Niñas en el recreo escolar: de los conflictos al aprender a negociar y a construir consensos para participar socialmente

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644470148

Palabras clave:

Conflictos entre niñas, Patio escolar, Participación social

Resumen

En este artículo se aborda la perspectiva adultocéntrica de los conflictos infantiles en los patios escolares, que se basa en la negatividad y ha descuidado su análisis desde el punto de vista de los niños, ignorando su proceso y el hecho de que a menudo se resuelven sin intervención adulta. Utilizando los aportes de los Estudios Sociales de la Infancia y las Ciencias de la Educación, se considera a los niños como actores sociales, productores de culturas infantiles y organizados como grupo social, proponiendo una reevaluación de los conflictos como inherentes a las relaciones y sociabilidades infantiles, atravesados por el poder y las emociones, y en cuyos procesos también aprenden a negociar y construir consensos esenciales para la participación social. El análisis socioeducativo de los conflictos entre niñas de 10 años de edad, observados durante el recreo en una escuela primaria urbana y privada, busca abordar i) la ocupación genderizada de los espacios formales del recreo; ii) la conflictividad como proceso y la comprensión de las condiciones sociales de su génesis, despliegue y desenlace; iii) su interpretación en el ámbito de las relaciones de sociabilidad y sus poderes, atravesados por estatus, prestigio y afinidades electivas; iv) el aprendizaje de habilidades sociales relevantes para la participación social. Los conflictos femeninos surgidos habitualmente al comenzar los juegos mostraron, en su desarrollo, prácticas en las que se utilizaban estatus, prestigio y afinidades electivas para (re)construir y/o reforzar alianzas con el fin de cerrar/excluir, afirmar liderazgos, confirmar principios y valores. Su resolución, resultado de mediaciones, negociaciones y construcción de consensos, resulta relevante para el desarrollo de la participación social y habilidades políticas.

Biografía del autor/a

Elsa Alves, University of Porto

Possui mestrado em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (2011). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação (Texto informado pelo autor)

Manuela Ferreira, University of Porto

Doutorada em Letras, área de Ciências Documentais, na especialidade de Tecnologias da Informação pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 8 de Maio de 2007 com a dissertação A Esfera: Comunicação Académica e Novos Media. Foi aprovada com a classificação de Muito Bom com Distinção e Louvor por unanimidade com a orientação dos Professores Doutores Rui Bebiano, Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Elias Sanz Casado, Professor Catedrático da Universidade Carlos III de Madrid. É também de referir que durante a primeira parte do desenvolvimento da sua tese pode contar com a orientação de Stevan Harnad, Professor da Universidade de Southampton no Reino Unido e Canada Research Chair on Cognitive Science na Universidade do Québeque em Montreal.

Citas

ABRAMOWAY, Miriam. Escola e violência. Brasília: Unesco/UCB, 2003.

ADLER, Patrícia; ADLER, Peter. Peer power: Preadolescent culture and identity. London: Rutgers University Press, 1998.

ADLER, Patricia; KLESS, Steven; ADLER, Peter. Socialization to gender roles: Popularity among elementary school boys and girls. Sociology of Education, vol.65, n.3, p.169-187, jul.1992.

AIKENHEAD, Glen. Educação científica para todos. Mangualde: Edições Pedago, 2009.

ALMEIDA, Ana Tomás. As relações entre pares em idade escolar. Braga: Centro de Estudos da Criança da Universidade do Minho, 2000.

BAILEY, Karen. The girls are the ones with the pointy nails: An exploration of children’s conceptions of gender. Western Ontário: Althouse Press, 1993.

BERNDT, Thomas. Obtaining support from friends during childhood and adolescence. In: D. Belle. (Ed.). Children's social networks and social supports. New York: John Wiley & Sons, p. 308-331, 1989.

BOLDÚ, Maite; CARRASCO, Rosa et al. Introducción a la Mediación. In: GARCÍA, Ana Poyatos (Coord.). Mediación familiar y social en diferentes contextos. Valencia: Nau Llibres, p. 77-111, 2003.

CARBONARI, Paulo. Ética, Violência e Memória das Vítimas: um olhar à luz dos direitos humanos. Filosofazer, Passo Fundo, n. 29, p. 75-89, jul./dez. 2006.

CHARLOT, Bernard. A violência na escola: como os sociólogos franceses abordam essa questão. Sociologias, Porto Alegre, n.8, p. 432-443, jul./dez. 2002.

CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: Avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.15, n.54, p. 11-28, jan./mar. 2007.

CORSARO, William. Friendship and peer culture in the Early Years. Norwood, N.J: Ablex, 1985.

CORSARO, William. The sociology of childhood. London: Pine Forge, 1997.

CUNHA, Pedro. Conflito e negociação. Porto: Edições ASA, 2001.

DAVIES, Bronwyn. Life in the classroom and playground: The accounts of primary school children. London: Routledge,1982.

DEBARBIEUX, Éric. Violência na escola: um desafio mundial?. Lisboa: Instituto Piaget, Horizontes Pedagógicos, 2007.

DEEGAN, James. Children’s friendships in culturally diverse classrooms. London: Falmer Press, 1996.

DELALANDE, Julie. La cour de récréation: Pour une anthropologie de l’enfance. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2001.

ESTRELA, Albano; FERREIRA, Júlia. Violence et indiscipline à l´école/Violência e indisciplina na escola. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, AFIRSE, 2002.

FERREIRA, Manuela. Do «avesso» do brincar ou … as relações entre pares, as rotinas da cultura infantil e a construção da(s) ordem(ens) social(ais) instituinte(s) das crianças no jardim-de-infância. In: SARMENTO, Manuel, Jacinto; CERISARA, Ana, Beatriz. Crianças e miúdos: Perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto: Edições ASA, p. 55-104, 2004.

FERREIRA, Manuela. “- Tá na hora d'ir pr'á escola!"; "- Eu não sei fazer esta, senhor professor!” ou... Brincar às escolas na escola (JI) como um modo das crianças darem sentido e negociarem as relações entre a família e a escola. Interacções, n. 2, p. 7-58, 2006.

FILHO, Nei Alberto Salles. Educação para a paz (EP): Saberes necessários para a formação continuada de professores. Universidade Estadual de Ponta Grossa: UEPG-PR, 2009.

FRANCIS, Becky. Power play: Primary school children’s constructions of gender, power, and adult work. London: Trentham Books, 1998.

GAITÁN, Lourdes. Sociología de la infância. Madrid: Editorial Sintesis, 2006.

GOODWIN, Marjorie Harness. Exclusion in Girls' Peer Groups: Ethnographic Analysis of Language Practices on the Playground. Human Development, 45, p. 392-415, 2002.

LEWICKI, Roy; SAUNDERS, David; Barry, Bruce. Negotiation. Boston: McGrawHill, 2006.

MAYER, Bernard. The dynamics of conflict resolution. San Francisco: Jossey-Bass, 2000.

MEKSENAS, Paulo. Alegoria do duelo e os conflitos escolares. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 106, p. 111-129, jan./abr. 2009.

MORGADO, José. Qualidade na educação. Um desafio para os professores.

Lisboa: Editorial Presença, 2004.

NEVES, Tiago; MALAFAIA, Carla. Gestão de conflitos: uma experiência, um guia. Colab. Agostinho Rodrigues Silvestre, Ana Luísa Castelo. Porto: Legis Editora, 2012.

PAECHTER, Carrie. Meninos e meninas: Aprendendo sobre masculinidades e feminidades. Porto Alegre: Artmed, 2009.

PONTE, Cristina. Crianças em notícia: A construção da infância pelo discurso jornalístico 1970-2000. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005.

RENOLD, Emma. Presumed innocence: (hetero) sexual, heterosexist and homophobic harassment among Primary School girls and boys. Childhood, 9 (4), p. 415-434, 2002.

RIZZO, Thomas; CORSARO, William. Toward a better understanding of Vygotsky's process of internalization: Its role in the development of the concept of friendship. Developmental Review, 8(3), p. 219–237, 1988.

SARAMAGO, Sílvia Sara Sousa. As Identidades da infância: Núcleos e processos de onstrução das identidades infantis. Sociologia – Problemas e Práticas, n.16, p. 151-171, 1994.

SARMENTO, Manuel Jacinto; CERISARA, Ana Beatriz. Crianças e miúdos: Perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto: Edições ASA, 2004.

SINGER, Elly; DOORNENBAL, Jeannette. Learning morality in peer conflict: A study of schoolchildren’s narratives about being betrayed by a friend. Childhood, vol. 13, n. 2, p. 225–245, 2006.

SPOSITO, Marília Pontes. Percepções sobre jovens nas políticas públicas de redução da violência em meio escolar. Pro-Posições, vol. 13, n. 3 (39), p. 71-83, set./dez. 2002.

THOMPSON, David; ARORA, Tiny; SHARP, Sonia. Bullying: effective strategies for long-term improvement. Londres: Routledge/Falmer, 2002.

THORNE, Barrie. Gender play: Girls and boys in School. New Brunswick, New Jersey, and London: Rutgers University Press, 1993.

THORNE, Barrie; LURIA, Zella. Sexuality and gender in children's daily worlds. Social Problems, vol 33(3), p. 176–190, fev. 1986.

VIENNE, Philippe. Comprendre les violences à l’école. Bruxelles: Éditions De Boeck Université, 2008.

Publicado

2023-04-13

Cómo citar

Alves, E., & Ferreira, M. (2023). Niñas en el recreo escolar: de los conflictos al aprender a negociar y a construir consensos para participar socialmente. Educación, 47(1), e123/ 1–28. https://doi.org/10.5902/1984644470148