O papel das adaptações e transcrições braille na contextualização do ensino de química: levantamento sócioestatístico do centro de apoio pedagógico ao deficiente visual do Estado do Amapá
DOI :
https://doi.org/10.5902/1984644445787Mots-clés :
Mapeamento Estatístico, Pessoas cegas, Ensino-aprendizagem de Química.Résumé
A presente pesquisa experimental traz a temática de inclusão dos Deficientes Visuais no ensino regular. Objetivando analisar o processo de inclusão de alunos com deficiência visual, suplementados com transcrições braille e material didático adaptado na disciplina de química, produzidos pelo Centro de Apoio Pedagógico da Pessoa com Deficiência Visual do Amapá, Brasil, no último quinquênio, bem como refletir a respeito do processo educativo desses indivíduos, levando em consideração a compreensão de conceitos químicos nos diferentes Níveis do Ensino. Metodologicamente o estudo pauta-se na Teoria Gestaltista, onde não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto de ações realizadas. Dentre os procedimentos metodológicos, destacam-se a catalogação do atendimento educacional voltados aos alunos DVs, quantificações das transcrições e adaptações braille por área de conhecimento e intervenções pedagógicas. A análise evidenciou que a disciplina de Química é responsável por 24% das adaptações braille no centro, contribuindo para complementação didática de 70% dos educandos matriculados na rede básica do Amapá. Evidenciando a necessidade de acompanhamento físico-pedagógico, aos DVs, pois aqueles com suplementação apropriada alcançaram rendimento na disciplina de Química de 65% por grupo pesquisado. A disparidade, quanto aproveitamento no ensino de Química, significa não dar para os Deficientes a possibilidade de inclusão, já quando se eleva o rendimento escolar, desenvolve-se o lado interpessoal dos indivíduos, tornando-os sujeitos ativos na sociedade.
Références
ALBANO, Geisa Golin; NOGUEIRA, Ruth Emilia. Serviços públicos e mapas táteis acessíveis via web para usuários deficientes visuais. Revista Democracia Digital e Governo Eletrônico, Florianópolis – SC, v. 2, n. 3, p. 102-118, 2010.
ALENCAR, Eunice Maria Lima Soriano de. O contexto educacional e sua influência na criatividade. Linhas Críticas, Brasília. v. 8, n. 15, p. 165-178, jul./dez. 2002.
AMIRALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes. Compreendendo o cego: Uma visão psicanalítica da cegueira por meio de desenhos-estórias. São Paulo: Casa do Psicólogo/FAPESP, 1997.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BARRETO, Mylane Santos. Educação inclusiva-Um estudo de caso na construção do conceito de função polinomial do 1º Grau por Alunos Cegos Utilizando Material Adaptado. 2013. 132 F. Dissertação (Mestre em Matemática)- Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF. Campos Dos Goytacazes-RJ, 2013.
BECKERS, Iohanna Elizabeth; PEREIRA, Josefa Lídia Costa; TROGELLO, Anderson Giovani. O processo de ensino-aprendizagem de ciências em turmas com alunos deficientes visuais: percepções dos professores. Revista Educação Especial, Santa Maria, RS, v. 27, n. 48, p. 127-240, 2014.
BELL, Judith. Fazendo seu projeto de pesquisa: um guia para pesquisadores iniciantes em educação e ciências sociais. 4. ed. Buckingham: OUP, 2005
BERTALLI, Jucilene Gordin. Ensino de Geometria Molecular, para alunos com e sem Deficiência Visual, por Meio de Modelo Atômico Alternativo. 2010. 70 F. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação. Declaração de Salamanca: recomendações para a construção de uma escola inclusiva. SEESP/MEC, 2003. (Saberes e práticas da inclusão, 3).
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio: parte III Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Setec,1999.
CALLEGARI-JACQUES, Sidia Maria. Bioestatísticos princípios e aplicações. São Paulo: ARTMED, 2004.
CAMARGO, Eder Pires; SILVA, Dirceu. Atividade e material didático para o ensino de física à alunos com deficiência visual: queda dos objetos, ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 6., 2003, Bauru. Anais... Bauru: ABRAPEC, 2003b. p. 1-13.
CAMARGO, Eder Pires; SILVA, Dirceu; VERASZTO, Estéfano Vizconde. O ensino de física, os alunos com deficiência visual e os parâmetros curriculares nacionais. In: SIMPÓSIO EM FILOSOFIA E CIÊNCIA, TRABALHO E CONHECIMENTO: desafios e responsabilidades da ciência. 5., Marilia, SP, 2003. Anais eletrônico... Marilia: UNESP, 2003a. CD-ROM.
CARBONARI, Vera Lucia Gomes. As Políticas Públicas da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva da Rede Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, 7., Londrina, PR, 2011. Anais... Londrina: UEL, 2011. p. 3828-3836.
CARDOSO, Sheila Pressentin; COLINVAUX, Dominique. Explorando a Motivação para Estudar Química. Química Nova, Ijuí, v. 23, n.3. p. 401-404, 2000.
CERQUEIRA, Jonir Bechara; FERREIRA, Elise de Melo Borba. Os recursos didáticos na educação especial. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro, n. 5, p. 3-32, 1996.
CONSTABLE, Hilary; LONG, Andrew. Changing science teaching: lessons from a long-term evaluation of a short in-service course. International Journal of Science Education, London, v.13, n.4, p. 405-419, ago. 1991.
CORREIA, Maria Emanuella Amâncio et al. Investigação Do Fenômeno de Isomeria: Concepções Prévias dos Estudantes do Ensino Médio e Evolução Conceitual. Ensaio, Belo Horizonte, v. 12, n. 02, p. 83-100, 2010.
FACHIN, Odilia. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FARIAS, Renata Claudia Claudiano. Construção de Modelos Moleculares para o ensino de química utilizando bolinhas de isopor na representação tridimensional das cadeias carbônicas. 2015 42 F. Monografia (Especialista)- Universidade Estadual da Paraíba, 2015. p-12-32, 2015.
FERNANDES, Tatyane Caruso; HUSSEIN, Fabiana R. G. Silva; DOMINGUES, Roberta C. P. Rizzo. Ensino de química para deficientes visuais: a importância da experimentação num enfoque multissensorial. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 2, p. 195-203, 2017.
FLORES, Javier Gil. Análisis de dados cualitativos: aplicaciónes a la investigación educativa. Barcelona: PPU, 1994.
FONSECA, João José Saraiva da. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.
FONSECA, Vitor da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. Pesquisa como superação da aula copiada. In: MORAES, Roque; LIMA, Valderez Marina do Rosário. (Org.). Pesquisa em sala de aula: tendências para a educação em novos tempos. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 143, 170
GONÇALVES, Renata Barbosa; VIANNA, Carlos Alberto Fonseca Jardim; SANTOS, Sirley Brandão dos. Práticas pedagógicas inclusivas: Materiais didáticos alternativos para o ensino de ciências a alunos com deficiência visual. In: DÍAZ, Felix et al. (org.). Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 2009. p. 99-106.
MAZZOTA, Marcos José da Silveira. Inclusão e Integração ou Chaves da Vida Humana. In: CONGRESSO IBERO - AMERICANO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. Diversidade na Educação: Desafio para o Novo Milênio. 3., Foz do Iguaçu, 1998. Anais... Brasília: SEESP/MEC, 1998. p.48-53.
MELO, Elda Silva do Nascimento; MELO, João Ricardo Freire de Softwares de simulação no ensino de química: uma representação social na prática docente. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 7, n. 1, 51-63, 2005.
MONTE ALEGRE, Paulo Augusto Colaco. A cegueira e a visão do pensamento. 2003. 303 F. Tese (Doutor em Psicologia)-Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo, Editora Moraes, 1982.
NUNES, Albino Oliveira. Abordando as Relações CTSA no Ensino da Química a partir das crenças e atitudes de licenciandos: uma experiência formativa no Sertão Nordestino. 2010; 193 F. Dissertação (Mestre)-Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.
NUNES, Sylvia; LOMÔNACO, José Fernando. Bitencourt. O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 55-64; jan-jun. 2010.
OLIVEIRA, Marileide Antunes de; LEITE, Lúcia Pereira. Educação inclusiva: uma análise e intervenção em uma sala de recursos. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 21, n. 49, 197-25, 2011.
PELIZZARI, Adriana. et al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista PEC, Curitiba, v. 2, n.1, p. 37-42, jul. 2001– jul. 2002.
RAPOSO, Patrícia Neves; CARVALHO, Erenice Natalia S. de. A Pessoa com deficiência visual na escola. In: MACIEL, Diva Albuquerque Maciel; BARBATO, Silviane. (org.). Desenvolvimento humano, educação e inclusão escolar. 2. ed. Brasília: Editora UNB, 2010. p. 157-173.
RAZUCK, Renata Cardoso de Sá Ribeiro; GUIMARÃES, Loraine Borges. O desafio de ensinar modelos atômicos a alunos cegos e o processo de formação de professores. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 27, n. 48, p. 141-154, 2014.
RAZUCK, Renata Cardoso de Sá Ribeiro; OLIVEIRA NETO Washington de. A química orgânica acessibilizada por meio de kits de modelo molecular adaptados. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 28, n. 52, p. 473-486, 2015.
ROCHA, Telma Brito; MIRANDA, Theresinha Guimarães. A inclusão de alunos com deficiência no ensino superior: uma análise de seu acesso e permanência. In: DÍAZ, Felix et al. (org.). Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas [online]. Salvador: EDUFBA, 2009, pp. 27-37.
SÁ, Marcio Gomes de; MOURA, Guilherme Lima. A crítica discente e a reflexão docente. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 6, n. 4, p. 1-10, dez. 2008.
SANTOS, Allan Paulo Moreira dos et al. O processo de adaptação de livros didáticos e paradidáticos na inclusão de alunos cegos em escolas especiais e inclusivas. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro, ano 20, edição especial, p. 48-57, nov. 2014.
SANTOS, Maria Jesus dos A escolarização do aluno com deficiência visual e sua experiência educacional. 2007. 113 F. Dissertação (Mestre em Educação) - Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Salvador, 2007.
SANTOS, Mônica Pereira dos; PAULINO, Marcos Moreira. Inclusão em educação: Culturas, políticas e práticas. São Paulo: Cortez, 2006.
SMITH, Corinne; STRICK, Lisa Dificuldades de aprendizagem de A a Z: um guia completo para país e educadores. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas,1987.
VIGINHESKI, Lúcia Virginia Mamcasz et al. O sistema braille e o ensino da matemática para as pessoas cegas. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 4, p. 903-916, 2014.
ZANI, Adriana Valongo; NOGUEIRA, Maria Suely. Incidentes críticos do processo ensino-aprendizagem do curso de graduação em enfermagem, segundo a percepção de alunos e docentes. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 14, n. 5, p. set./out. 2006.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________