FITOSSOCIOLOGIA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

Autores

  • Ronan Felipe de Souza
  • Sebastião do Amaral Machado
  • Franklin Galvão
  • Afonso Figueiredo Filho

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509828635

Palavras-chave:

formações vegetais, classificação das parcelas, espécies indicadoras, espécies preferenciais.

Resumo

Fitossociologia da Vegetação Arbórea do Parque Nacional do Iguaçu - O Parque Nacional do Iguaçu está inserido no Bioma Mata Atlântica, sendo considerado o maior Parque extra-amazônico brasileiro. Apesar de sua importância e expressiva área de superfície florestal, poucos são os estudos científicos relacionados à sua vegetação. Com o objetivo de atender esta demanda foi realizado inventário fitossociológico da vegetação arbórea por meio de parcelas instaladas em diferentes condições ambientais, buscando a máxima representatividade ambiental possível. Na classificação da vegetação por meio da TWINSPAN as florestas foram separadas inicialmente em ambientes montanos e submontanos. Uma região de transição entre as florestas estacionais e ombrófilas foi observada no ambiente montano, com altitude acima de 700 m. A Floresta Estacional Montana foi observada em altitudes entre 600 a 700 m e a Floresta Estacional Submontana, imediatamente abaixo, foi separada em duas subformações devido às variações fisionômicas regidas pela geomorfologia e variabilidade hídrica existente. A vegetação arbórea do Parque Nacional do Iguaçu é, de acordo com os resultados encontrados, um remanescente de grande relevância para a preservação das espécies florestais no sul do Brasil, entre as quais, se destacam Aspidosperma polyneuron Müll. Arg., Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Euterpe edulis Mart. e Ilex paraguariensis A. St.-Hil.

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Publicado

31-08-2017

Como Citar

Souza, R. F. de, Machado, S. do A., Galvão, F., & Figueiredo Filho, A. (2017). FITOSSOCIOLOGIA DA VEGETAÇÃO ARBÓREA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU. Ciência Florestal, 27(3), 853–869. https://doi.org/10.5902/1980509828635

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