Investigação da presença de óleo essencial em <i>Eucalyptus smithii</i> R.T. Baker por meio da anatomia de seu lenho e casca.

Autores

  • Fernando José Fabrowski UFSM
  • Graciela Inés Bolzon de Muñiz
  • Tomoe Nakashima
  • Silvana Nisgoski
  • Umberto Klock

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050981727

Palavras-chave:

<i>Eucalyptus smithii</i>, madeira, casca

Resumo

O material utilizado no presente estudo foi proveniente de 15 árvores de Eucalyptus smithii R.T. Baker cultivadas no município de Colombo - PR, em campo experimental da Embrapa Florestas, plantadas em 1988. Caracterizou-se anatomicamente o lenho e a casca por meio de lâminas preparadas no Laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras do IPT e Laboratório de Anatomia da Madeira, do Centro de Ciências Florestais e da Madeira, da Universidade Federal do Paraná. Para a extração do óleo essencial, a madeira foi transformada em serragem e a casca desfibrada manualmente. Para a determinação do rendimento e análise do óleo essencial, foram efetuadas destilações conforme ABNT no Laboratório de Fitoquímica do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Paraná. Os rendimentos do óleo essencial foram dados em volume (ml) de óleo essencial por massa (g) de material. O Eucalyptus smithii apresenta estrutura anatômica homogênea do lenho e da casca. Na casca, observou-se a presença de cavidades secretoras; no entanto, no lenho, não foi encontrada nenhuma estrutura semelhante, apenas bolsas de quino, sendo desprezível a quantidade de óleo essencial presente na madeira. O óleo essencial da casca apresentou características físico-químicas fora das especificações para óleos essenciais de eucaliptos ricos em 1,8-cineol, não sendo economicamente viável para a exploração desse componente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABNT. NBR 5784: Óleos essenciais, determinação da massa específica e densidade relativa, método de ensaio. Rio de Janeiro, 1985a. 3p.

ABNT. NBR 5785: Óleos essenciais, determinação do índice de refração, método de ensaio. Rio de Janeiro, 1985b. 2p.

ABNT. NBR 11916: Óleos essenciais, determinação do teor de óleo volátil, método de ensaio. Rio de Janeiro, 1991. 3p.

ALFONSO, V.A. Caracterização anatômica do lenho e da casca das principais espécies de Eucalyptus L’Hérit, cultivadas no Brasil. 1987. 188p. Tese (Doutorado em Botânica) – Instituto de Biociências da USP, São Paulo, 1987.

BAILEY, I.W.; TUPPER, W.W. Size variation in tracheary cells. A comparison between the secondary xylems of vascular cryptogams, gymnosperms and angiosperms. Procedings of American Academic Arts and Science, v. 54, p. 149-204, 1918.

BIDÁ, A. Óleo essencial de folhas de Nectandra grandiflora Nees. Et Mart. Ex Nees. 1985. 100p. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1985.

BOLAND, D.J.; BROOKER, M.I.J.; CHIPPENDALE, G.M.; HALL, N.; HYLAND, B.P.M.; JOHNSTON, R.D.; KLEINIG, D.A.; TURNER, J.D. Forest trees of Australia. Melbourne: Nelson-CSIRO, 1984. 687p.

BOLAND, D.J.; BROPHY, J.J.; HOUSE, A.P.N. Eucalyptus leaf oils: use, chemistry, distillation and marketing. Melbourne: Inkata, 1991. 252p.

BRITISH Pharmacopoeia. London: General Medical Council, 1968. p. 1273-1276.

CARR, D.J.; CARR, S.G.M. Eucalyptus I. New or little known species of the Corymbosae. Camberra: Phytoglyph, 1970.

CARR, S.G.M.; CARR, D.J. Oil glands and ducts in Eucalyptus L’Hérit. I. The phloem and the pith. Australian Journal of Botany, Victoria, v. 17, p. 471-513, 1969.

CHALCAT, J.C.; MUHAYIMANA, A.; HABIMANA, J.B.; CHABARD, J.L. Aromatic plants of Rwanda. II. Chemical composition of essencial oils of ten Eucalyptus species growing in Ruhande Arboretum, Butare, Rwanda. Journal of Essential Oil Research, v. 9, n. 2, p. 159-165, 1997.

CHATTAWAY, M.M. The anatomy of bark. V. Eucalyptus species with stringly bark. Australian Journal of Botany, Victoria, v. 3, n. 2, p. 165-169, 1955.

CLARKE, C.R.E.; SHAW, M.J.P.; WESSELS, A.M. Effect of differences in climate on growth, wood, and pulp properties of nine eucalipt species at two sites. Tappi Journal, Atlanta, v. 82, n. 7, p. 89-99, 1999.

CLEVENGER. American Perfumer, n. 23, p. 467, 1928.

COPANT. Madeiras: descripción de características generales macroscópicas y microscópicas de la madeira Angiospermae dicotiledonaes. v. 30, p.1-19, nov. 1974.

COSTA, A.F. Elementos da flora aromática. Lisboa: Junta de Investigações Científicas do Ultramar, 1975. 187p.

COSTA, A.F. Farmacognosia. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986. v1.

CUTTER, E.G. Plant anatomy: part I – cells and tissues. 2.ed. London: Edward Arnold. 1978.

DICKISON, W.C. The bases of angiosperm phylogeny: vegetative Anatomy. Annals of the Missouri Botanical Garden, St. Louis, v. 62, p. 596-620, 1975.

DUJARDIN, E.P. Eine neue Holz-Zellulosenfaerbung. Mikrokosmos, Jena, n. 53, 1964. 94p.

EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Zoneamento ecológico para plantios florestais no Estado do Paraná. Curitiba, 1986. 89p. (Documentos, 17).

FAO. Eucalypts for planting. Rome, 1955. 403p. (FAO Forestry and Forest Products Studies, n.11).

FAO. Eucalypts for planting. 2.ed., Rome, 1979. 677p. (FAO Forestry Series, n.11).

FAO. El eucalipto en la repoblación forestal. Roma, 1981. 723p. (Colección FAO: Montes, n.11).

FARMACOPÉIA brasileira. 3.ed. São Paulo: Andrei, 1977.

FARMACOPÉIA brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988. pt. 1.

FRANCESCHI, V.R.; HORNER, H.T. Calcium oxalate crystals in plants. The Botanical Review, New York, v. 46, n. 4, p. 361-427, 1980.

FREUND, H. Handbuch der mikroskopie in der technik. Frankfurt: Umschan Verlag, 1970. v. 5, pt. 2.

GUENTHER, E. History-origin in plants, production-analysis. In: ___. The essential oils. 4.ed. New York: Van Nostrand, 1960. v. 1.

IAWA. List of microscopic features for hardwood identification. IAWA Bullettin, Leiden, v. 10, n. 3, p. 219-332. 1989.

KRAUS, J.E.; ARDUIN, M. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Rio de Janeiro: EDUR, 1997. 125p.

MARCHIORI, J.N.C. Estudo anatômico do xilema secundário de algumas espécies dos gêneros Acacia e Mimosa no Estado do Rio Grande do Sul. 1980. 186f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1980.

METCALFE, C.R.; CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons. 2.ed. Oxford: Clarendon, 1965. v. 1.

MUÑIZ, G.I.B.; CORADIN, V.R. Normas de procedimentos em estudos de anatomia da madeira: I – Angiospermae, II – Gimnospermae. Brasília: Laboratório de Produtos Florestais, 1991. (Série Técnica, n. 15).

PENFOLD, A.R. Australian Eucalyptus oils. In: GUENTHER, E. The essential oils. 4. ed., New York: Van Nostrand, 1965. v. 4.

PERRY, R.H.; GREEN, D.W.; MALONEY, J.O. Densities of pure substances. In: ___ . Perry’s chemical engineer’s handbook. 7. ed. New York: McGraw Hill, 1997. Table 2-28.

PHARMACOPEA Helvetica. 7.ed. Berne: Département Fédéral de I’Intérieur, 1993. Suppl. 1990. v. 4-6.

PHARMACOPÉE Européenne. 3.ed. Strasbourg: Conseil de I’Europe, 1997. p. 121-122.

PINTO, A.J.D. Histórico da associação brasileira de pesquisas sobre plantas aromáticas e óleos essenciais – A.P.P.A. In: SIMPÓSIO DE ÓLEOS ESSENCIAIS, 1., 1985, São Paulo. Anais... Campinas: Fundação Cargil, 1986. p. 5-13.

QUILHÓ, T.; SARDINHA, R.A. Bark anatomy of Eucalyptus globulus Labill. (Myrtaceae). Silva Lusitana, Lisboa, v. 3, n. 2, p. 173-189, 1995.

QUILHÓ, T.; PEREIRA, H. Variabilidade dos tecidos da casca de Eucalyptus globulus Labill., de diferentes procedências. In: IUFRO CONFERENCE ON SILVICULTURE AND IMPROVEMENT OF EUCALYPTS, 1997, Salvador, Anais... Salvador. 1997. v. 1, p. 397-402.

QUILHÓ, T.; PEREIRA, H.; RICHTER, H.G. Variability of bark structure in plantation-grown Eucalyptus globulus. IAWA Journal, Leiden, v. 20, n. 2, p. 171-180, 1999.

RICHTER, H.G. et al. Padronização de critérios para a descrição anatômica da casca: lista de características e glossário de termos. São Paulo: IF, 1996. p. 1-25 (Série Registros, n. 16).

SMALL, B.E.J. The australian Eucalyptus oil industry: an overview. Australian Forestry, Camberra, v. 44, n. 3, p. 170-177, 1981.

TIPPET, J. Formation and fate of quino veins in Eucalyptus L’Hérit. IAWA Bulletin, Leiden, v. 7, n. 2, p. 137-143, 1986.

VALE, J.C.; CUNHA, A.P. A importância econômica do eucalipto do Continente e características analíticas do seu óleo essencial. Boletim da Faculdade de Farmácia, Coimbra, p. 83-101. 1971.

WANG, W.; WANG, W.H. Species and provenance selection for Eucalyptus leaf oils production. Forest-Research, v. 10, n. 1, p. 104-107, 1997.

WILDE, S.A. Munsell color charts for plant tissues. 2. ed. Baltimore: Wisconsin University. 1968.

Downloads

Publicado

30-03-2005

Como Citar

Fabrowski, F. J., Muñiz, G. I. B. de, Nakashima, T., Nisgoski, S., & Klock, U. (2005). Investigação da presença de óleo essencial em <i>Eucalyptus smithii</i> R.T. Baker por meio da anatomia de seu lenho e casca. Ciência Florestal, 13(1), 95–106. https://doi.org/10.5902/198050981727

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>