Jung, Hillman e a educação: por outras lógicas na formação docente
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644448055Palavras-chave:
Formação estética docente, Arquétipo da criança, Função sentimentoResumo
Como profissão relacional, a docência convoca à ampliação do olhar e da escuta para suspeitar dimensões além das fronteiras demarcadas pela unilateralidade da função pensamento. Que formação poderia contribuir para abrir passagens nessas fronteiras? Este artigo tematiza a formação docente, baseando-se em dados de duas pesquisas que, desenvolvidas com autorias e tempos distintos, privilegiaram o encontro com professoras em exercício e/ou em formação inicial, mediado pelas linguagens artístico-expressivas, propondo e discutindo perspectivas de formação estética. Um fio que atravessa as duas pesquisas é o conceito junguiano de arquétipo da criança e, com ele, o núcleo da discussão proposta para o artigo é tecido, visando apresentar as contribuições de Carl Gustav Jung e James Hillman para a educação e, sobremaneira, para a formação docente. Acolher a teoria dos arquétipos, visibilizar a criança simbólica que habita o indivíduo e destacar a função sentimento, conteúdos presentes na teoria dos referidos autores, possibilitou refletir e perspectivar sobre a necessária (res)significação da jornada de formação e reafirmar: é preciso abrir espaço a outras lógicas, de modo a aproximar consciente e inconsciente, cultivar e agregar outras forças que influenciam a ação humana, integrar pensamento e sensibilidade, poesia e saber científico.
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