Infância, passagens para um flâneur aprendiz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644432833

Palavras-chave:

Infância, Flâneur, Cultura da criança.

Resumo

Este estudo de natureza teórica tem por objetivo analisar as imagens bejaminianas do flâneur e da infância, aproximando-as, para refletir sobre a ideia de um flâneur aprendiz como uma figura que conserva viva em sua percepção do mundo uma sensibilidade que recusa o discurso linear, o que o leva para o caminho indireto na relação com os objetos cognoscíveis. Desses desvios emerge a aura das coisas, da qual pode-se ter a experiência possível com o moderno; a sensibilidade da criança como equivalente à de um flâneur; e uma compreensão sobre a cultura da criança, sendo constituída, em parte, dos restos da história, à margem da cultura adulta, em outra, pelos desvios originado pela ação da criança em seu protagonismo. O protagonismo da criança e o modo desviante como ela se aproxima das coisas do mundo a dotam das mesmas habilidades do flâneur, segundo as possibilidades da criança, os que nos leva a ideia do flâneur aprendiz. Em termos de método, o limiar formado pela aproximação e jogo de imagens entre essas duas figuras têm o potencial de ampliar a compreensão e a importância tanto da imagem do flâneur como da noção de infância na obra de Walter Benjamin.

Biografia do Autor

Eduardo Oliveira Sanches, Universidade Estadual de Maringá - UEM -Maringá, PR


Possui Licenciatura em Educação Física (2003) e em Pedagogia (2012); Especialização em Educação Pela Arte pela Universidade Estadual de Maringá (UEM - 2006); Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM 2007); Doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCT/UNESP/Presidente Prudente - 2017), na linha de pesquisa desenvolvimento humano, diferença e valores, com período sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS 2015-2016) - Paris, França. Tem experiência de ensino na área de Educação Física, com ênfase em Educação Infantil, séries iniciais da Ensino Fundamental; no Ensino Superior, no curso de Pedagogia; na pós-graduação, em nível lato sensu, nas áreas de Educação Infantil, Educação Especial e Atendimento Educacional Especializado. Na pesquisa atua nos seguintes temas: Lúdico; Infância; Cultura(s) Infantil(s); Sociologia da Infância; Indústria Cultural; Metodologias de Ensino e Formação de Professores; Atendimento Educacional Especializado: Teconologia Assistiva. No âmbito da pesquisa/extensão, tem experiência no trabalho com crianças e adolescentes com obesidade (DEF/UEM 2000), crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, (Projeto PROPAE - DTP/UEM 2011-2013) e com jovens em situação de vulnerabilidade social (Projeto PHENIX - DPI/UEM 2007-2009). Atua principalmente com formação inicial e formação continuada de professores.

Divino José da Silva, FCT/UNESP - Presidente Prudente - SP -

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1989), mestrado em Fundamentos da Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1994) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999). Desde de 1998 é professor assistente doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FCT/UNESP/Presidente Prudente). É professor de Filosofia da Educação no Departamento de Educação e no Programa de Pós-Graduação- Mestrado e Doutorado desta mesma Faculdade. Foi Coordenador do Programa de pós-graduação da FCT/UNESP entre junho de 2010 a junho de 2013. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, teoria crítica e educação, ética e educação, vida administrada e formas de controle sobre a vida, tecnociência e educação, cerebralização da educação e biopolítica. Tem abordado estas temáticas à luz dos seguintes autores: Theodor Adorno, Walter Benjamin, Hannah Arendt e Foucault. 

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Publicado

2019-04-04

Como Citar

Sanches, E. O., & Silva, D. J. da. (2019). Infância, passagens para um flâneur aprendiz. Educação, 44, e34/ 1–14. https://doi.org/10.5902/1984644432833

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