Virginia Woolf e o personagem Shakespeare em Orlando

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148575161

Palavras-chave:

Shakespeare, Virginia Woolf, Orlando

Resumo

Shakespeare está presente na escrita de Virginia Woolf nos ensaios críticos, romances, cartas e diários. A crítica woolfiana se debruça sobre as menções ao bardo para comprovar quanto a sua obra foi determinante na formação da escritora em uma infindável ausência-presença. Woolf estabeleceu o diálogo com Shakespeare a fim de atualizar e moldar o seu próprio projeto literário. O objetivo deste artigo é analisar os efeitos dessa presença em Orlando, uma das mais famosas biografias ficcionais modernistas. No romance, Shakespeare está envolto em mistério, como um fantasma invisível, um personagem do qual não se fala, ele é apenas pressentido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nícea Helena de Almeida Nogueira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Ensaísta e Professora Associada da Faculdade de Letras, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Doutora e Mestre em Letras: Teoria da Literatura, pela UNESP/SJRP. Graduada em Letras: Inglês e Literaturas pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Pós-doutora em Memória e Acervos pela Fundação Casa de Rui Barbosa e Pós-doutora em Estudos de Literatura - Literaturas de Língua Inglesa no PPG Letras da UERJ.

Referências

BRIGGS, Julia. Virginia Woolf reads Shakespeare: or, her silence on Master William. In: BRIGGS, Julia. Reading Virginia Woolf. Edinburgh: Edinburgh UP, 2006. p. 8-24.

DE GAY, Jane. Virginia Woolf’s novels and the literary past. Edinburgh: Edinburgh UP, 2006.

DICKSON, Andrew. As you like it. In: DICKSON, Andrew. The Globe guide to Shakespeare. London: 2016. p. 29-42.

ORLANDO. Direção: Sally Potter. Produção: Christopher Sheppard. Intérpretes: Tilda Swinton, Billy Zane, John Wood, Charlotte Valandrey, Heathcote Williams, Quentin Crisp et al. Roteiro: Sally Potter. Reino Unido / Rússia / Itália / França / Holanda: Lenfilm Studio, Mikado Film, Rio, Sigma Film Productions, 1992. (93 min), son., color., 35 mm.

OUTKA, Elizabeth. Viral modernism: the influenza pandemic and interwar literature. New York: Columbia University, 2020.

PINHO, Davi. O fantasma de “Shakespeare” em Virginia Woolf. In: MEDEIROS, Fernanda; LEÃO, Liana de Camargo (orgs.). O que você precisa saber sobre Shakespeare antes que o mundo acabe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2021. p. 507-518.

SAWYER, Robert. Virginia Woolf and the aesthetics of modernist Shakespeare. South Atlantic Review, Atlanta, v. 74, n. 2, p. 1-19, 2009. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/25681364. Acesso em: 12 mar. 2023.

SCHWARTZ, Beth C. Thinking back through our mothers: Virginia Woolf reads Shakespeare. ELH, Baltimore, v. 58, n. 3, p. 721-746, 1991. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2873462. Acesso em: 12 mar. 2023.

SHAKESPEARE, William. Como gostais. Tradução Vladimir Batista. Columbia: Selo do Tradutor, 2022.

TRAUB, Valerie. Gender and sexuality in Shakespeare. In: GRAZIA, Margreta de; WELLS, Stanley. The Cambridge Companion to Shakespeare. Cambridge: CUP, 2001. p. 129-146.

WOOLF, Virginia. A writer’s diary: being extracts from the diary of Virginia Woolf. Edited by Leonard Woolf. London: The Hogarth Press, 1953.

WOOLF, Virginia. Orlando: a biography. Edited by Rachel Bowlby. Oxford: Oxford University, 1992. (Oxford World’s Classics). Kindle.

WOOLF, Virginia. Orlando: uma biografia. Tradução Tomaz Tadeu. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Tradução Bia Nunes de Souza e Glauco Mattoso. São Paulo: Tordesilhas, 2014.

Downloads

Publicado

2024-03-22

Como Citar

Nogueira, N. H. de A. (2024). Virginia Woolf e o personagem Shakespeare em Orlando. Letras, (67), 149–156. https://doi.org/10.5902/2176148575161