Entre o follow e os likes: governamentalidade e modos de subjetivação do sujeito em sites de redes sociais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148561930

Palavras-chave:

Discurso, Governamentalidade, Subjetividade, Redes sociais

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar como é desempenhado um governo de si e dos outros nos sites de redes sociais (RS), bem como perceber como o sujeito se subjetiva nas RS. Para tanto, nos fundamentou as noções foucaultianas de governamentalidade e subjetividade. De acordo com as nossas análises, entendemos que, as RS desempenham um governo dos outros ao incitar uma busca por popularidade, conduzindo o sujeito a se adequar a um padrão de compartilhamentos. Partindo disso, o sujeito desenvolve práticas de si, passando a ocupar o lugar do vencedor, aquele que possui uma vida bem sucedida e feliz.

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Biografia do Autor

Luan Alves Monteiro Carlos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN

Doutorando em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGEL/UFRN). Mestre em Letras pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte  (PPGL/CAPF/UERN). Graduado em Letras pela  Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (CAP/UERN). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas. Professor temporário do estado do Rio Grande do Norte, na Escola Estadual dr. Edino Jales. Possui estudos na área da literatura brasileira, sobre leitura e sobre ensino de língua portuguesa. Atualmente desenvolve estudos, principalmente, na área da Análise do Discurso de tradição francesa, trabalhando nas seguintes temáticas: produção de subjetividade nas mídias digitais, vício em internet, fake news. Membro do Grupo de Estudos do Discurso (GRED), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e do Grupo de Estudos Discurso com Foucault (Dis.com.fou), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

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Publicado

2022-08-19

Como Citar

Carlos, L. A. M. (2022). Entre o follow e os likes: governamentalidade e modos de subjetivação do sujeito em sites de redes sociais. Letras, (62), 114–128. https://doi.org/10.5902/2176148561930