Sustentabilidade em sistemas agroflorestais: indicadores econômicos.
DOI:
https://doi.org/10.5902/19805098402Palavras-chave:
Desenvolvimento sustentável, indicadores de sustentabilidade, indicadores socioeconômicos, sistemas agroflorestais.Resumo
É ampla a discussão que envolve a importância do enquadramento das atividades de produção em geral, ao conceito de desenvolvimento sustentável. Dentre as atividades agropecuárias, os sistemas agroflorestais (SAF) têm sido considerados como sustentáveis, apresentando-se como alternativas aos sistemas intensivos de produção. Para monitorar a sustentabilidade de atividades agropecuárias em geral, incluindo os SAF, diferentes autores enfatizam os indicadores biofísicos, em detrimento dos socioeconômicos. Com o objetivo de definir um rol de indicadores socioeconômicos adaptáveis aos diversos modelos de SAF, desenvolveu-se um estudo consolidado por recomendações de especialistas e ampla revisão de literatura. Concluiu-se que: as categorias relacionadas com a operação dos sistemas comportaram o maior número de indicadores no componente socioeconômico, com maior concentração nas operações endógenas ao sistema, seguidas, de longe, pelos recursos endógenos e exógenos; o maior número de indicadores, sugeridos na categoria operação do sistema, deu-se nos descritores saúde e nutrição, empregos, habitação e saneamento básico e análise econômica; na categoria operação de sistemas exógenos, determinou-se maior número de indicadores para os descritores comercialização e infra-estrutura rural; praticamente, não houve diferença entre o número de indicadores obtidos para os sistemas agroflorestais com e sem o componente animal.
Downloads
Referências
ALTIERI, M.A. Agroecology: the scientific basis of alternative agriculture. Boulder: Westview Press, 1987. 285p.
ALTIERI, M.A. Por que estudiar la agricultura tradicional? Agroecología y Desarrollo, Santiago, v.1, n.1, p.16-24, 1991.
ANDERSON, L.S.; SINCLAIR, F.L. Ecological interactions in agroforestry systems. Forestry Abstracts, Wallingford, v.54, n.6, p.489-523, 1993.
AVILA, M. Sustainability and agroforestry. In: HUXLEY, P.A. (Ed). Viewpoints and issues on agroforestry and sustainability. Nairobi, Kenya: ICRAF, 1989. 9 p. (irregularmente paginado)
BARTUSKA, T.J.; KAZIMEE, B.A.; OWEN, M.S. Defining sustainability. In: Community sustainability: a comprehensive urban regenerative process/a proposal for Pullman Washington, USA. Washington: School of Architecture/Washington State University, 1998. n.p.
BELLIA, V. Introdução à economia do meio ambiente. Brasília: IBAMA, 1996. 262p.
BERTOLLO, P. Assessing ecosystem health in governed landscapes: a framework for developing core indicators. Ecosystem Health, v.4, n.1, p.33-51, 1998.
BRKLACICH, M.; BRYANT, C.R.; SMIT, B. Review and appraisal of concept of sustainable food production systems. Environmental Management, v.15, n.1, p.1-14, 1991.
CAMINO R. de; MÜLLER, S. Sostenibilidad de la agricultura y los recursos naturales: bases para establecer indicadores. San José: Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura/Projeto IICA/GTZ, 1993. 134p. (Serie Documentos de Programas/IICA, 38)
CAMINO R. de; MÜLLER, S. Esquema para la definición de indicadores. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.10, p.62-67, 1996.
CAVENESS, F.A.; KURTZ, W.B. Agroforestry adoption and risk perception by farmers in Sénégal. Agroforestry Systems, Dordrecht, v.21, p.11-25, 1993.
COUTO, L. O estado da arte de sistemas agroflorestais no Brasil. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão. Anais... Campos do Jordão: SBS/SBEF, 1990. p.94-98.
CURRENT, D.; LUTZ, E.; SCHERR, S. Costs, benefits, and farmer adoption of agroforestry: Lessons from Project Expensive in Central America and Caribbean. Washington: World Bank, 1996. 4p. (Environment Department-World Bank. Dissemination Notes, 33).
DANIEL, O.; COUTO, L.; SILVA, E. et al. Sustentabilidade em sistemas agroflorestais: indicadores biofísicos. Revista Árvore, Viçosa, v.23, n.4, p.381-392, 1999a.
DANIEL, O; COUTO, L.; GARCIA, R. et al. Proposta para padronização da terminologia empregada em sistemas agroflorestais no Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v.23, n.3, p.367-370, 1999b.
DOUGLAS, G. K. When is agriculture "sustainable"?. In: EDENS, T.; FRIDGEN, C.; BATTENFIELD, S. (Eds). Sustainable agriculture and integrated farming systems. East Lansing: Michigan State University Press, 1985. p.10-21.
DOVERS, S. R.; HANDMER, J.W. Contradictions in sustainability. Environmental Conservation, Switzerland, v.20, n.3, p.217-222, 1993.
ESTRADA, R. Economic and institutional analysis of agroforestry projects in Honduras. In: CURRENT, D.; LUTZ, E.; SCHERR, S. (Eds.). Costs, benefits, and farmer adoption of agroforestry: project experience in Central America and the Caribbean. Washington: World Bank, 1995. p.114-131. (World Bank Environment Paper Number 14).
FAETH, P. Análisis económico de la sustentabilidad agrícola. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.7, p.32-41, 1994.
IWLA - Izaak Walton League of America. Coming to terms with sustainability. Gaithersburg: IWLA, 1997. 24 p.
KAIMOWITZ, D. El avance de la agricultura sostenible en América Latina. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.10, p.2-9, 1996.
LINARES, C.A.; SELIGMAN, D.A. Urban environmental indicators: Quito case study. Washington: World Resources Institute, 1992. 56p.
LIVERMAN, D.M.; HANSON, M.E.; BROWN, B.J. et al. Global sustainability: toward measurement. Environmental Management, v.12, n.3, p.133-143, 1988.
MacDICKEN, K.G.; VERGARA, N.T. Agroforestry: classification and management. New York: John Wiley & Sons, 1990. 382p.
MOORE, J.A.; JOHNSON, J.M. Transportation, land use and sustainability: what is "sustainability"?. Tampa: Center for Urban Transportation Research, 1994. 3p.
MURGUEITO R., E. Sistemas sostenibles de produccion agropecuaria para campesinos. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.2/3, p.35-42, 1992.
PASCHOAL, A.D. Modelos sustentáveis de agricultura. Agricultura Sustentável, Jaguariúna, v.2, n.1, p.11-16, 1995.
REDCLIFT, M. Desarrollo sostenible: ampliación del alcance del debate. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.10, p.48-61, 1996.
REICHE C., C. Economic and institutional analysis of agroforestry projects in El Salvador. In: CURRENT, D.; LUTZ, E.; SCHERR, S. (Eds.). Costs, benefits, and farmer adoption of agroforestry: project experience in Central America and the Caribbean. Washington: World Bank, 1995. p.81-95. (World Bank Environment Paper Number 14).
SAP - Southern African Perspectives. Sustainable development and environmental assessment. Splash, Lenexa, v.13, n.1, p.10-16,19-20, 1997.
SENANAYAKE, R. Sustainable agriculture: definitions and parameters for measurement. Journal of Sustainable Agriculture, Binghamton, v.1, n.4, p.7-28, 1991.
SHIKI, S. Sustentabilidade do sistema agroalimentar nos cerrados: em busca de uma abordagem includente. Agricultura Sustentável, Jaguariúna, v.2, n.1, p.17-30, 1995.
TORQUEBIAU, E. Sustainability indicators in agroforestry. In: HUXLEY, P.A. (Ed). Viewpoints and issues on agroforestry and sustainability. Nairobi, Kenya: ICRAF, 1989. 14 p. (irregularmente paginado)
URREA, O.S. Economic and institutional analysis of agroforestry projects in Guatemala. In: CURRENT, D.; LUTZ, E.; SCHERR, S. (Eds.). Costs, benefits, and farmer adoption of agroforestry: project experience in Central America and the Caribbean. Washington: World Bank, 1995. p.96-113. (World Bank Environment Paper Number 14).
WCED - World Commission on Environment and Development. Our common future. Oxford: Oxford University Press, 1987. 400p.
WEBER, F.R. Preliminary indicators for monitoring changes in the natural resource base. Washington: USAID, 1990. 34p. (AID Program Design Evaluation Methodology Report, Series, 14)
YURJEVIC, A. El desarrollo sustentable: una mirada actualizada. Agroecología y Desarrollo, Santiago, n.10, p.10-17, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.