Poder, expertise acadêmica, barbárie: o Projeto Manhattan e o sentido da educação
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065785448Parole chiave:
Projeto Manhattan, Formação acadêmica, Barbárie, RazãoAbstract
O que a experiência do Projeto Manhattan (1942-1946), a bilionária mobilização norte-americana para o desenvolvimento de armas nucleares, dá a pensar sobre o sentido da educação? O que um projeto de pesquisa e desenvolvimento circunscrito na razão-domínio tem a revelar da relação entre poder, saber acadêmico e barbárie? Este texto problematiza a relação entre a racionalidade instrumentalizada e a educação no mundo moderno e, para tal, discute a expertise científica e acadêmica na composição do Projeto Manhattan. Destaca as ruínas da razão-domínio com o modelo da escolarização atrelada aos parâmetros operacionais e propõe a hipótese da indissociabilidade entre a formação acadêmica e a incumbência em consolidar a reflexão crítica em cada atividade. Conclui com a defesa de que eventos como Hiroshima e Nagasaki intensificam o compromisso da educação em disputar as perspectivas do processo civilizatório em contraposição à barbárie.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ADORNO, Theodor. Educação após Auschwitz. In: Educação e Emancipação. Tradução Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
ARENDT, Hannah. O que é política. Tradução: Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2018.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. In: Ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução: Sérgio P. Rouanet. 8 ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.
BOTTER, Bárbara. A pedagogia antes da pedagogia. In: OLIVEIRA, Paulo Eduardo de (Org.). Filosofia e Educação: aproximações e convêrgencias. Curitiba: Circulo de Estudos Bandeirantes, 2012, p. 19-31.
CHAUI, Marilena. Conformismo e resistência. Belo Horizonte: Autêntica; Fundação Perseu Abramo, 2014a.
CHAUI, Marilena. Contra a universidade operacional. A greve de 2014. Adusp, 2014b. Disponível em: https://www.adusp.org.br/files/database/2014/tex_chaui.pdf. Acesso em: 13 mar. 2023.
CHAUI, Marilena. Em defesa da educação pública, gratuita e democrática. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
HADOT, Pierre. Exercícios espirituais e filosofia antiga. Tradução: Flavio F. Loque e Loraine Oliveira. São Paulo: E Realizações, 2014.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução: Márcia Sá Cavalcante Schuback. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
OKUNO, Emico. As bombas atômicas podem dizimar a humanidade - Hiroshima e Nagasaki, há 70 anos. Estudos Avançados. São Paulo, SP, v. 29, n.84, p. 209-218, 2015. ISSN: 1806-9592. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/9s86bRNRXrHyRTj8xzx4pZh/?lang=pt Acesso em: 7 fev. 2023. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-40142015000200014.
OKUNO, Emico. Radiação: efeitos, riscos, benefícios. São Paulo: Oficina de Textos, 2018.
ROSA, Guimarães. Grande sertão: veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
SANTOS, Milton. O Professor como Intelectual na Sociedade Contemporânea. In: Anais [do] IX Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino – ENDIPE: olhando a qualidade do ensino a partir da sala de aula. Águas de Lindóia, São Paulo, 1999.
STEINER, George. Aqueles que queimam livros. Tradução: Pedro Fonseca. Belo Horizonte: Âyiné, 2017.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. A cultura do remorso (I). In: Novas comédias da vida pública: a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997.
WEIL, Simone. O Enraizamento. Tradução: Maria Leonor Loureiro. São Paulo: EDUSC, 2001.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2024 Revista Digital de Ensino de Filosofia - REFilo
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Condividi allo stesso modo 4.0 Internazionale.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.