Compreendendo a educação inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X64627Palavras-chave:
epistemologia da educação inclusiva, posições políticas, imaginação educacional e investigativa.Resumo
A educação especial nada compartilha com a natureza analítica e metodológica da educação inclusiva. Embora sejam termos que podem ser construídos mutuamente, essa modalidade singular de relacionamento impõe uma cadeia de heranças que aprisionam e subjugam o surgimento da verdadeira face e voz do inclusivo. A educação inclusiva se apresenta como uma noção imprecisa, vaga e elástica, seus contornos são flexíveis e sua extensão aborda uma infinidade de elementos - uma constelação heurística singular - até então desconhecida. O objetivo do trabalho é analisar que a frase 'educação inclusiva' não demonstra consenso e clareza sobre sua natureza, função e abrangência, especificamente, quando assumimos a problematização de seu campo de tarefas desvinculado da educação especial depara-se com um duplo analítico: explicita um problema de definição e especificidade fraco e desconhecido de singularidade e, por outro lado, reconhece um discurso transversal a múltiplos campos e projetos políticos e acadêmicos com determinados propósitos éticos que facilitam certas relações com campos distantes em sua atividade cognitiva. Tal situação não deve ser confundida com a presença de um campo muito amplo e elástico, que sofre de excesso de significado. O método utilizado é a revisão documental crítica. O trabalho conclui observando que a educação inclusiva se torna um dispositivo para a reformulação do campo para se distanciar do imaginário educacional neoliberal.Downloads
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