Conhecimentos e percepções de enfermeiros(as) e médicos(as) acerca da vinculação da gestante à maternidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769286641

Palavras-chave:

Obstetrícia, Saúde Materno-Infantil, Maternidades., Gravidez, Parto

Resumo

Objetivo: compreender os conhecimentos e percepções de enfermeiros(as) e médicos(as) que atuam na obstetrícia sobre a estratégia de vinculação da gestante à maternidade referência. Método: estudo qualitativo com 17 profissionais de um hospital do Sul do Brasil. Aplicação do questionário ocorreu em 2022 e, após, submetidos à análise temática. Resultados: os participantes percebem a vinculação da gestante à maternidade como um meio que promove redução da ansiedade e do medo relacionado ao processo parturitivo. Mencionam dificuldades na sua efetivação, associados às mudanças recentes na política pública e problemas de acesso à maternidade por questões de vulnerabilidade social. Conclusão: existem implicações na efetivação da vinculação à maternidade relacionadas ao dimensionamento de profissionais, sendo fundamental a realização de ações de forma integrada na rede de atenção à saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Melissa Hartmann, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Enfermeira Obstetra, especialista em Obstetrícia pelo Programa de Residência Uniprofissional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Letícia Becker Vieira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem/ UFSM. Doutora em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ com período de Doutorado Sanduiche na Universidad de Murcia - Espanha. Especialista em Gênero e Sexualidade UERJ. Especialista em Gestão em Enfermagem UNIFESP/SP. Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEUFRGS). Professora Permanente do Programa de Pós Graduação em Enfermagem - PPGEnf/UFRGS. Membro do Grupo de Estudo Saúde da Mulher e do Bebê - GEMBE -EEUFRGS. Tem se dedicado a estudar, principalmente, as seguintes temáticas: saúde das mulheres,violência contra as mulheres, atenção primária à saúde e vulnerabilidade em saúde.

Fernanda Peixoto Cordova, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Serviço de Enfermagem em Atenção Primária à Saúde. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Especialista em Cuidado Pré-Natal pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Cuidado Integral com a Pele no Âmbito da Atenção Básica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Experiência docente em ensino técnico e superior, com disciplinas de saúde materno-infantil, fundamentos de enfermagem, saúde coletiva e metodologia da pesquisa. Experiência assistencial em Unidade de Internação Obstétrica e Unidade Básica de Saúde. Atua como pesquisadora nas linhas de cuidado saúde coletiva e materno-infantil.

Junia Aparecida Laia da Mata, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas- FEnf/Unicamp (2017); Mestre em Ciências, com Ênfase em Educação e Saúde na Infância e Adolescência pela Universidade Federal de São Paulo- Unifesp (2011); Pós-Graduada em Enfermagem Obstétrica (2007); Pós-Graduada em Saúde da Família (2009); Graduada em Enfermagem (2007). Ex-bolsista da Japan International Cooperation Agency, JICA, no aperfeiçoamento "Strengthening Health System for Maternal and Child Health through Public Health Activities", realizado no Japão (2016). Formada no Método GentleBirth, pelo GentleBirth Institute, California, EUA (2017). Atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Materno-infantil da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFRGS. Líder do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Parto Domiciliar Planejado (GIEPDP) - UFRGS. Membro do Grupo de Pesquisas em Saúde da Mulher e do Recém-nascido da FEnf/UNICAMP. Membro do Grupo de Estudos em Promoção da Saúde (GEPS) da UFRGS. Membro da Comissão Permanente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras - ABENFO Nacional. Possui Experiência na Área de Enfermagem Assistencial, Ensino e Pesquisa, com Ênfase em Saúde Materno-infantil, Neurociências e Parto, Educação e Saúde na Infância e Adolescência, Educação Perinatal, Educação Permanente, Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), Metodologias Ativas de Ensino-aprendizagem, Simulação Clínica em Ginecologia e Obstetrícia e Pesquisa Científica em Enfermagem e Saúde.

 

Laura Leismann de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira do Centro Obstétrico do Hospital de Clinicas de Porto Alegre, graduada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Enfermagem Obstétrica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutora em Enfermagem pelo mesmo programa de Pós-graduação. Tem experiência na área assistencial e de docência em Enfermagem obstétrica e neonatal. Pesquisadora nas áreas obstétrica e neonatal. Instrutora Nacional da Estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia (0MMxH) OPAS/OMS.

Fernanda Klein de Menezes, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Bacharel em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Residente em Enfermagem Obstétrica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Referências

Costa JBO, Alcântra MR, Santos DV, Souza DC. Para uma vinda bem-vinda: a visita à maternidade como uma prática humanizada no Sistema Único de Saúde (SUS). In: Alves GSB, Oliveira E. Tópicos em Ciências da Saúde. Belo Horizonte: Poisson; 2021. Vol. 22; p. 15-8. doi: 10.36229/978-65-5866-061-3.CAP.02.

Medeiros SNO, Caetano AA, Santos DS, Lima LNF, Alves JPC, Fonseca SCT, et al. Acolher: Visita guiada de gestantes à maternidade da região do bico do papagaio. Rev Extensão [Internet]. 2023 set 04 [acesso em 2023 set 20];7(3):61-6. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/extensao/article/view/8763.

DATASUS. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do do Brasil [Internet]. 2023 [acesso em 2024 ago 24]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinasc/cnv/nvuf.def.

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 11.634, de 27 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o direito da gestante ao conhecimento e a vinculação à maternidade onde receberá assistência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Presidência da República, 2007. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11634.htm. Acesso em: 20 set. 2023.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2022 [acesso em 2022 set 01]. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/manual-de-gestacao-de-alto-risco-ms-2022/.

Moraes LMV, Simões VMF, Carvalho CA, Batista RFL, Britto e Alves MTSS, Thomaz EBAF, et al. Factors associated with the involuntary pilgrimage for childbirth care in São Luís (Maranhão State) and Ribeirão Preto (São Paulo State), Brazil: a contribution from the BRISA cohort. Cad Saúde Pública. 2018;34(11):e00151217. doi: 10.1590/0102-311X00151217.

Souza VRS, Marziale MHP, Silva GTR, Nascimento PL. Tradução e validação para a língua portuguesa e avaliação do guia COREQ. Acta Paul Enferm. 2021;34:eAPE02631. doi: 10.37689/acta-ape/2021AO02631.

Ribeiro J, Souza FN, Lobão C. Editorial: saturação da Análise na investigação qualitativa: quando parar de recolher dados? Rev Pesqui Qual [Internet]. 2018 [acesso em 2023 set 20];6(10):iii-vii. Disponível em: https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/213.

Minayo MCS. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciênc Saúde Colet. 2012;17(3):621-6. doi: 10.1590/S1413-81232012000300007.

Rosa LS, Mackedanz LF. A análise temática como metodologia na pesquisa qualitativa em educação em ciências. Rev Atos Pesqui Educ. 2021;16:e8574. doi: 10.7867/1809-0354202116e8574.

Livramento DVP, Backes MTS, Damiani PR, Castillo LDR, Backes DS, Simão AMS. Perceptions of pregnant women about prenatal care in primary health care. Rev Gaúcha Enferm. 2019;40:e20180211. doi: 10.1590/1983-1447.2019.20180211.

Tomasi E, Fernandes PAA, Fischer T, Siqueira FCV, Silveira DS, Thumé T, et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad Saúde Pública. 2017;33(3):e00195815. doi: 10.1590/0102-311X00195815.

Marques BL, Tomasi YT, Saraiva SS, Boing AF, Geremia DS. Orientações às gestantes no pré-natal: a importância do cuidado compartilhado na atenção primária em saúde. Esc Anna Nery. 2021;25(1):e20200098. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2020-0098.

Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme Filha MM, Costa JV, et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública. 2014;30:S85-100. doi: 10.1590/0102-311X00126013.

Soa AC, Moreno MCC, González IM. Teoría de los sistemas de enfermería en la prevención del bajo peso al nacer, roles y funciones de enfermería en atención primaria de salud. Int J Med Surg Sci. 2021;8(1):1-10. doi: 10.32457/ijmss.v8i1.631.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.351, de 5 de outubro de 2011. Altera a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede Cegonha. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2351_05_10_2011.html. Acesso em: 20 set. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 904, de 29 de maio de 2013. Estabelece diretrizes para implantação e habilitação de Centro de Parto Normal (CPN), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), para o atendimento à mulher e ao recém-nascido no momento do parto e do nascimento, em conformidade com o Componente PARTO E NASCIMENTO da Rede Cegonha, e dispõe sobre os respectivos incentivos financeiros de investimento, custeio e custeio mensal. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013.

[Internet]. 2021[Cited 2022 set 01]; 20. doi: 10.4025/ciencuidsaude.v20i0.58622

Leal MC, Esteves-Pereira AP, Viellas EF, Domingues RMSM, Gama SGN. Assistência pré-natal na rede pública do Brasil. Rev Saúde Pública. 2020;54:8. doi: 10.11606/s1518-8787.2020054001458.

Amorim TS, Backes MTS, Carvalho KM, Santos EKA, Dorosz PAE, Backes DS. Gestão do cuidado de Enfermagem para a qualidade da assistência pré-natal na Atenção Primária à Saúde. Esc Anna Nery. 2022;26. doi: 10.1590/2177-9465-EAN-2021-0300.

Amorim TS, Backes MTS, Santos EKA, Cunha KS, Collaço VS. Obstetric/neonatal care: expansion of nurses’ clinical practice in Primary Care. Acta Paul Enferm. 2019;32(4):358-64. doi: 10.1590/1982-0194201900050.

Sanfelice CFO, Mata JAL, Baraldi NG. Planned home birth and the COVID-19 pandemic: a necessary reflection. Online Braz J Nurs. 2022;21(Suppl 2). doi: 10.17665/1676-4285.20226556.

Joaquim RHVT, Dittz ES, Leão A, Madalena CM, Costa PR, Azevedo L, et al. Maternidade em tempos de pandemia de Covid-19: o que nos revelam as mães atendidas em um hospital de referência. Interface (Botucatu). 2022;26:e210785. doi: 10.1590/interface.210785.

Publicado

2024-10-10

Como Citar

Hartmann, M., Vieira, L. B., Cordova, F. P., Mata, J. A. L. da, Oliveira, L. L. de, & Menezes, F. K. de. (2024). Conhecimentos e percepções de enfermeiros(as) e médicos(as) acerca da vinculação da gestante à maternidade . Revista De Enfermagem Da UFSM, 14, e24. https://doi.org/10.5902/2179769286641

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)