Feiras livres: (re)apropriação do território na/da cidade, neste período técnico-científico-informacional

Autores/as

  • José Erimar dos Santos UFRN

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499410771

Resumen

Objetiva-se refletir sobre feira livre, enfocando sua importância na cidade, que se apresenta cada vez mais competitiva e fragmentada, do ponto de vista da (re)apropriação do território. Entendido aqui como um suporte essencial, no que diz respeito à manutenção e busca das estratégias de reprodução das relações socioespaciais, o território, para os feirantes, é analisado mediante a existência e manutenção das atividades feiras livres, como é o caso da Feira da Pedra, em São Bento (PB), recorte espacial empírico deste trabalho. Sendo locais apropriados coletivamente, as feiras livres significam o lócus em que é fato as distintas territorialidades que implicam também na (re)produção do espaço urbano, inseridas no circuito inferior da economia urbana, das cidades onde ocorrem.

 

Palavras-chave: Território; Feiras livres; Feirantes; Cidade; Feira da Pedra.

 

DOI: 10.5902/2236499410771

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Biografía del autor/a

José Erimar dos Santos, UFRN

Doutorando do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, Brasil e bolsista CAPES

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Publicado

2013-09-17

Cómo citar

Santos, J. E. dos. (2013). Feiras livres: (re)apropriação do território na/da cidade, neste período técnico-científico-informacional. Geografia Ensino & Pesquisa, 17(2), 39–56. https://doi.org/10.5902/2236499410771

Número

Sección

Produção do Espaço e Dinâmica Regional