Sobre as línguas e o falante: Benveniste desde a perspectiva de esforços decoloniais
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148584616Palavras-chave:
Teoria da linguagem de Émile Benveniste, Esforços decoloniais, Universais e particulares linguísticos, Antropologia da enunciação, FalanteResumo
Neste artigo, ensejamos uma leitura de aspectos da teoria da linguagem de Émile Benveniste pela perspectiva dos estudos decoloniais. Inicialmente, apresentamos o recurso de Mignolo (2021) ao aparelho formal da enunciação em sua crítica à epistemologia do ponto zero. Em seguida, apresentamos “A frase nominal” (1950) e “Ser e ter em suas funções linguísticas” (1960). Nesses artigos, interpretamos como esforços decoloniais (Andreotti et al., 2015) o destaque dado por Benveniste à diversidade das línguas, que servem como interrogantes sobre universais e particulares linguísticos, e a condição de falante do linguista, já apontada na antropologia da enunciação de Flores (2015, 2019).
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