Niñas en el recreo escolar: de los conflictos al aprender a negociar y a construir consensos para participar socialmente
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644470148Palabras clave:
Conflictos entre niñas, Patio escolar, Participación socialResumen
En este artículo se aborda la perspectiva adultocéntrica de los conflictos infantiles en los patios escolares, que se basa en la negatividad y ha descuidado su análisis desde el punto de vista de los niños, ignorando su proceso y el hecho de que a menudo se resuelven sin intervención adulta. Utilizando los aportes de los Estudios Sociales de la Infancia y las Ciencias de la Educación, se considera a los niños como actores sociales, productores de culturas infantiles y organizados como grupo social, proponiendo una reevaluación de los conflictos como inherentes a las relaciones y sociabilidades infantiles, atravesados por el poder y las emociones, y en cuyos procesos también aprenden a negociar y construir consensos esenciales para la participación social. El análisis socioeducativo de los conflictos entre niñas de 10 años de edad, observados durante el recreo en una escuela primaria urbana y privada, busca abordar i) la ocupación genderizada de los espacios formales del recreo; ii) la conflictividad como proceso y la comprensión de las condiciones sociales de su génesis, despliegue y desenlace; iii) su interpretación en el ámbito de las relaciones de sociabilidad y sus poderes, atravesados por estatus, prestigio y afinidades electivas; iv) el aprendizaje de habilidades sociales relevantes para la participación social. Los conflictos femeninos surgidos habitualmente al comenzar los juegos mostraron, en su desarrollo, prácticas en las que se utilizaban estatus, prestigio y afinidades electivas para (re)construir y/o reforzar alianzas con el fin de cerrar/excluir, afirmar liderazgos, confirmar principios y valores. Su resolución, resultado de mediaciones, negociaciones y construcción de consensos, resulta relevante para el desarrollo de la participación social y habilidades políticas.
Citas
ABRAMOWAY, Miriam. Escola e violência. Brasília: Unesco/UCB, 2003.
ADLER, Patrícia; ADLER, Peter. Peer power: Preadolescent culture and identity. London: Rutgers University Press, 1998.
ADLER, Patricia; KLESS, Steven; ADLER, Peter. Socialization to gender roles: Popularity among elementary school boys and girls. Sociology of Education, vol.65, n.3, p.169-187, jul.1992.
AIKENHEAD, Glen. Educação científica para todos. Mangualde: Edições Pedago, 2009.
ALMEIDA, Ana Tomás. As relações entre pares em idade escolar. Braga: Centro de Estudos da Criança da Universidade do Minho, 2000.
BAILEY, Karen. The girls are the ones with the pointy nails: An exploration of children’s conceptions of gender. Western Ontário: Althouse Press, 1993.
BERNDT, Thomas. Obtaining support from friends during childhood and adolescence. In: D. Belle. (Ed.). Children's social networks and social supports. New York: John Wiley & Sons, p. 308-331, 1989.
BOLDÚ, Maite; CARRASCO, Rosa et al. Introducción a la Mediación. In: GARCÍA, Ana Poyatos (Coord.). Mediación familiar y social en diferentes contextos. Valencia: Nau Llibres, p. 77-111, 2003.
CARBONARI, Paulo. Ética, Violência e Memória das Vítimas: um olhar à luz dos direitos humanos. Filosofazer, Passo Fundo, n. 29, p. 75-89, jul./dez. 2006.
CHARLOT, Bernard. A violência na escola: como os sociólogos franceses abordam essa questão. Sociologias, Porto Alegre, n.8, p. 432-443, jul./dez. 2002.
CHRISPINO, Álvaro. Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: Avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.15, n.54, p. 11-28, jan./mar. 2007.
CORSARO, William. Friendship and peer culture in the Early Years. Norwood, N.J: Ablex, 1985.
CORSARO, William. The sociology of childhood. London: Pine Forge, 1997.
CUNHA, Pedro. Conflito e negociação. Porto: Edições ASA, 2001.
DAVIES, Bronwyn. Life in the classroom and playground: The accounts of primary school children. London: Routledge,1982.
DEBARBIEUX, Éric. Violência na escola: um desafio mundial?. Lisboa: Instituto Piaget, Horizontes Pedagógicos, 2007.
DEEGAN, James. Children’s friendships in culturally diverse classrooms. London: Falmer Press, 1996.
DELALANDE, Julie. La cour de récréation: Pour une anthropologie de l’enfance. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2001.
ESTRELA, Albano; FERREIRA, Júlia. Violence et indiscipline à l´école/Violência e indisciplina na escola. Lisboa: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, AFIRSE, 2002.
FERREIRA, Manuela. Do «avesso» do brincar ou … as relações entre pares, as rotinas da cultura infantil e a construção da(s) ordem(ens) social(ais) instituinte(s) das crianças no jardim-de-infância. In: SARMENTO, Manuel, Jacinto; CERISARA, Ana, Beatriz. Crianças e miúdos: Perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto: Edições ASA, p. 55-104, 2004.
FERREIRA, Manuela. “- Tá na hora d'ir pr'á escola!"; "- Eu não sei fazer esta, senhor professor!” ou... Brincar às escolas na escola (JI) como um modo das crianças darem sentido e negociarem as relações entre a família e a escola. Interacções, n. 2, p. 7-58, 2006.
FILHO, Nei Alberto Salles. Educação para a paz (EP): Saberes necessários para a formação continuada de professores. Universidade Estadual de Ponta Grossa: UEPG-PR, 2009.
FRANCIS, Becky. Power play: Primary school children’s constructions of gender, power, and adult work. London: Trentham Books, 1998.
GAITÁN, Lourdes. Sociología de la infância. Madrid: Editorial Sintesis, 2006.
GOODWIN, Marjorie Harness. Exclusion in Girls' Peer Groups: Ethnographic Analysis of Language Practices on the Playground. Human Development, 45, p. 392-415, 2002.
LEWICKI, Roy; SAUNDERS, David; Barry, Bruce. Negotiation. Boston: McGrawHill, 2006.
MAYER, Bernard. The dynamics of conflict resolution. San Francisco: Jossey-Bass, 2000.
MEKSENAS, Paulo. Alegoria do duelo e os conflitos escolares. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 30, n. 106, p. 111-129, jan./abr. 2009.
MORGADO, José. Qualidade na educação. Um desafio para os professores.
Lisboa: Editorial Presença, 2004.
NEVES, Tiago; MALAFAIA, Carla. Gestão de conflitos: uma experiência, um guia. Colab. Agostinho Rodrigues Silvestre, Ana Luísa Castelo. Porto: Legis Editora, 2012.
PAECHTER, Carrie. Meninos e meninas: Aprendendo sobre masculinidades e feminidades. Porto Alegre: Artmed, 2009.
PONTE, Cristina. Crianças em notícia: A construção da infância pelo discurso jornalístico 1970-2000. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2005.
RENOLD, Emma. Presumed innocence: (hetero) sexual, heterosexist and homophobic harassment among Primary School girls and boys. Childhood, 9 (4), p. 415-434, 2002.
RIZZO, Thomas; CORSARO, William. Toward a better understanding of Vygotsky's process of internalization: Its role in the development of the concept of friendship. Developmental Review, 8(3), p. 219–237, 1988.
SARAMAGO, Sílvia Sara Sousa. As Identidades da infância: Núcleos e processos de onstrução das identidades infantis. Sociologia – Problemas e Práticas, n.16, p. 151-171, 1994.
SARMENTO, Manuel Jacinto; CERISARA, Ana Beatriz. Crianças e miúdos: Perspectivas sociopedagógicas da infância e educação. Porto: Edições ASA, 2004.
SINGER, Elly; DOORNENBAL, Jeannette. Learning morality in peer conflict: A study of schoolchildren’s narratives about being betrayed by a friend. Childhood, vol. 13, n. 2, p. 225–245, 2006.
SPOSITO, Marília Pontes. Percepções sobre jovens nas políticas públicas de redução da violência em meio escolar. Pro-Posições, vol. 13, n. 3 (39), p. 71-83, set./dez. 2002.
THOMPSON, David; ARORA, Tiny; SHARP, Sonia. Bullying: effective strategies for long-term improvement. Londres: Routledge/Falmer, 2002.
THORNE, Barrie. Gender play: Girls and boys in School. New Brunswick, New Jersey, and London: Rutgers University Press, 1993.
THORNE, Barrie; LURIA, Zella. Sexuality and gender in children's daily worlds. Social Problems, vol 33(3), p. 176–190, fev. 1986.
VIENNE, Philippe. Comprendre les violences à l’école. Bruxelles: Éditions De Boeck Université, 2008.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Categorías
Licencia
Derechos de autor 2023 Educación

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
Declaramos o artigo _______________________________ a ser submetido para avaliação o periódico Educação (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).
_______________________________________________________
Nome completo do primeiro autor
CPF ________________

