Aspectos iniciais da fenologia reprodutiva de plantas de <i>Monteverdia ilicifolia</i> (Mart. ex. Reissek) Biral cultivadas com bioestimulantes
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509868893Palavras-chave:
Índice de atividade, Espinheira-santa, Vermicomposto, TrichodermaResumo
O objetivo do estudo foi avaliar a fenologia reprodutiva em um plantio de Monteverdia ilicifolia, cujas mudas foram produzidas com Trichoderma e vermicomposto, visando identificar o momento em que ocorre a mudança para a fase adulta reprodutiva da espécie e possíveis efeitos dos bioestimulantes no desenvolvimento reprodutivo das plantas. A semeadura foi realizada em tubetes de 180 cm³ de volume em casa de vegetação em novembro de 2015. Para o ensaio com Trichoderma spp., foram testadas três cepas não-comerciais (cepas T1 e T2: Trichoderma asperelloides; T10: Trichoderma virens) inoculadas em substrato comercial e um tratamento sem Trichoderma (controle), constituindo quatro tratamentos com cinco repetições cada, totalizando 20 plantas. Para o ensaio com vermicomposto, foram testadas diferentes proporções de vermicomposto e solo não-estéril. Os percentuais de vermicomposto avaliados foram: 0; 20; 40; 50; 60 e 80% em relação ao solo não-estéril (tratamentos T0, T20, T40, T50, T60 e T80), sendo testadas dez repetições por tratamento, totalizando 60 plantas. O transplante das mudas para o campo ocorreu aos 330 dias, em espaçamento 4,0 m x 3,5 m, constituindo dois ensaios, os quais foram avaliados individualmente. A fenologia reprodutiva de M. ilicifolia foi avaliada em 2018, 2019 e 2020, pelo método presença/ausência de floração e frutificação, quantificados pelo índice de atividade (IA), que exprime o percentual de indivíduos que manifestaram os eventos em cada amostragem. As análises foram realizadas de forma direta e mensalmente, entre os meses de agosto a dezembro de cada ano. A primeira fenologia reprodutiva da espécie ocorreu 22 meses após o plantio. O índice de atividade de floração foi mais intenso que o índice de atividade de frutificação no decorrer dos três períodos reprodutivos analisados, mas ainda são incipientes para inferir sobre a ação dos bioestimulantes, tendo em vista a presença de dois tipos florais com características que podem ter influenciado nos resultados encontrados. Por isso, é necessário avaliar a tipologia floral de cada indivíduo cultivado para compreender melhor a dinâmica reprodutiva da espécie na área de estudo e confirmar possíveis efeitos dos bioestimulantes.
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