Museus e linguagem: uma análise semiótica das interações entre museus e cidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148511729

Palavras-chave:

Semiótica, Museu Judaico, Museu da Inocência, Memória, Cidade

Resumo

O artigo propõe uma base metodológica para o estudo dos museus enquantoobjetos semióticos. Após uma introdução de caráter teórico-metodológico, o trabalho propõeuma leitura do Museu Judaico de Berlim como texto que se coloca, em sua arquitetura,em diálogo direto com seu ambiente histórico e topográfico, através de uma linguagemligada à ausência, ao vazio, à dialética do dito e do silenciado. Em um segundo momento,examina a constituição de um museu que constrói a narrativa de seus objetos através daficção, o Museu da Inocência, ilustrando as possibilidades de instituir uma memória coletivados indivíduos dentro da recuperação da memória de Istambul em um momento históricoparticular, o do processo de modernização turco na década de 70. Em ambos os casos, omuseu se apresenta como texto complexo cujas camadas podem ser analisadas.

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Biografia do Autor

Giulia Crippa, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP

Atualmente, é professora associada do Departamento de Bens Culturais da Un diversidade de Bolonha (Itália). Bacharel em Lettere Moderne - Universitá degli Studi di Bologna (1993), Especialista em Arquivologia - Escola do Arquivo de Estado de Parma, 1995), Doutora em História Social - Universidade de São Paulo (1999), Livre Docente em Ciências da Informação - Universidade de São Paulo (2012). Foi Professora Titular da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto, no curso de Ciência da Informação e Documentação (2017-2018).É professora credenciada de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da ECA-USP.

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Publicado

2013-06-23

Como Citar

Crippa, G. (2013). Museus e linguagem: uma análise semiótica das interações entre museus e cidades. Letras, (46), 133–152. https://doi.org/10.5902/2176148511729