DIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) DA SERRAPILHEIRA EM DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509819612Palavras-chave:
riqueza, bioindicador, extrator mini-Winkler.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/1980509819612
Neste trabalho são listadas as espécies de formigas de serrapilheira encontradas em quatro ambientes localizados na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, a fim de verificar o impacto da ação antrópica realizada no meio rural. Para a coleta das formigas da serrapilheira foi utilizado o método do extrator de Winkler. Foram coletados 6.300 espécimes pertencentes a oito subfamílias, 18 tribos, 31 gêneros e 108 espécies. A floresta nativa possui a maior riqueza observada com 90 espécies coletadas, seguida por eucalipto com 65 espécies, agricultura e pastagem exótica com 20 espécies cada. O índice de diversidade de Margalef foi de 11,21 para área com floresta nativa, 8,37 para eucalipto, 3,48 para agricultura e, 2,71 na área de pastagem exótica. O índice de diversidade de Shannon obtido foi de 2,89; 3,15; 2,43 e 1,98 e de equitabilidade 0,64; 0,75; 0,84 e 0,66 para as áreas com: floresta nativa, eucalipto, agricultura e pastagem, respectivamente. O maior valor do índice de diversidade para a área de eucalipto pode ser devido à área possuir 28 anos de implantação, sem ter sido manejada, com sub-bosque de espécies nativas, formando um dossel contínuo e espessa camada de serrapilheira, já a floresta nativa por sofrer intervenções antrópicas, possui um valor de diversidade de Shannon menor comparado à área com eucalipto.
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