Insumos biológicos na promoção do crescimento de mudas de <i>Bauhinia forficata</i> Link.
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509833322Palavras-chave:
Trichoderma, Vermicomposto, Espécies medicinais, Pata-de-vaca, FabaceaeResumo
O cultivo de plantas medicinais exige cuidado na aplicação de agroquímicos a fim de evitar a alteração da composição de seus princípios ativos. Os insumos biológicos são mais recomendáveis para esse propósito. Foi testado o efeito de Trichoderma spp. e vermicomposto em mudas de Bauhinia forficata Link., uma das espécies florestais mais exploradas para fins medicinais, a partir de dois ensaios instalados em delineamento inteiramente casualizado com 40 repetições, em casa de vegetação. Testamos duas estirpes de Trichoderma asperelloides (T1 e T2) e duas estirpes de Trichoderma harzianum (T13 e T33) inoculadas em substrato e um tratamento controle (substrato sem inoculação). O ensaio com vermicomposto testou as proporções de 0, 20, 40, 50, 60 e 80 % de vermicomposto (T1, T2, T3, T4, T5 e T6 respectivamente). As variáveis altura, diâmetro do coleto, teor de clorofila e número de folhas foram avaliadas aos 45, 90 e 135 dias após a semeadura. Analisamos também a sobrevivência, área foliar, biomassa seca total, da parte aérea e raízes e Índice de Qualidade de Dickson das mudas aos 135 dias após a semeadura. A área foliar foi submetida ao teste de Tukey (α = 0,05). Outras variáveis não apresentaram normalidade e homogeneidade de variâncias e foram comparadas por Kruskal-Wallis (α = 0,05). Os insumos biológicos influenciaram positivamente no crescimento inicial de Bauhinia forficata. A altura, o diâmetro do coleto, a área foliar e a biomassa seca (total, aérea e radicular) foram superiores em relação aos tratamentos controle, para ambos os ensaios. Dentre as estirpes de Trichoderma spp., T13 apresentou melhores resultados para o crescimento das mudas em relação à T33. Mudas produzidas com proporções maiores de vermicomposto (50, 60 e 80 %) apresentaram desenvolvimento estatisticamente superior em altura e diâmetro do coleto, a partir dos 90 dias após semeadura, quando comparado ao tratamento controle. No entanto, não houve um padrão claro de diferenças entre as outras doses testadas, exigindo mais testes de dosagem. Trichoderma spp. e vermicomposto mostraram-se promissores para produção de Bauhinia forficata para fins medicinais.
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