Filantropia e segregação: a Educação Especial via EJA em Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644485147Palavras-chave:
Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Deficiência IntelectualResumo
O objetivo deste artigo é analisar o atendimento educacional para estudantes com deficiência intelectual matriculados na Educação de Jovens e Adultos Especial (classes e instituições segregadas) no estado de Minas Gerais, entre 2008 e 2019. Para tanto, foram analisados os microdados do Censo Escolar da Educação Básica, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os resultados demonstraram que as matrículas de alunos na modalidade da Educação Especial concentram-se na EJA Regular (54,86%). Na EJA Especial, a maior parte das matrículas de estudantes com deficiência intelectual encontra-se em instituições privadas (92,23%), com prevalência da filantropia (98,20%), cujo convênio com o Poder Público é majoritariamente de base municipal e estadual (58,09%). Os dados confirmam a permanência de espaços segregados de ensino e a presença da filantropia na oferta de serviços educacionais. O estudo demonstra, ainda, a manutenção das desigualdades que caracterizam o acesso à Educação no Brasil.
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