Modelagem da densidade ótima de estradas florestais para diferentes cenários com base no volume médio individual de árvores e nas combinações veiculares de carga
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509890743Palavras-chave:
Logística florestal, Combinação veicular de carga, Operações florestais, Malha viária florestal, Custos operacionaisResumo
Os processos logísticos florestais representam mais de 50% dos custos de produção, o que reforça a necessidade de otimizar essas etapas. O planejamento da rede viária deve seguir princípios de otimização, especialmente por meio da utilização de modelos de Densidade Ótima de Estradas. No entanto, esses modelos raramente consideram a capacidade de carga dos veículos e o Volume Médio Individual das Árvores. Este estudo teve como objetivo determinar a densidade ótima de estradas florestais em diferentes cenários que combinam o volume médio individual das árvores e as configurações veiculares de carga. A pesquisa foi conduzida no município de Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, Brasil. A Densidade Ótima de Estradas foi determinada por meio da minimização da soma dos custos operacionais, custos de colheita florestal, custos de construção e manutenção de estradas, e da perda de área produtiva. A análise considerou cenários com volumes médios individuais de 0,15; 0,20 e 0,25 m³.árvore⁻¹, associados às configurações veiculares bitrem, tritrem e hexatrem. Os custos operacionais foram estimados com base na colheita florestal mecanizada, enquanto os custos das estradas foram calculados somando-se os valores de implantação e manutenção do pavimento. Já os custos relacionados à perda de área produtiva foram derivados do valor da terra ocupada pelas estradas e da receita estimada com o uso efetivo da área. A variação da Densidade Ótima de Estradas entre os cenários avaliados foi de 19,57 a 27,61 m·ha⁻¹, correspondendo ao menor volume médio (0,15 m³.árvore⁻¹, com hexatrem) e ao maior volume médio (0,25 m³.árvore⁻¹, com bitrem). No cenário de 0,15 m³.árvore⁻¹, as densidades ótimas foram de 25,57 e 23,68 m·ha⁻¹ para bitrem e tritrem, respectivamente. Para o cenário de 0,20 m³.árvore⁻¹, os valores foram de 26,16; 24,46 e 20,45 m·ha⁻¹ para bitrem, tritrem e hexatrem, respectivamente. Por fim, no cenário de 0,25 m³.árvore⁻¹, as densidades ótimas foram de 26,91 e 22,06 m·ha⁻¹ para tritrem e hexatrem, respectivamente. Concluímos que a densidade ótima de estradas varia conforme o volume médio individual das árvores e a capacidade de carga dos veículos, sendo que menores volume médio individual das árvores combinados com veículos de maior capacidade resultaram em menores valores de densidade ótima de estradas.
Downloads
Referências
ÁLVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. DOI: 10.1127/0941-2948/2013/0507. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507
BEAUDOIN, D.; FRAYRET, J. M.; LEBEL, L. Hierarchical Forest management with anticipation: an application to tactical-operational planning integration. Canadian Journal of Forest Research, v. 38, n. 8, p. 2198-2211, 2008. DOI: 10.1139/X08-055. DOI: https://doi.org/10.1139/X08-055
FAO. Logging and log transport in tropical high forest. Rome: FAO, 1974. 148 p. Available at: https://www.fao.org/3/d9853e/d9853e.pdf.
FARIA, F. N. D. et al. Forest Road density in flat and sloping site conditions in Brazil. International Journal of Forest Engineering, v. 1, n. 1, p. 1-9, 2022. DOI: 10.1080/14942119.2022.2127242. DOI: https://doi.org/10.1080/14942119.2022.2127242
FIEDLER, N. C. et al. Economic and operational analysis of mechanized forest implementation. Revista Árvore, v. 44, 2020. DOI: 10.1590/1806-908820200000022. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-908820200000022
GUERRA, F. et al. Opportunity to integrate machine management data, soil, terrain and climatic variables to estimate tree harvester and forwarder performance. Annals of Forest Research, 2024. Available at: https://doi.org/10.15287/afr.2024.3338. Accessed in: 4 abr. 2025. DOI: https://doi.org/10.15287/afr.2024.3338
GHAFFARIAN, M. R.; STAMPFER, K.; SESSIONS, J. Comparison of three methods to determine optimal road spacing for forwarder-type logging operations. Journal of Forest Science, v. 55, n. 9, p. 423-431, 2009. DOI: 10.17221/79/2008-JFS. DOI: https://doi.org/10.17221/79/2008-JFS
BRASIL. Resolução nº 211, de 13 de novembro de 2006. Brasília: DF, 2006. Available at: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes. Accessed in: 5 nov. 2022.
KERAMATI, A. et al. Impact of forest road maintenance policies on log transportation cost, routing, and carbon-emission trade-offs: Oregon case study. Journal of Transportation Engineering, Part A: Systems, v. 146, n. 5, 04020028, 2020. DOI: 10.1061/JTEPBS.0000335. DOI: https://doi.org/10.1061/JTEPBS.0000335
LACERDA, L. C. et al. Prediction of Mechanical Availability in Mechanized Eucalyptus Forest Harvesting Using Artificial Neural Networks. Journal of Agricultural Science, v. 14, n. 3, 2022. DOI: 10.5539/jas.v14n3p157. DOI: https://doi.org/10.5539/jas.v14n3p157
LOTFALIAN, M. Density of forest roads network for ground skidding in middle forests of Iran North. World Applied Sciences Journal, v. 7, n. 7, p. 917-922, 2009.
PARAJULI, M. et al. Factors influencing productivity and cost in the whole-tree harvesting system. Clemson (SC): Clemson Cooperative Extension, Land-Grant Press by Clemson Extension, 2020. LGP 1079. Available atv: http://lgpress.clemson.edu/publication/factors-influencing-productivity-and-cost-in-the-whole-tree-harvesting-system. Accessed in: 4 abr. 2025.
PITZ, N. O. et al. Performance of a whole tree mechanised timber harvesting system when clear-felling a 32-year-old Pinus taeda L. stand. New Zealand Journal of Forestry Science, v. 51, n. 1, 2021. DOI: 10.33494/nzjfs512021x96x. DOI: https://doi.org/10.33494/nzjfs512021x96x
RAMALHO, A. H. C. et al. Fuzzy logic applied in the prospecting of suitable areas for the establishment of commercial forest plantations. Canadian Journal of Forest Research, v. 52, n. 7, p. 1042-1059, 2022. DOI: 10.1139/cjfr-2022-0070. DOI: https://doi.org/10.1139/cjfr-2022-0070
REZAEI, M.; SHAFIZADE, F.; REZAEI, M. A. Determination of correction coefficient of average skidding distance according to the existing road network in Alikia Soltan forest of Iran. Journal of Forest Science, v. 59, n. 12, p. 475-478, 2013. DOI: 10.17221/87/2012-JFS. DOI: https://doi.org/10.17221/87/2012-JFS
SIMÕES, D. et al. Optimal Forest Road Density as Decision-Making Factor in Wood Extraction. Forests, v. 13, n. 10, 1703, 2022. DOI: 10.3390/f13101703. DOI: https://doi.org/10.3390/f13101703
SOUZA, F. L. et al. Optimum and acceptable forest road density in pine harvesting for cut-to-length and full tree systems. Scientia Forestalis, v. 46, n. 118, p. 189-198, 2018. DOI: 10.18671/scifor.v46n118.05. DOI: https://doi.org/10.18671/scifor.v46n118.05
SOUZA, F. et al. Growth characteristics, density basic and chemical composition of wood Eucalyptus spp in the region of Ribas Do Rio Pardo. Revista Brazilian Journal of Biosystems Engineering, v. 11, n. 4, p. 350-359, 2017. DOI: 10.18011/bioeng2017v11n4p350-359. DOI: https://doi.org/10.18011/bioeng2017v11n4p350-359
VARGAS, D. A. et al. Comparison of forwarder productivity and optimal road density in thinning and clearcutting of pine plantation in Southern Brazil. Croatian Journal of Forest Engineering, v. 43, n. 1, p. 65-77, 2022. DOI: 10.5552/crojfe.2022.1147. DOI: https://doi.org/10.5552/crojfe.2022.1147
ZAGONEL, R.; CORRÊA, C. M. C.; MALINOVSKI, J. R. Optimal Forest Road density in plane relief in Pinus taeda forests in catarinense plateaus. Scientia Forestalis, v. 36, n. 77, p. 33-41, 2008. Available at: http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br:80/handle/123456789/16847. Accessed in: 4 abr. 2025.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ciência Florestal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.


