Violência contra as mulheres: atuação da enfermeira na atenção primária à saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769235061

Palavras-chave:

Violência Contra a Mulher, Estratégia saúde da família, Enfermagem.

Resumo

Objetivo: conhecer a atuação da enfermeira nas Estratégias Saúde da Família frente à violência contra as mulheres. Método: pesquisa qualitativa, descritiva, realizada em Estratégias Saúde da Família de um município do Rio Grande do Sul, em 2017. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas e aplicação de vinheta com enfermeiras, e os dados analisados à proposta operativa de Minayo. Resultados: o vínculo, o acolhimento e a notificação compulsória constituíram fatores importantes para a atuação junto às mulheres em situação de violência. A falta de abordagem do tema na formação acadêmica e profissional e a desarticulação da rede de atenção foram identificadas como condições que dificultam à atenção. Conclusão: essa investigação aponta para a necessidade de discussões da temática nos espaços acadêmicos e nos serviços e a integração e articulação da rede de atenção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Graciela Dutra Sehnem, Universidade Federal de Santa Maria

Universidade Federal De Santa Maria

Eveline Barbosa Lopes, Universidade Federal do Pampa

Enfermeira.

Cenir Gonçalves Tier, Universidade Federal do Pampa

Docente do curso de enfermagem da Universidade Federal do Pampa

Aline Cammarano Ribeiro, Universidade Federal de Santa Maria

Docente do curso de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

Victória de Quadros Severo Maciel, Universidade Federal de Santa Maria

Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria

Lara Castilhos, Universidade Federal do Pampa

Técnico administrativo em educação do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa

Referências

World Health Organization (WHO). Respect women: preventing violence against women. Geneva: World Health Organization; 2019.

Abrahams N, Devries K, Watts C, Pallitto C, Petzold M, Shamu S, et al. Worldwide prevalence of non-partner sexual violence: a systematic review. Lancet [Internet]. 2014 maio [acesso em 2018 ago 17];383(9929):1648-54. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24529867 doi: 10.1016/S0140-6736(13)62243-6

Lima CA, Deslandes SF. Violência sexual contra mulheres no Brasil: conquistas e desafios do setor saúde na década de 2000. Saúde Soc [Internet]. 2014 [acesso em 2019 ago 17];23(3):787-800. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v23n3/0104-1290-sausoc-23-3-0787.pdf doi: 10.1590/S0104-12902014000300005

Bandeira LM. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação. Soc Estado [Internet]. 2014 maio-ago [acesso em 2019 ago 17];29(2):449-69. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/se/v29n2/08.pdf doi: 10.1590/S0102-69922014000200008

Brasil, Presidência da República, Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (BR). Política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres. Brasília (DF): Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; 2011.

Albuquerque L, Moura MAV, Queiroz ABA, Leite FMC, Silva GF. Isolamento de mulheres em situação de violência pelo parceiro íntimo: uma condição em redes sociais. Esc Anna Nery Rev Enferm [Internet]. 2017 mar [acesso em 2018 out 01];21(1):e20170007. Disponível em: http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=1478 doi: 10.5935/1414-8145.20170007

Gomes NP, Diniz NMF, Reis LA, Erdmann AL. Rede social para o enfrentamento da violência conjugal: representação de mulheres que vivenciam o agravo. Texto & Contexto Enferm [Internet]. 2015 abr-jun [acesso em 2018 out 02];24(2):316-24. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v24n2/pt_0104-0707-tce-24-02-00316.pdf doi: 10.1590/0104-07072015002140012

Vieira LB, Oliveira IE, Tocantins FR, Pina-Roche F. Apoio à mulher que denuncia o vivido da violência a partir de sua rede social. Rev Latinoam Enferm [Internet]. 2015 set-out [acesso em 2018 out 02]; 23(5):865-73. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/129904/000977817.pdf?sequence=1 doi: 10.1590/0104-1169.0457.2625

Arboit J, Padoin SMM, Vieira LB, Paula CC, Costa MC, Cortes LF. Atenção à saúde de mulheres em situação de violência: desarticulação dos profissionais em rede. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2017 [acesso em 2018 out 01];51:e03207. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v51/pt_1980-220X-reeusp-51-e03207.pdf doi: 10.1590/S1980-220X2016013603207

Martins LCA, Silva EB, Dilélio AS, Costa MC, Colomé ICS, Arboit J. Violência de gênero: conhecimento e conduta dos profissionais da estratégia saúde da família. Rev Gaúch Enferm [Internet]. 2018 jul [acesso em 2018 out 01];39:e2017-0030. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v39/1983-1447-rgenf-39-01-e2017-0030.pdf doi: 10.1590/1983-1447.2018.2017-0030

Lima LAA, Oliveira JC, Cavalcante FA, Santos WSV, Silva Júnior FJG, Monteiro CFS. Assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência doméstica. Rev Enferm UFPI [Internet]. 2017 abr-jun [acesso em 2018 out 01];6(2):65-8. Disponível em: http://www.ojs.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/5783 doi: 10.26694/reufpi.v6i2.5783

Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev Pesqui Qual [Internet]. 2017 [acesso em 2019 ago 17];5(7):01-12. Disponível em: https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82/59

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14a ed. São Paulo (SP): Hucitec/ABRASCO; 2014.

Marques SS, Riquinho DL, Santos MC, Vieira LB. Estratégias para identificação e enfrentamento de situação de violência por parceiro íntimo em mulheres gestantes. Rev Gaúch Enferm [Internet]. 2017 maio [acesso em 2018 out 01];37(3):e67593. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v38n3/0102-6933-rgenf-38-3-e67593.pdf doi: 10.1590/1983-1447.2017.03.67593

Albuquerque Netto L, Pereira ER, Tavares JMAB, Ferreira DC, Broca PV. Atuação da enfermagem na conservação da saúde de mulheres em situação de violência. REME Rev Min Enferm [Internet]. 2018 [acesso em 2019 ago 18];22:e-1149. Disponível em: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1292 doi: 10.5935/1415-2762.20180080

Santos ES, Almeida MAPT. Atendimento prestado pelos serviços de saúde à mulher vítima de violência sexual. ID On Line Rev Psicol [Internet]. 2017 maio [acesso em 2018 out 02];11(35):84-100. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/721/1017

Meneghel SN, Lerma BRL. Feminicídios em grupos étnicos e racializados: síntese. Ciênc Saúde Colet [Internet]. 2017 [acesso em 2019 ago 18];22(1):117-22. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n1/1413-8123-csc-22-01-0117.pdf doi: 10.1590/1413-81232017221.19192016

Brasil. Ministério da Saúde. Lei n. 10.778, de 24 de novembro de 2003. Estabelece a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos ou privados. Diário Oficial da União, Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2003 nov 25. Seção 1, p. 11.

Garbin CAS, Dias IA, Rovida TAS, Garbin AJI. Desafios do profissional de saúde na notificação da violência: obrigatoriedade, efetivação e encaminhamento. Ciênc Saúde Colet [Internet]. 2015 [acesso em 2019 ago 18];20(6):1879-90. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v20n6/1413-8123-csc-20-06-1879.pdf doi: 10.1590/1413-81232015206.13442014

Baptista RS, Chaves OBBM, França ISX, Sousa FS, Oliveira MG, Leite CCS. Violência sexual contra mulheres: a prática de enfermeiros. Rev RENE [Internet]. 2015 abr [acesso em 2018 out 01];16(2):210-7. Disponível em: http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/12654/1/2015_art_rsbaptista.pdf doi: 10.15253/2175-6783.2015000200010

Cordeiro KCC, Santos RM, Gomes NP, Melo DS, Mota RS, Couto TM. Formação profissional e notificação da violência contra a mulher. Rev Baiana Enferm [Internet]. 2015 jul-set [acesso em 2019 ago 20];29(3):209-17. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/view/13029/pdf_5 doi: 10.18471/rbe.v29i3.13029

Baragatti DY, Audi CAF, Melo MC. Abordagem sobre a disciplina violência em um curso de graduação em enfermagem. Rev Enferm UFSM [Internet]. 2014 jun [acesso em 2018 out 01];4(2):470-7. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/11265/pdf doi: 10.5902/2179769211265

Holanda ER, Holanda VR, Vasconcelos MS, Souza VP, Galvão MTG. Fatores Associados à violência contra as mulheres na atenção primária de saúde. Rev Bras Promoç Saúde [Internet]. 2018 mar [acesso em 2018 out 01];31(1):1-9. Disponível em: http://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/6580/pdf doi: 10.5020/18061230.2018.6580

Ferraz MIR, Labronici LM. Fragmentos de corporeidades femininas vítimas de violência conjugal: uma aproximação fenomenológica. Texto & Contexto Enferm [Internet]. 2015 jul-set [acesso em 2018 out 01];24(3):842-9. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v24n3/pt_0104-0707-tce-24-03-00842.pdf doi: 10.1590/0104-07072015003030014

Cortes LF, Padoin SMM, Kinalski DDF. Instrumentos para articulação da rede de atenção às mulheres em situação de violência: construção coletiva. Rev Gaúch Enferm [Internet]. 2016 out [acesso em 2018 out 01];37:e2016-0056. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v37nspe/0102-6933-rgenf-1983-14472016esp2016-0056.pdf doi: 10.1590/19831447.2016.esp.2016-0056

Publicado

2019-11-19

Como Citar

Sehnem, G. D., Lopes, E. B., Tier, C. G., Ribeiro, A. C., Maciel, V. de Q. S., & Castilhos, L. (2019). Violência contra as mulheres: atuação da enfermeira na atenção primária à saúde. Revista De Enfermagem Da UFSM, 9, e62. https://doi.org/10.5902/2179769235061

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >> 

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.