He Chaco Paraná Basin rift Basin System. An Approach to the Tectonic-Strati graphical Evolution from the Late Cretaceous to Quaternary. South America
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X9676Resumo
O presente trabalho trata de um estudo de geologia regional,sedimentologia e tectônica feito nas seqüências marinhas costeiras rasas de idadeneocretàcica a miocênica. Estas seqüências estão coligadas num sistema do tipo“rift basin” que evoluiu desde o neocretácico. A bacia em estudo encontra-selocalizada no América do Sul, bordejando ao oeste do Escudo Brasileiro.O sistema regional rift basin da Bacia Chaco Paraná formou-se comouma típica bacia extensional intracratónica, limitada no oeste pelo antepaís doorógeno andino, que ainda não tinha sofrido sua principal fase de orogênese elevantamento regional. As amplas áreas invadidas pelos mares e seus depósitosassociados de seqüências costeiras superficiais cobriram uma ampla pediplaniciede relevo pouco pronunciado.A primeira etapa transgressiva começou ao final do Senoniano tardío ouMaestrichtiano prematuro. Logo aconteceram oi avanços maiores até o Neo-Mioceno, com retrocessos e avanços sucessivos de menor importancia. Podemregistrar-se pelo menos três etapas de associações de clímax extensionais (crustalstretchs) e de mar alto associadas com variações eustáticas ocorridas durante oSenoniano-Maestrichtiano-Paleoceno, o Eoceno e o Mioceno. O primeiro acontecimentotransgressivo aconteceu durante o Neo-Cretàcico, mas seu registrosedimentológico conhecido é escasso. Porem, seríam necessarias um maior número de perfurações para um reconhecimento mais exato dos depósitos destatransgreção marinha, bem exposta na região sud-andina (Serras Subandinas) donoroeste da Argentina e Bolivia.A segunda e terceira transgressões marinhas aconteceram durante oEoceno e o Meso-Neo-Mioceno. Os depósitos deixados por estes marestransgressivos rasos estão bem documentados tanto nos afloramentos quantonos registros de perfurações por causa das suas associações características defácies e restos fòsseis.Os grandes estàgios de quiescência tectônica, pelo menos três, podemser inferidos e associados simultâneamente com as grandes variações eustáticasdo nivel do mar relacionadas às idades do Cretácico e Terciário que correspondemao Senoniano-Maestrichtiano-Paleoceno, Neo-Eoceno eo Meso-Oligoceno ao Neo-Mioceno.O estilo estrutural principal corresponde ao de falhas mestres extensionaisnormais de direção norte-sul (tilted and faulted blocks). Mesmo assim, encontram-se presentes em grande quantidade falhas de direção noroeste - sudeste (strikeslipfaults). Para o margem da bacia do antepaís andino e a provincia de SerrasPampeanas, predominam as falhas inversas de alto ângulo (upthrust faults), algumasdelas de tipo cisallante (shear fault zones).Na superficie da região estudada aparece uma quantidade significativade cúpulas, agulhas e “necks” vulcânicos e subvulcânicos. Esta atividademagmática é datada do Plioceno tardío, embora em sua maioria correspondam aoPleistoceno e as Quaternário, dada as características morfológicas dos seus edificiosvulcânicos, que não evidenciam nenhum sinal de erosão importante.As seqüências estudadas não corresponderíam exatamente ao modelode PROSSER (1993) descrito para sistemas de tipo extensional rift basins, talvezdevido à grande extensão do área em análise neste trabalho, de caráter regional.Além disso, as seqüências sedimentars presentes têm uma certa semelhança com asucessão de fácies “arenito-pelito-arenito” do modelo proposto por PROSSER(1993) (sandstone-claystone-sandstone), em especial as que correspondem aoEoceno e Mioceno.Análise paleogeográfica da região indica que as transgressões dosmares Paranense e Amazônico estiveram conetadas sincronicamente durante parte do Mioceno, especialmente durante Meso o Neo-Mioceno. Estes extensos marestambém tiveram conesão, um pouco restrita, com o Oceano Pacífico, por meio dossistemas de depressões intermontanas das serras do antepaís pré-Andico. Istoaconteceu antes do levantamento principal do Orógeno Andino ocorrido duranteos últimos 7 M.a. (Plioceno-Neo-Pleistoceno).Este trabalho apresenta pela primeira vez um modelo de interpretaçãoregional tectônico-sedimentar sintético, com o fim de realizar posteriormente estudosde maior detalhe, da ampla Bacia Chaco Paraná. Alem disso, também deveriamestudar-se com maior rigor os potenciais recursos naturais ali presentes. A vinculaçãocom a Bacia Amazônica revela significativamente a importância destas seqüênciasgeológicas e de sua paleogeografia. A dificultade maior desta pesquisa se debe aescasez de bons afloramentos e abundante cobertura vegetal.Downloads
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