Os meios e as condições de vida dos agricultores familiares produtores de tabaco – um estudo no município de Laranjeiras do Sul/PR
DOI:
https://doi.org/10.5902/2318179610801Palavras-chave:
Agricultura familiar, condições de vida, desenvolvimento rural, diversificação, meios de vida.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/2318179610801
Este estudo, ao trazer uma proposta teórico-metodológica, objetiva compreender como vivem os agricultores familiares produtores de tabaco no município de Laranjeiras do Sul/PR. Desta forma, a proposta desenvolvida consistiu no levantamento do Índice de Meios de Vida (IMV) e o Índice de Condições de Vida (ICV) tendo em vista a implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), um tratado internacional do qual o Brasil é país signatário e facilitador. Sendo assim, conhecer a maneira como os agricultores sobrevivem no meio rural, torna-se importante, sobretudo para orientar ações ou políticas de diversificação que contribuam para o desenvolvimento rural. A proposta metodológica está baseada na abordagem das capacitações de Amartya Sen e na perspectiva dos meios de vida de Frank Ellis. A hipótese que embasou esta pesquisa considera que as condições de vida dos agricultores familiares produtores de tabaco são influenciadas pela diversificação de seus meios de vida. Para chegar aos resultados da pesquisa, foram aplicados dois questionários a quarenta famílias produtoras de tabaco no município. O primeiro buscou levantar os meios de vida das famílias, o que estas possuem para sobreviverem. O segundo questionário procurou levantar as condições de vida destas famílias, objetivando captar as percepções das mesmas acerca destas condições. Além disso, foi criada uma tipologia quanto ao grau de diversificação dos meios de vida. Desta forma, foi possível observar e analisar as condições de vida das famílias diversificadas, especializadas e pouco diversificadas do referido município. Com relação aos resultados, pode-se dizer que a hipótese foi confirmada, sendo que as famílias diversificadas possuem melhores meios e condições de vida em relação às demais. Enquanto que o IMV médio ficou em 0,655, as famílias diversificadas apresentaram IMV de 0,660, seguidas das pouco diversificadas (0,654) e das especializadas (0,646) Já o ICV médio alcançou 0,738. Neste caso, as famílias diversificadas e pouco diversificadas demonstraram ICV de 0,742 e as especializadas 0,734.