Existe dormência física em sementes de <i>Psidium cattleianum</i> Sabine?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509855257

Palabras clave:

Araçá, Azul de metileno, Curva de embebição, Maturação

Resumen

Objetivou-se com o trabalho avaliar a presença de dormência física em sementes de Psidium cattleianum (araçá), obtidas de frutos de diferentes estádios de maturação. Os frutos foram coletados em 15 plantas matrizes no município de Lages-SC e classificados, de acordo com a tabela de cores de Munsell, em vermelho amarelado (5YR5/7), vermelho (10R5/6) e vermelho escuro (10R3/6). Após o beneficiamento, com auxílio de peneira e água corrente, as sementes dos frutos das três colorações foram avaliadas quanto: teor de água, massa seca, primeira contagem de germinação, germinação, plântulas anormais, sementes mortas, primeira contagem de emergência, emergência, dias para iniciar a emergência, índice de velocidade de emergência, curva de embebição em água e embebição em azul de metileno. Os teores de água estavam em 22,02; 23,53 e 23,08% para as sementes das colorações 1, 2 e 3, respectivamente. Não houve diferença significativa entre as sementes dos frutos das três colorações para todas as variáveis analisadas, exceto para o índice de velocidade de emergência, em que sementes de frutos da coloração 2 demonstraram-se mais vigorosas em relação às sementes das demais colorações. O processo de embebição em água foi caracterizado por uma curva trifásica, com início da protrusão radicular em 275, 323, 323 horas, para sementes de frutos de colorações 1, 2 e 3, respectivamente. Observou-se entrada do azul de metileno nas sementes já no primeiro dia, com absorção completa em 371 h (16 dias). Com base nos resultados obtidos, verifica-se que as sementes das três colorações do fruto já estavam na maturidade fisiológica, com resultados semelhantes em relação à massa seca. Conclui-se que sementes maduras de Psidium cattleianum Sabine não possuem dormência física, independente da coloração dos frutos estudados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Betel Cavalcante Lopes, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheira Florestal, Ma., Pesquisadora, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, Brasil.

Alexandra Cristina Sá, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheira Florestal, Ma., Pesquisadora, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, Brasil.

Bruno Jan Corrêa, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Biólogo, Me., Pesquisador, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, Brasil.

Vanessa Giseli Dambros, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheira Florestal, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC, Brasil.

Luciana Magda de Oliveira, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheira Florestal, Dra., Professora associada da Universidade do Estado de Santa Catarina/Centro de Ciências Agroveterinárias (UDESC/CAV). Av. Luiz de Camões, 2090, Bairro Conta Dinheiro, CEP: 88520-000, Lages, SC, Brasil.

Citas

AVILA, A. et al. MATURAÇÃO FISIOLÓGICA E COLETA DE SEMENTES DE Eugenia uniflora L. (pitanga), Santa Maria, RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 19, n. 1, p. 61-68, jan.-mar., 2009. Disponível em: https://doi.org/10.5902/19805098420. Acesso em 10 de jul de 2020.

BARBIERO, Z. N. et al. Tratamentos pré-germinativos em sementes de araçá. XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro de iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba, out. 2017, São Paulo. Anais…, São Paulo: UNIVAP, 2017. Acesso em: 21 de jan. 2019.

BASKIN, C.C.; BASKIN, J.M. A classification system for seed dormancy. Seed Science Research, 14: 1-16. 2004.

BEWLEY, J.D. et al. Seeds: Physiology of development, germination, and dormancy. 3a ed. New York, Springer. 407 p. 2013.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: SNAD/CLAV, 2009. 365 p.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instruções para análise de sementes de espécies florestais. Brasília, 2013.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Impactos sobre a Biodiversidade. Acesso em: 18 mai. 2020.

BRANDÃO, M.; LACA-BUENDÍA, J. P.; MACEDO, J. F. Árvores nativas e exóticas do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: EPAMIG, 2002. 528 p.

CARDOSO, V. J. M. Conceito e classificação da dormência em sementes. Oecologia Brasiliensis, v. 13, n. 4, p. 619-631, 2009.

CASTRO, M.R. et al. “Essential oil of Psidium cattleianum leaves: antioxidant and antifungal activity”. Pharmaceutical Biology, v.53, n.2, p.242-250. 2015.

CLIMATE-DATA. CLIMA LAGES - SC. Acesso em: 03 de fev. 2020.

DE LIMA, E. et al. Superação de dormência em sementes de araçá vermelho (Psidium cattleianum Sabine). Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 7, n. 2, 27 fev. 2020. Data de acesso: 07 jul. 2020.

DIAS, R. Classificação fisiológica, composição química e mobilização de reservas de sementes de Psidium cattleianum– Lages. 70 p.: il.; 21 cm, 2015.

FARIAS, J.F. et al. Maturação e determinação do ponto de colheita de frutos de envira–caju. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 3, p. 730-736, 2011.

FERREIRA, D. SISVAR: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Revista brasileira de biometria, [S.l.], v. 37, n. 4, p. 529-535, dec. 2019. ISSN 1983-0823. Acesso 10 feb. 2020.

FETTER, M. R. et al. Propriedades funcionais de araçá-amarelo, araçá-vermelho (Psidium cattleyanum Sabine) e araçá-pera (P. acutangulum D.C.) cultivados em Pelotas/RS. Brazilian Journal of Technology, III SSA, novembro 2010.

FRANZON, C.; SILVA, J. C. S. Psidium spp (Araçá). Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), Edición 2018.

GOMES, J. et al. Caracterização morfológica de plântulas durante a germinação de sementes de Psidium catteianum e Acca sellowiana (MYRTACEAE). Revista Ciência Florestal, Santa Maria, v. 25, n. 4, p. 1035-1041, out.-dez., 2015.

GODINHO, S.A.M.; MANTOVANI-ALVARENGA, E.; VIEIRA, F.M. Germinação e qualidade de sementes de adenostemma brasilianum (pers.) cass., asteraceae nativa de sub-bosque de floresta atlântica. Revista Árvore, Viçosa-MG, v. 35, n. 6, p.1197-1205, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-67622011000700006. Acesso em 03 de nov de 2021.

IOSSI, E. et al. Maturação fisiológica de sementes de Phoenix roebelenii O’Brien. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 29, n. 1, p. 147-154, jan./jun. 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Série: Manuais técnicos em geociências n.1, 2ª ed., Rio de Janeiro – RJ: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2012. 271p.

JUSTO, C. et al. Composição Química, Curva de Embebição e Efeito da Temperatura sobre a Germinação de Sementes de Eugenia pyriformis Camb. (Myrtaceae). Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 510-512, jul. 2007.

LISBÔA, N.; KINUPP, Y F.; BARROS, B. I. Psidium cattleianum - Araçá. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Sul. Brasília: MMA, 2011. p. 934.

MAGALHÃES, C.R.; OLIVEIRA, T.M.T. Testa structure in Erythrina speciose (Leguminosae): the role of the mucilaginous stratum in the acquisition of physical dormancy. Acta Botanica Brasilica. v. 34, n. 3, p. 592-598. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-33062020abb0044. Acesso em 16 de nov. de 2021.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p.176-77, 1962.

NACIONAL DE METEOROLOGIA – INMET. INMET: Tempo. Acesso em: 13 de ago. 2020.

NOGUEIRA, et al. Maturação fisiológica e dormência em sementes de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia BENTH.). Bioscience Journal., Uberlândia, v. 29, n. 4, p. 876-883, July/Aug. 2013.

OROZCO-SEGOVIA, A. et al. Seed anatomy and water uptake in relation to seed dormancy in Opuntia tomentosa (Cactaceae, Opuntioideae). Annals of Botany, v. 99, n. 4, p. 581–592, 2007.

RODRIGUES JUNIOR, A.G. et al. A function for the pleurogram in physically dormant seeds, Annals of Botany, V. 123, n. 5, p. 867–876. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1093/aob/mcy222. Acesso em 15 nov de 2021.

SILVA, A. Morfologia, conservação e ecofisiologia da germinação de sementes de Psidium cattleianum Sabine. São Carlos: UFSCar, 2009. 169 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Carlos, 2009.

TOMAZ, Z. F. P.; GALARÇA, S. P.; LIMA, C. S. M. Tratamentos pré-germinativos em sementes de araçazeiro (Psidium cattleyanum Sabine L.). Revista Brasileira de Agrociência, v. 17, n. 1-4, p. 60–65, 2011

ZAMITH, L. R.; SCARANO, F. R. Produção de mudas de espécies das Restingas do município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 161-176, 2004.

Publicado

2022-11-23

Cómo citar

Lopes, B. C., Sá, A. C., Corrêa, B. J., Dambros, V. G., & Oliveira, L. M. de. (2022). Existe dormência física em sementes de <i>Psidium cattleianum</i> Sabine?. Ciência Florestal, 32(4), 1910–1927. https://doi.org/10.5902/1980509855257

Número

Sección

Artigos

Artículos más leídos del mismo autor/a