Concessão florestal na Amazônia brasileira

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DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509821658

Schlagworte:

Floresta Amazônica, Política florestal, Manejo florestal sustentável

Abstract

O manejo florestal é uma boa alternativa à exploração predatória dos recursos florestais. Para aumentar a adoção do manejo florestal e evitar o desmatamento ilegal e a ocupação desordenada das florestas públicas, o Governo instituiu a política de concessão florestal. O estudo teve por objetivo descrever a trajetória da política de concessão florestal no Brasil, abordando seus avanços, bem como os aspectos positivos e negativos da modalidade de gestão de florestas públicas supracitada. O trabalho foi realizado por meio de revisão bibliográfica sobre o manejo florestal, com destaque para as concessões florestais no Brasil. Atualmente, o Brasil possui 6 (seis) FLONAs sob concessão, sendo 4 (quatro) delas no estado do Pará, e 2 (duas) em Rondônia. Até o momento, as concessões florestais não atenderam às expectativas iniciais. Como pontos positivos, pode-se observar a redução da vulnerabilidade das florestas sob concessão e a geração de empregos diretos, beneficiando a população local. A destinação de áreas para a concessão ficou abaixo do planejado pelo governo. No entanto, apesar da lenta implantação, espera-se que haja uma rápida expansão devido às lições adquiridas com os primeiros contratos. Assim, acredita-se que o processo de concessão florestal brasileiro está amadurecendo de forma lenta, mas gradual. As atividades de monitoramento e fiscalização são consideradas elementos frágeis das concessões florestais, sendo necessárias ações que garantam a sustentabilidade das florestas. A redução da exploração ilegal é um desafio para o governo. Assim, caso o mercado seja abarrotado de madeira advinda da exploração ilegal, o esforço realizado para implantar a política de concessão florestal poderá ter sido em vão. Por fim, as concessões florestais são recentes no Brasil, mas estão evoluindo a cada ano, tanto em quantidade de áreas destinadas quanto de produtividade de madeira. Nesse contexto, pesquisas se fazem necessárias para um maior conhecimento dos resultados apresentados pela gestão.

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Maísa Isabela Rodrigues, Universidade de Brasília, Brasília, DF

Engenheira Florestal pela Universidade de Brasília. Mestre em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília. Atualmente, está inserida no programa de pós-graduação em Ciências Florestais, nível Doutorado, na Universidade de Brasília. Trabalhou voluntariamente como monitora de diversas disciplinas e no projeto "Restabelecimento da integridade ecológica e eco-gestão nas bacias São Francisco e Paranoá, DF?, financiado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente. Neste realizou estudos com a germinação e o desenvolvimento inicial de mudas nativas do Bioma Cerrado, contribuindo com informações para a recuperação de áreas degradadas. Atuou também como estagiária da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), desempenhando, principalmente, atividades de inventário florestal.

Álvaro Nogueira de Souza, Universidade de Brasília, Brasília, DF

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1996), Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1999) e Doutor em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (2005). Atualmente é Professor Adjunto III do Curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília onde também exerceu a função de coordenador de curso de graduação. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Economia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: economia florestal, florestas de produção, eucalipto, progresso tecnológico, reforma de eucalipto e análise econômica de projetos, Sistemas Agroflorestais. Mais recentemente iniciou trabalhos na linha de comercialização de produtos florestais não madeireiros e uso sustentável dos recursos naturais, e custos na recuperação de áreas degradadas. Atualmente é Coordenador de Extensão da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília. Para o triênio 2014-2016 foi nomeado um dos membros das Comissões Assessoras de Área para as áreas avaliadas no ENADE 2014, no ciclo avaliativo do Sinaes para Engenharia Florestal.

Maísa Santos Joaquim, Instituto Federal de Brasília, Brasília, DF

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior (2007), Mestrado (2009) e Doutorado (2012) em Ciências Florestais, linha de pesquisa: Economia Florestal, pela Universidade de Brasília. Com trabalho voltado para análise de investimentos em Projetos Agroflorestais. Em 2008 trabalhou na V&S Metais (Votorantim Siderurgia). Em 2008 trabalhou com extensão rural e florestal e em projetos de recuperação de áreas degradadas nos afluentes da Bacia do Rio São Francisco pelo Centro de Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD - UnB). De 2009 a 2013 trabalhou no Serviço Florestal Brasileiro (SFB) exercendo a função de assessora técnica florestal na Coordenação de Gestão de Contratos na Gerência de Concessões Florestais, com políticas públicas, viabilidade econômica dos projetos de concessões e gestão de contratos. De 09/2013 a 03/2014 foi docente na Universidade Federal Rural do Semiárido na Faculdade de Engenharia Florestal, atuando na área de Economia, Planejamento, Legislação e Política Florestal. Atualmente é docente da Universidade de Brasília (UNB) na Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, no Curso de Gestão de Agronegócios. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Economia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: economia florestal, viabilidade econômica utilizando métodos tradicionais e opções reais , eucaliptocultura, equação de rendimento e recursos naturais, políticas públicas e legislação florestal, gestão e planejamento florestal. Atualmente Coordenadora do Curso de Gestão de Agronegócios da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária.

Ilvan Medeiros Lustosa Junior, Instituto Federal de Brasília, Planaltina, DF

Engenheiro florestal egresso da Universidade Federal do Piauí-UFPI. Mestre em Ciências Florestais pela Universidade de Brasília-UnB. Acadêmico do Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais, nível Doutorado, área de concentração Manejo florestal, pela Universidade de Brasília-UnB

Reginaldo Sérgio Pereira, Universidade de Brasília, Brasília, DF

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1999) e doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa (2005). Atualmente é Professor Adjunto IV da Universidade de Brasília (UnB), atuando no Departamento de Engenharia Florestal da Faculdade de Tecnologia. Ministra as disciplinas "Colheita e Transportes Florestais" e "Incêndios Florestais" para a graduação, e as disciplinas "Técnicas de Colheita e Transporte Florestal", "Ergonomia e Segurança do Trabalho Florestal", "Metodologia de Pesquisas Florestais" e "Seminários Avançados em Ciências Florestais" para o Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, no qual é o atual coordenador. É revisor das Revistas Árvore, Floresta, Cerne e Scientia Forestalis. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Exploração Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo, mecanização, colheita, transporte e estradas florestais, e ergonomia florestal. Orienta alunos de graduação (TCC e PIBIC) e de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado). Os projetos de pesquisa envolvem estudos em florestas plantadas, Cerrado e Amazônia.

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Veröffentlicht

2020-12-01

Zitationsvorschlag

Rodrigues, M. I., Souza, Álvaro N. de, Joaquim, M. S., Lustosa Junior, I. M., & Pereira, R. S. (2020). Concessão florestal na Amazônia brasileira. Ciência Florestal, 30(4), 1299–1308. https://doi.org/10.5902/1980509821658

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