IMPACTOS DA INVASÃO POR <i>Cryptostegia madagascariensis</i> Bojer ex Decne. (Apocynaceae Juss.) EM REMANESCENTES DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE IBARETAMA, CEARÁ, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509830312Palavras-chave:
espécie exótica, invasão biológica, semiárido.Resumo
Cryptostegia madagascariensis Bojer ex Decne. é uma espécie de porte arbustivo capaz de formar maciços populacionais em diversos nichos da caatinga e ecossistemas associados, sobretudo nos sítios mais úmidos, podendo alterar as características da vegetação nativa, causando o desaparecimento das espécies autóctones. Este estudo teve como objetivo identificar os impactos causados pela invasora sobre a composição florística e a estrutura do componente arbustivo-arbóreo. Foram selecionadas três áreas de investigação, sendo denominadas de Ambiente I – área com forte intensidade de invasão, Ambiente II – área de transição entre o I e o III (média intensidade) e o Ambiente III – área com baixa intensidade de invasão. Para o inventário dessas áreas foi empregado o método de amostragem por pontos (Método dos Quadrantes), sendo considerados adultos os indivíduos com diâmetro ao nível do solo (DNS) maior ou igual a 3 cm e altura maior ou igual a 1 m. Para a avaliação da estrutura foram analisados os parâmetros fitossociológicos convencionais, além dos índices de Diversidade, de Equabilidade e de Impacto Ambiental de Exóticas (IIAE). No Ambiente I, Cryptostegia madagascariensis foi responsável por 82% da densidade, enquanto que nos Ambientes II e III, a densidade da espécie foi bastante reduzida (14,2% e 9,6%, respectivamente). A diversidade, pelo Índice de Shannon-Weiner, foi baixa para o Ambiente I (0,85) e maior para os Ambientes II e III (2,67 e 2,50, respectivamente). Os resultados demostram que Cryptostegia madagascariensis afeta drasticamente a diversidade e a estrutura das comunidades invadidas, ocasionando perda da biodiversidade autóctone da caatinga.
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