Os padrões de comunicação da surdocegueira nos contextos familiar e educacional
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X30185Palavras-chave:
Educação Especial, Padrões de comunicação, Surdocegueira.Resumo
A surdocegueira, deficiência de caráter único que não significa junção de duas deficiências, caracteriza-se de forma muito subjetiva, uma vez que cada surdocego desenvolve formas e maneiras de se comunicar. A família e a escola possuem um papel importantíssimo para o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e emocional do sujeito surdocego, sendo os primeiros meios sociais e de ensino da criança. Frente a essas questões, este trabalho teve por objetivo compreender os padrões de comunicação de duas jovens surdocegas no contexto familiar e escolar, analisando a possibilidade de desenvolvimento de uma linguagem simbólica no processo de interação com esses ambientes. A amostra foi constituída por duas jovens surdocegas, suas genitoras e suas professoras/guias intérpretes. Foram coletados seus discursos e analisados segundo a Teoria de Análise de Conteúdo de Bardin. A análise apresentou quatro categorias: padrões de comunicação na família, padrões de comunicação na escola, linguagem concreta e linguagem abstrata. Com essas análises, podem-se entender melhor as peculiaridades desses atores na interação da comunicação, o desenvolvimento da linguagem simbólica dos sujeitos surdocegos e a sua relação com as diferentes maneiras de se comunicar com esses sujeitos.
Downloads
Referências
AMARAL, I. Comunicação em cooperação. In: SERPA, X. Ensino a criança surdocega. São Paulo: Grupo Brasil, p. 24-35, 2006.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70 – Brasil, 2011.
BOSCO, I. C.; MESQUITA, S. R.; MAIA, S. R. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Surdocegueira e deficiência Multipla. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial e Universidade do Ceará. 2010. Disponível em: <https://central3.to.gov.br/arquivo/299632/>. Acesso em: 30 out. 2017.
CADER-NASCIMENTO, F. A. A. A. Implementação e avaliação empírica de programas com duas crianças surdocegas, suas famílias e a professora. 2003. 250 f. Tese (Doutorado em Educação Especial) - Universidade de São Carlos, São Paulo. 2003. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2845>. Acesso em: 30 out. 2017.
CADER-NASCIMENTO, F. A. A. A.; COSTA, M. P. R. Descobrindo a surdocegueira: educação e comunicação. São Carlos: Edufscar. 2007.
DIAS, M. O. Um olhar sobre a família na perspectiva sistêmica: o processo de comunicação no sistema familiar. Gestão e Desenvolvimento, v. 19, p. 139-156, 2011. Disponível em: <http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/9176/1/gestaodesenvolvimento19_139.pdf>. Acesso em: 30 out. 2017.
FARIAS, S. S. P.; MAIA, S. R. O surdocego e o paradigma da inclusão. Inclusão, revista brasileira de educação especial. v. 4, p. 26-29. 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rev4web.pdf>. Acesso em: 30 out. 2017.
GARCIA, A. Surdocegueira: empírica e científica. São Luis: Gonzaga, 2008.
GASPAR, T. e al. Surdocegueira: Crianças e jovens surdocegos em Portugal. Psicologia da Criança e do Adolescente, v. 6, n. 1 , p. 35-41, 2015. Disponível em: <http://revistas.ls.ulusiada.pt/index.php/rpca/article/view/1968>. Acesso em: 30 out. 2017.
GOLDFELD, M. A criança surda: Linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. São Paulo: Plexos, 1997.
MASINI, E. F. S. et al. Concepções de professores do ensino superior sobre surdocegueira: estudo exploratório com quatro docentes. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 88, n. 220, p. 556-573. 2007. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/739/715>. Acesso em: 30 out. 2017.
MONTEIRO, M. A. A surdez-cegueira. Revista Benjamin Constant, v. 3, p. 12-20. 1996. Disponível em: <http://www.ibc.gov.br/revistas/198-edicao-03-maio-de-1996>. Acesso em: 30 out. 2017.
REBELO, A. O desenvolvimento cognitivo e a tomada de decisão das pessoas surdocegas. Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente, v. 5, n. 1, p. 211-221, 2014. Disponível em: <http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/rpca/article/view/1134>. Acesso em: 30 out. 2017.
SILVA, A. M. Histórico da Educação do surdocego no Brasil. In: GRUPO BRASIL &
ABRASC. Projeto Pontes e Travessias Formação continuada: Guia intérprete Empírico, São Paulo, p. 15-19, 2007.
VALADÃO, M. N. et al. Língua de sinais: visualizando a recepção da linguagem por meio da ressonância magnética funcional. Revista de Estudos da Linguagem, v. 21, n. 2, p. 129-150. 2013. Disponível em: <http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/5105>. Acesso em: 30 out. 2017.
VIGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
VIGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
VILLAS BOAS, D. C. et al. A comunicação de pessoas com surdocegueira e a atuação fonoaudiológica. Distúrbios da Comunicação, v. 24, n. 3, p. 407-414. 2012. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/13157>. Acesso em: 30 out. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista Educação Especial
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).