Aspectos da identidade de surdos no âmbito da formação superior
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X24342Palabras clave:
Identidade surda, Perspectiva ética, aquisição de língua de sinais.Resumen
Refletiu-se sobre as identidades de indivíduos surdos em uma perspectiva ética. A pergunta “Quem eu sou?” relaciona-se com reflexões sobre a vida boa, sendo necessário o processo de tomada de consciência de si e a constituição da função simbólica para definição identitária. A comunicação é aspecto central neste estudo considerando-se que a maioria dos surdos sofre o atraso na aquisição da língua e a exclusão nos processos educacionais. Participaram 16 pessoas surdas que se matricularam em instituições de educação superior. Aplicou-se o método clínico piagetiano, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas em língua de sinais, com enfoque nos relatos sobre a aquisição da língua de sinais e a presença de pessoas surdas na família ou em seus relacionamentos afetivos. Os principais dados indicam que sete participantes adquiriram a língua de sinais entre os 19 e 21 anos de idade. A principal categoria de identidade surda foi a de transição. Os auxiliares na aquisição da língua foram principalmente os ‘amigos surdos’ e as ‘pessoas da comunidade surda’. A partir da constituição das identidades surdas, foi possível constatar que a experiência subjetiva de expansão de si foi propiciada no contato com a comunidade surda e sua língua de sinais. Propostas de estudos sobre a constituição da identidade surda em relação com suas projeções de si no futuro podem ser realizadas, contribuindo com a ampliação do estudo sobre a perspectiva ética. No âmbito educacional, recomenda-se que as escolas bilíngues sejam espaço privilegiado de interações linguísticas e desenvolvimento do potencial comunicativo de crianças surdas.Descargas
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