Recuperação de sedimentos de manguezal contaminados com óleos combustíveis por consórcio microbiano endógeno
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X39667Palavras-chave:
Manguezal, Biorremediação, Microrganismos, ConsórcioResumo
Este trabalho objetiva selecionar um consórcio microbiano composto por microrganismos isolados de sedimentos de mangue quanto à sua capacidade de recuperar sedimentos contaminados por óleo lubrificante. Os microrganismos promissores foram selecionados pela técnica colorimétrica de diclorofenol indofenol (DCPIP), utilizando óleo lubrificante como fonte de carbono, para avaliar a atividade emulsificante e enzimática dos microrganismos. O teste de antagonismo foi realizado para avaliação dos consórcios. O planejamento experimental fatorial fracionário (2n) foi utilizado para estabelecer as condições do processo para a realização subsequente da cinética de degradação do óleo lubrificante pelos consórcios selecionados. Foram avaliadas oito bactérias e três fungos, dos quais cinco foram selecionados com uma viragem de 36 h do indicador DCPIP. Onze microorganismos produzem substâncias emulsificantes e cinco produzem enzimas. Os resultados mostraram que o melhor consórcio foi o B5F2F4, com uma taxa de degradação de 95% do fenol a 70 rpm em 250 μL do óleo. A cinética da degradação do óleo mostrou uma taxa de degradação do fenol de 65% após 24 dias de tratamento. Os microrganismos são adequados para a degradação do fenol, o principal constituinte do óleo, e podem ser usados como modelo de recuperação para ambientes contaminados com hidrocarbonetos.
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