MICROPROPAGAÇÃO DE <i>Aspidosperma polyneuron</i>. Müll. Arg. A PARTIR DE PLÂNTULAS GERMINADAS IN VITRO
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509827688Palavras-chave:
forestry species, juvenile explant, multiplication, rootingResumo
Foi desenvolvido um método eficiente de regeneração de plantas para Aspidosperma polyneuron a partir de culturas nodais de plântulas. Sementes maduras foram desinfestadas e os embriões germinaram em meio de cultura Woody Plant Medium (WPM). Segmentos nodais do epicótilo e hipocótilo retirados de plântulas de três semanas crescendo in vitro foram cultivados em meio WPM, suplementado com 6-benziladenina (BA) (2,5; 5,0 e 10 mM), isolado ou combinado com ácido indol-3-butírico (AIB) ou ácido a-naftalenoacético (ANA) (0,5 mM) durante o cultivo inicial e três subcultivos. Para indução de raízes, inicialmente, foram testados tratamentos-pulso de AIB (2,5; 5,0 ou 10 mM) por 15 minutos, seguidos de transferência para meio WPM, sem regulador de crescimento por cinco semanas. Plantas regeneradas foram transplantadas para bandejas contendo solo e substrato Plantmax® (3:1) e depois transferidas para sacos plásticos para aclimatização em casa de vegetação. Os explantes do hipocótilo apresentaram resultados superiores de regeneração de brotações e enraizamento, quando comparados com os do epicótilo. Os maiores números de brotações por explante (7-8) foram obtidos em meios de cultura, suplementados com 10 mM de BA, no terceiro subcultivo. A adição de 0,5 mM de AIB ou ANA combinada com BA não influenciou a regeneração de brotações. O tratamento-pulso de AIB (5-10 mM) por 15 minutos induziu 60% de enraizamento. As plantas regeneradas foram aclimatizadas e bem estabelecidas em casa de vegetação com 90% de sobrevivência, após três meses. Baseado nos resultados desse estudo, a micropropagação de Aspidosperma polyneuron a partir de plântulas cultivadas in vitro é viável e pode ser uma boa opção para conservação e propagação dessa espécie importante que está em extinção.Downloads
Referências
ARAGÃO, A. K. O.; ALOUFA, M. A. I.; COSTA, I. A. O efeito do BAP (6-benzilaminopurina) sobre indução de brotos em explantes de pau-brasil. Cerne, Lavras, v. 17, n. 3, p. 339-345, 2011.
AUER, C. A. et al. Comparison of benzyl adenine metabolism in two Petunia hybrida lines differing in shoot organogenesis. Plant Physiology, Washington, v. 5, n. 3, p. 1035-1041, 1992.
BOUZA, L. et al. The differential effect of N6-benzyl-adenine and N6-(2-isopentenyl)-adenine on in vitro propagation of Paeonia suffruticosa Andr. is correlated with different hormone contents. Plant Cell Reports, New York, v. 12, n. 10, p. 593-596, 1993.
BRUNE, A.; MELCHIOR, G. H. Ecological and genetical factors affecting exploitation and conservation of forests in Brazil and Venezuela. In: BURLEY, J.; STYLES, B. T. Tropical trees: variation, breeding and conservation. New York: Academic, 1976. p. 203-215.
CAMPOS, V. C. A. et al. Micropropagação de umburana de cheiro. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 4, p. 639-644, 2013.
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: Embrapa-CNPF, 1994.
DECLERCK, V.; KORBAN, S. S. Effects of source macronutrients and plant growth regulator concentrations on shoot proliferation of Cornus florida. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, New York, v. 38, n. 1, p. 57-60, 1994.
FERMINO JÚNIOR, P. C. P.; RAPOSO, A.; SCHERWINSKI-PEREIRA, J. E. Enraizamento ex vitro e aclimatização de plantas micropropagadas de Tectona grandis. Floresta, Curitiba, v. 41, n. 1, p. 79-86, 2011.
FEYISSA, T.; WELANDER, M.; NEGASH, L. Micropropagation of Hagenia abyssinica: a multipurpose tree. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, New York, v. 80, p. 119-127, 2005.
GROSSNICKLES, S. C.; CYR, D.; POLONENKO, D. R. Somatic embryogenesis tissue culture for the propagation of conifer seedlings: a technology comes of age. Tree Planters’ Notes, Oregon, v. 47, n. 2, p. 48-57, 1996.
HARTMANN, H. T. et al. Plant propagation principles and practices, 7. ed. New Jersey: Prentice-Hall, 2002.
HATSCHBACH, G. G.; ZILLER, S. R. Lista vermelha de plantas ameaçadas de extinção no Estado de Paraná. Curitiba: SEMA, 1995.
LETHAM, D. S.; PALMI, L. M. S. The biosynthesis and metabolism of cytokinins. Annual Review of Plant Physiology, California, v. 34, p. 163-197, 1983.
LLOYD, G.; MCCOWN, B. Commercially feasible micropropagationof mountain laurel, Kalmia latifolia by use of shoot-tip culture. Combined Proceedings International Plant Propagators' Society, New York, v. 30, p. 421-427, 1980.
MONGOMAKÉ, K. et al. In vitro plantlets regeneration in Bambara groundnut Vigna subterranean (L.) Verdc. (Fabaceae) through direct shoot bud differentiation on hypocotyls and epicotyls cuttings. African Journal of Biotechnology, Quênia, v. 8, n. 8, p. 1466-1473, 2009.
NUNES, E. C. et al. In vitro culture of Cedrela fissilis Vellozo (Meliaceae). Plant Cell, Tissue and Organ Culture, New York, v. 70, n. 3, p. 259-268, 2002.
OLIVEIRA, L. F. et al. Propagation from axillary buds and anatomical study of adventitious roots of Pinus taeda L. African Journal of Biotechnology, Quênia, v. 12, n. 35, p. 5413-5422, 2013.
PATTNAIK, S. K.; SAHOO, Y.; CHAND, P. K. Micropropagation of a fruit tree, Morus australis Poir. syn. M. acidosa Griff. Plant Cell Reports, New York, v. 15, n. 11, p. 841-845, 1996.
PELEGRINI, L. L. et al. Micropropagation of Ocotea porosa (Nees & Martius) Barroso. African Journal of Biotechnology, Quênia, v. 10, n. 9, p. 1527-1533, 2011.
PEREZ, C.; POSTIGO, P. Micropropagation of Betula celtiberica. Annals of Botany, Oxford, v. 64, n.1, p. 67-69, 1989.
PEREZ-PARRON, M. A.; GONZALEZ-BENITO, M. E.; PEREZ, C. Micropropagation of Fraxinus angustifolia from mature and juvenile plant material. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, New York, v. 37, n. 3, p. 297-302, 1994.
PUROHIT, S. D.; DAVE, A. Micropropagation of Sterculia urens Roxb.- an endangered tree species. Plant Cell Reports, New York, v. 15, n. 9, p. 704-706, 1996.
RAJESWARI, V.; PALIWAL, K. In vitro adventitious shoot organogenesis and plant regeneration from seedling explants of Albizia odoratissima L. f. (Benth.). In Vitro Cellular & Developmental Biology, New York, v. 44, n. 2, p. 78-83, 2008.
RIBAS, L. L. F. et al. Estabelecimento de culturas assépticas de Aspidosperma polyneuron. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 12, n. 1, p. 115-122, 2003.
RIBAS, L. L. F. Micropropagação de Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa) a partir de segmentos nodais de mudas juvenis. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 29, n. 4, p. 517-524, 2005.
SANCHEZ, M. C. et al. Improving micropropagation conditions for adult-phase shoots of chestnut. Journal of Horticultural Sciences, Bangalore, v. 72, n. 3, p. 4 33-443, 1997.
SOUZA, L. A.; MOSCHETTA, I. S. Morfo-anatomia do fruto e da plântula de Aspidosperma polyneuron M. Arg. (Apocynaceae). Revista Brasileira de Biologia, São Carlos, v. 52, n. 3, p. 439-447, 1992.
TANG, D.; ISHII, K.; OHBA, K. In vitro regeneration of Alnus cremastogyne Burk from epicotyl explants. Plant Cell Reports, New York, v. 15, n. 9, p. 558-661, 1996.
TAMTA, S. et al. In vitro propagation of brown oak (Quercus semecarpifolia Sm.) from seedling explants. In Vitro Cellular & Developmental Biology, New York, v. 44, n. 2, p. 136-141, 2008.
TAVARES, A. C.; PIMENTA, M. C.; GONÇALVES, M. T. Micropropagation of Melissa officinalis L. through proliferation of axillary shoots. Plant Cell Reports, New York, v. 15, n. 6, p. 441-444, 1996.
THORPE, T. A.; HARRY, I. S.; KUMAR, P. P. Application of micropropagation to forestry. In: DEBERGH, P. C.; ZIMMERMAN, R. H. Micropropagation: technology and application. [s. l.]: Kluwer Academic, 1991. p. 331-336.
TRINDADE, H. et al. The role of cytokinin in rapid multiplication of shoots of Eucalyptus globulus grown in vitro. Australian Forestry, Australia, v. 53, n. 4, p. 221-223, 1990.
WALIA, N.; SINHA, S.; BABBAR, S. B. Micropropagation of Crataeva nurvala. Biologia Plantarum, New York, v. 46, n. 2, p. 181-185, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.