositivos de arte discutidos nessa investigação.

 

Biographie de l'auteur-e

Rogerio Vanderlei de Lima Trindade, Universidade Federal de Pelotas

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2017) . Mestre em Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2002), Especialista em Design de Superfície pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1998), Bacharel em Desenho e Plástica pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1995). Pesquisador do FLOEMA - núcleo de estudos em estética e educação, da UFSM. 

Références

ARGAN, Giulio Carlo, Arte Moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Cia da Letras, 1992.

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.

AGAMBEN, Giorgio. O homem sem conteúdo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

AGAMBEN, Giorgio. Arqueologia da obra de arte. Princípios – Revista de filosofia. v.20, n. 34. 2013.

BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFGM, 2019.

BOURRIAUD, Nicolas. Pós-produção: como a arte reprograma a mundo contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BOURRIAUD, Nicolas. Formas de vida: a arte moderna e a invenção de si. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins, 2005.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.

COMPAGNON, Antoine. Os cinco paradoxos da modernidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.

DANTO, Arthur. Após o fim da arte: a arte contemporânea e os limites da história. São Paulo: Odysseus Ed, 2006.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2007.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.

GILROY, Paul. O Atlântico negro. São Paulo: Editora 34, 2020.

GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

HALL, Stuart. Quem precisa de identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da, HALL, Stuart, WOODWARD, Katryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020.

Publié-e

2024-02-06

Comment citer

Trindade, R. V. de L. (2024). Arquivos artísticos: práticas discursivas e suas visualidades. Educação, 49(1), e28/1–28. https://doi.org/10.5902/1984644468762

Articles similaires

1 2 3 4 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.