Composição florística, diversidade e efeitos edáficos em duas comunidades de savanas rochosas na Amazônia e Cerrado, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509841937

Palavras-chave:

Savanas amazônicas, Inselbergs, Fitogeografia, Transição Cerrado-Floresta Amazônica

Resumo

Apesar da singularidade e extensão da flora de savanas naturais na Amazônia brasileira, e da existência de trabalhos sobre sua origem e diversidade, não há estudos locais que associam padrões florísticos com propriedades do solo em enclaves de cerrado na região amazônica no estado de Mato Grosso. Comparamos a composição florística e a diversidade entre uma comunidade lenhosa de um inselberg de savana rochosa em uma região de transição (STR) entre os dois maiores biomas sul-americanos (Cerrado-Amazônia) e um enclave de savana rochosa na Amazônia (SAR) e investigamos os efeitos das propriedades do solo. Além disso, comparamos as duas comunidades estudadas com outras duas comunidades de savanas rochosas próximos da transição Cerrado-Amazônia. A flora e as propriedades físicas e químicas do solo de vinte e cinco subparcelas de 20 × 20 m (1 ha), em cada comunidade foram amostradas e georreferenciadas. Uma evidente distinção florística foi encontrada entre as duas comunidades estudadas, com baixos valores de similaridade e um número elevado de espécies indicadoras. A riqueza observada e estimada e os perfis de diversidade de Rényi indicaram menor diversidade de espécies na SAR do que na STR. Os solos são litólicos, pouco drenados, distróficos, álicos, extremamente ácidos, arenosos e pobres em nutrientes em ambas as comunidades. A composição e a abundância de espécies foram associadas às propriedades do solo. A clara diferença na composição e diversidade entre STR e SAR parecem ser moldadas pelas propriedades do solo, isolamento geográfico e influências florísticas do Cerrado e Amazônia. Esses resultados ampliam o conhecimento sobre a composição e diversidade de plantas lenhosas de savanas em enclaves da Amazônia e inselbergs do Cerrado e fornecem um importante conjunto de descritores florísticos e edáficos para a fitogeografia de savanas rochosas.

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Biografia do Autor

Marcos José Gomes Pessoa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2011), Especialização em Avaliação de impactos ambientais e recuperação de áreas degradadas pela Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino (2012) e Mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2014). Foi professor substituto da Universidade do Estado de Mato Grosso nas disciplinas de Geologia, Paleontologia e Trabalho de Conclusão de Curso I e II. Trabalhou como professor de Biologia na Escola Presbiteriana de Alta Floresta - EPAF e como professor no Curso Técnico em Meio Ambiente da Escola Técnica Profissionalizante de Alta Floresta - SECITEC. Atualmente cursa doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no programa de Biologia Vegetal. É mediador da disciplina de Botânica I do consórcio CEDERJ pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - (UENF). Tem experiência em Botânica, na área de Anatomia Vegetal com ênfase em Citologia Vegetal, atuando principalmente no seguintes temas: anatomia de órgãos vegetativos, estrutura secretora e ultraestruturais de espécies florestais e savânicas na transição Cerrado -Amazônia. Além disso, tem experiência na área de solos, florística e fitossociologia.

Leonardo Maracahipes-Santos, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Canarana, MT

Graduado em Ciências Biológicas (2012) e mestre em Ecologia e Conservação (2015), ambos pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Nova Xavantina-MT. Atualmente sou candidato a doutor em Ecologia e Conservação pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Nova Xavantina-MT - com período sanduíche no Woods Hole Researcher Center e Brown University, EUA (com bolsa do CNPq) e, também Assistente de Pesquisa no IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - Canarana-MT. Tem experiência na área de Ecologia Vegetal, com ênfase em fenologia de comunidades e população de plantas, diversidade, florística e estrutura da vegetação lenhosa de Cerrado. Tendo como temas mais frequentes em sua produção científica: diversidade, fenologia, rebrota, mortalidade e efeito de fogo em Cerrado. E também tem interesse em avaliar os impactos de mudanças no uso da terra sobre a integridade de florestas de zonas ripárias na Amazônia.

Josias Oliveira dos Santos, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Canarana, MT

Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Gestão Pública (UFMT) e mestrado em Ecologia e Conservação (UNEMAT). 

Bianca de Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova Xavantina, MT

Bióloga, Ma., Universidade do Estado de Mato Grosso, Rua Prof. Dr. Renato Figueiro Varella, Parque Municipal Mário Viana, Caixa Postal 08, CEP 78690-000, Nova Xavantina (MT), Brasil.

Ivone Vieira da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso, Alta Floresta, MT

Tenho graduação em Ciencias Biologicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso (2001), mestrado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e doutorado pela Universidade Estadual Paulista "Júlio De Mesquita Filho". Sou professora adjunto Doutor na área de Botânica, na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Alta Floresta, atuando em pesquisa, ensino e extensão. Tenho experiência na área de Botânica, com ênfase em anatomia ecológica, morfoanatomia vegetal, histoquímica, germinação e desenvolvimento pós seminal. Atualmente sou coordenadora do Mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos - UNEMAT, Alta Floresta.

Ana Clara Abadia, Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova Xavantina, MT

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (2013), Mestra em Ecologia e Conservação pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2016). Atualmente cursa Doutorado em Ecologia e Conservação na Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Ecologia de Comunidades, com ênfase em Fitossociologia, Florística e Diversidade de arbóreas do Cerrado.

Eddie Lenza, Universidade do Estado de Mato Grosso, Nova Xavantina, MT

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1997), mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (1999) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2005). Atualmente é professor adjunto do Curso de Ciências Biológicas, orientador de mestrado e doutorado do Programa de Pós Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Nova Xavantina. Tem experiência na área de ecologia vegetal, com ênfase em ecologia de comunidades vegetais do Cerrado e de áreas de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, atuando nas seguintes linhas de pesquisa: florística, fitossociologia, fitogeografia, conservação e fenologia de comunidades vegetais.

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Publicado

06-09-2021

Como Citar

Pessoa, M. J. G., Maracahipes-Santos, L., Santos, J. O. dos, Oliveira, B. de, Silva, I. V. da, Abadia, A. C., & Lenza, E. (2021). Composição florística, diversidade e efeitos edáficos em duas comunidades de savanas rochosas na Amazônia e Cerrado, Brasil. Ciência Florestal, 31(3), 1383–1406. https://doi.org/10.5902/1980509841937

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