O ser, a terra e o céu: um olhar bachelardiano para a imaginação poética no improviso do repente na cantoria de viola
DOI :
https://doi.org/10.5902/2176148528354Mots-clés :
Cantoria de viola, Improviso, Imaginação material, Terra, MetáforasRésumé
De tradição essencialmente oral a cantoria de viola tem no improviso, no repente, a sua maior fertilidade poética. A questão que norteia este trabalho se funda na investigação da sua gênese, isto é, nos sentidos que fundam as metáforas geradoras do repente. Para tal, busca-se analisar, na teoria da imaginação material, proposta por Bachelard – constituída a partir, essencialmente, dos elementos materiais terra, água e ar - as matrizes geradoras da imaginação, responsáveis diretas pela riqueza de imagens que formatam as metáforas no improviso de viola. Em Heidegger busca-se investigar a soberania da linguagem como gestora das ações humanas, via poesia.
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