Educação e formação: valores e mediação de mundos na Angola colonial
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644487443Palavras-chave:
Angola, Educação, Congregação do Espírito SantoResumo
A entrada dos missionários espiritanos em Angola a partir da segunda metade do século XIX buscou apoiar a presença portuguesa nos territórios no processo de colonização. Entretanto, para conhecer e desenvolver o processo era necessário entender os mundos e um trabalho de mediação foi desenvolvido por diversos religiosos que estudaram costumes e formas de vivência entre os diversos grupos autóctones de formação bantu que privilegia a oralidade dada pelos saberes tradicionais. A escola nestes saberes não se circunscrevia em um lugar geográfico especifico e a hierarquia familiar era respeitada. Estes valores passam a ser contestados direta e indiretamente com a presença de novos costumes e o processo de europeização que tem quem se adaptar a uma maioria de outras culturas. Nosso interesse foi analisar os processos de educacionais feitos nas missões católicas e protestantes no contexto de resistência e permanência da escravização ilegal.
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