Potencialidades da Peer Instruction na Educação em Solos: fortalecendo o protagonismo estudantil e a sustentabilidade ambiental
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644491918Palavras-chave:
Educação em solos, Estratégias de ensino, Metodologias ativasResumo
Este artigo busca contribuir para o campo da Educação em Solos ao investigar a aplicação da metodologia ativa Peer Instruction (PI), também conhecida como Instrução entre Pares, no contexto da educação básica. A pesquisa teve como objetivo avaliar o potencial dessa abordagem para promover o engajamento dos estudantes, desenvolver habilidades cognitivas, com ênfase na resolução de problemas e fomentar a construção de uma consciência crítica sobre a conservação dos solos. O estudo adotou uma abordagem de pesquisa-intervenção de natureza mista, combinando procedimentos qualitativos e quantitativos, com delineamento descritivo e transversal. Essa metodologia permitiu captar simultaneamente as percepções dos estudantes e mensurar os fenômenos observados. Os resultados mostraram que as atividades baseadas na PI favoreceram o engajamento, a troca de ideias e a construção colaborativa do conhecimento, além de fortalecer a autoconfiança dos alunos na resolução de problemas acadêmicos. Conclui-se que a adoção de metodologias que estimulam a participação ativa dos estudantes, como a Instrução entre Pares, configura uma estratégia eficaz para fortalecer o protagonismo estudantil e promover uma educação crítica, reflexiva e alinhada aos desafios socioambientais contemporâneos.
Referências
ARAGÃO, J. Introdução aos estudos quantitativos utilizados em pesquisas cientificas. Revista Práxis, Rio de Janeiro. ano III, nº 6, agosto 2011.
ARAUJO, I. S.; MAZUR, E. Instrução pelos Colegas e Ensino sob Medida: uma proposta para o engajamento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 30, n. 2, p. 20, 2013.
BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Penso Editora, 2017.
BIONDI, D.; FALKOWSKI, V. Avaliação de uma atividade de educação ambiental com o tema “solo”. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. V. (22), p. 203 a 215, janeiro a julho de 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BREVIK, E. C. et al. Guidelines for undergraduate and graduate students. In: KOSAKI, T.; LAL, R.; REYES-SANCHES, L. B. (eds.). Soil Science Education: Global Concepts and Teaching. Stuttgart: Catena-Schweizerbart, 2020. p. 31-48.
BUENO, A. P. La construcción del conocimiento científico y los contenidos de ciencias. In: ALEIXANDRE, M. P. J. (Coord.) Enseñar ciencias. Barcelona: Editorial GRAÓ, p. 33-54, 2003.
CHARZYŃSKI, P. et al. A global perspective on soil science education at third educational level; knowledge, practice, skills and challenges. Geoderma, v. 425, p. 116053, 2022.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CROUCH, C. H.; MAZUR, E. Peer Instruction: Ten years of experience and results. American Journal of Physics, v. 69, p. 970-977, 2001.
DAL-FARRA, R. A.; LOPES, P. T. C. Métodos mistos de pesquisa em educação: pressupostos teóricos. Nuances: estudos sobre Educação, v. 24, n. 3, p. 67-80, 2013.
DESLAURIERS, L. et al. Improved learning in a large-enrollment physics class. Science, v. 332, n. 6031, p. 862-864, 2011.
FAGEN, A. P.; CROUCH, C. H.; MAZUR, E. Peer Instruction: Results from a range of classrooms. The Physics Teacher, v. 40, n. 4, p. 206-209, 2002.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC. Apostila. 2002.
FRASSON, V. R.; WERLANG, M. K. Ensino de solos na perspectiva da educação ambiental: contribuições da ciência geográfica. Geografia: Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v.14, n.1, p. 94-99, 2010.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Editora Paz e terra, 2014.
GONZÁLEZ, M. Á. et al. Teaching and learning physics with smartphones. Journal of Cases on Information Technology (JCIT), v. 17, n. 1, p. 31-50, 2015.
GÜNTHER, H. Como Elaborar um Questionário. Laboratório de Psicologia Ambiental Universidade de Brasília; Série: Planejamento de Pesquisa nas Ciências Sociais, Nº 01. Brasília. 2003.
KNIGHT, J. K.; WISE, S. B.; SIEKE, S. Group random call can positively affect student in-class clicker discussions. CBE Life Sciences Education, v. 15, n. 4, p. ar56, 2016.
KNIGHT, J. K.; WISE, S. B.; SOUTHARD, K. M. Understanding clicker discussions: Student reasoning and the impact of instructional cues. CBE Life Sciences Education, v. 12, n. 4, p. 645-654, 2013.
LASRY, N.; MAZUR, E.; WATKINS, J. Peer Instruction: from Harvard to the two-year college. American Journal of Physics, College Park, v. 76, n. 11, p. 1066-1069, Nov. 2008.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
LEFF, E. Educação ambiental e desenvolvimento sustentável. In: REIGOTA, M. (org.). Verdecotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
LEPSCH, I. F. Formação e Conservação dos Solos. Oficina de Textos, 2011.
LIBÂNEO, J. C. A aprendizagem escolar e a formação de professores na perspectiva da psicologia histórico-cultural e da teoria da atividade. Educar em Revista, n. 24, p. 113-147, 2004.
LIMA, M. F. et al. A Metodologia Ativa Peer Instruction: Origem, Aplicação e os Benefícios para a Prática Docente. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 7, p. 52-66, 2024.
MAYRING, P. Qualitative Content Analysis: A Step-by-Step Guide. Londres: SAGE Publications, 2021.
MAZUR, E. Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Penso Editora, 2015.
MAZUR, E.; WATKINS, J. Just-in-time teaching and peer instruction. p. 39-62. In: SIMKINS, S. P.; MAIER, M. H. (org.). Just in time teaching. Routledge, 2010.
MCDONNELL, L.; MULLALLY, M. Research and Teaching: Teaching Students to Check Their Work While Solving Genetics Problems. Journal of College Science Teaching, v. 46, p. 68-75, 2016.
MICHAELSEN, L. K.; SWEET, M. The essential elements of team‐based learning. New directions for teaching and learning, v. 2008, n. 116, p. 7-27, 2008.
MORAN, J. Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora. Papirus, 2015.
MUGGLER, C. C., PINTO, F. de A.; MACHADO, A. A. Educação em solos: princípios, teoria e métodos. Revista Brasileira de Ciência do Solo. v. 30, p. 733-740, 2006.
NASCIMENTO, M. S.; MARQUES, J. D. de O. Uma proposta didática empregando tecnologias digitais para a compreensão da importância dos solos na Educação Ambiental. Revista Ponto de Vista, [S. l.], v. 13, n. 3, p. 01–20, 2024.
PALOSCHI, C. A.; VARELA, K. C. A.; FRANÇA, M. M. Produção de material didático do ensino de solos na educação básica. Revista Transmutare, v. 9, 2023.
PINTO, A.S.S. et al. Inovação Didática - Projeto de Reflexão e Aplicação de Metodologias Ativas de Aprendizagem no Ensino Superior: uma experiência com “Peer Instruction”. Janus, v. 9, n. 15, p. 75-87, 2012.
RIBAS, A. S. Telefone celular como um recurso didático: possibilidades para mediar práticas do ensino de Física. Dissertação de mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Ponta Grossa-PPGECT, 2012.
SATO, M. Educação ambiental. São Carlos, RiMa, 2003.
SCHELL, J. A.; BUTLER, A. C. Insights from the science of learning can inform evidence-based implementation of peer instruction. Frontiers in Education, Lausanne, v. 3, p. 33, maio 2018.
SMITH, Michelle K. et al. Why peer discussion improves student performance on in-class concept questions. Science, v. 323, n. 5910, p. 122-124, 2009.
SOUSA, H. F. T.; MATOS, F. S. O ensino dos solos no ensino médio: desafios e possibilidades na perspectiva dos docentes. Geosaberes, Fortaleza, v. 3, n. 6, p. 71-78, jul. 2012.
TULLIS, J. G.; GOLDSTONE, R. L. Why does peer instruction benefit student learning?. Cognitive research: principles and implications, v. 5, n. 1, p. 15, 2020.
URBAŃSKA, M. et al. Environmental threats and geographical education: Students’ sustainability awareness-evaluation. Education Sciences, v. 12, n. 1, p. 1, 2021.
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). UNESCO raises global alarm on the rapid degradation of soils. Disponível em: https://www.unesco.org/en/articles/unesco-raises-global-alarm-rapid-degradation-soils. Acesso em: 13 jan. 2025.
VITAL, A. F. M.; RIBON, A. A.; DANTAS, J. S. Práticas de educação em solos na educação básica. In: VEZZANI, F. et al. (org.). Educação em solos. 1. ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2022.
WANG, Alf Inge; TAHIR, Rabail. The effect of using Kahoot! for learning–A literature review. Computers & Education, v. 149, p. 103818, 2020.
WESELY, P. M. Language learning motivation in early adolescents: using mixed methods research to explore contradiction. Journal of Mixed Methods Research, v. 4, n. 4, p. 295-312, 2010.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Educação

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________

